Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra covid-19
Brasil 247, 8/12/2020, 14:07 h Atualizado em 8/12/2020, 14:53
O Secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, durante entrevista coletiva para esclarecimentos técnicos sobre o coronavírus da China
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra covid-19 e reforça o time de especialistas na área que criticam a atuação do governo do que deveria ser uma força-tarefa do governo na imunização da população contra a Covid-19.
Segundo reportagem do portal UOL, ele afirmou que o Ministério da Saúde deveria dar uma mensagem mais clara sobre a compra de imunizantes. E acrescentou que o Brasil está "atrasado em tudo", inclusive na compra de materiais básicos para vacinação.
"O mundo todo corre atrás dos insumos. Não é só o Brasil. Seringas e agulhas são fundamentais para a vacinação. Vai ter competição no mercado. A gente já viu isso na época dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e dos respiradores, no qual a gente não teve compra imediata e não pode ofertar mais leitos por conta disso. Pode ser que tenha vacina em março. Mas se essa compra (dos insumos) for fracassada por falta de fornecedor, pode ser que a gente tenha que adiar essa vacinação. Então na minha avaliação, a gente está muito atrasado em tudo. Esse movimento de vacina está ocorrendo há 6 meses. A gente sabia que ia precisar de seringas e agulhas independente do tipo de vacina escolhida", afirmou Julio Croda em entrevista à Globonews.
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