Após a PGR bloquear repasse de R$ 270 milhões da J&F para clone de fundação da "Lava Jato", o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) condenou as arbitrariedades da força tarefa. “Os limites para abocanhar o dinheiro público não existem para Lava Jato”, disse ele
Brasil 247, 7/12/2020, 13:14 h Atualizado em 7/12/2020, 13:52
Paulo Pimenta e Deltan Dallagnol (Foto: Câmara dos Deputados | ABr)
Após a Procuradora Geral da República bloquear repasse de R$ 270 milhões da empresa J&F para clone de fundação da "lava jato", o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) condenou mais uma arbitrariedade cometida pela força tarefa de Curitiba.
“Isso prova que os limites para abocanhar o dinheiro público não existem para Lava Jato. O STF não pode tolerar impunemente tanta desfaçatez. Por isso o desespero e o medo que os acordos com os EUA se tornem públicos”, disse Pimenta em suas redes sociais.
Saiba mais
Ao tomar conhecimento de um depósito no valor de R$ 270 milhões da J&F exigidos pelo Ministério Público do Distrito Federal, o procurador-Geral da República, Augusto Aras, resolveu bloquear o que se identificou como desvio de finalidade. A exemplo do que haviam tentado fazer seus colegas de Curitiba, o ramo brasiliense do MPF planejou montar uma fundação para administrar a dinheirama. Dessa vez, com a ajuda da Transparência Internacional. O arquiteto da operação seria o conselheiro da TI e assessor informal da "lava jato", Joaquim Falcão.
O depósito relacionado ao acordo de leniência da holding da JBS foi feito na última quinta-feira (3/12). Prontamente, Augusto Aras alertou a subprocuradora-geral da República Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, coordenadora da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, informando-a de que a destinação correta do dinheiro seria o Fundo de Direitos Difusos ou revertidos em favor da União. O ofício, obtido pela ConJur, acompanhado de documentos, foi entregue na sexta-feira (4/12), ao órgão incumbido dos acordos de leniência.
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