Segundo a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, a direita tenta se unir mais uma vez para "conter a ameaça que Lula representa para suas ambições". "Para eles, Lula não pode ser candidato, porque ganha a eleição. Defender e lutar efetivamente pela absolvição de Lula é a única saída para que surja um país democrático e com justiça social", disse
Brasil 247, 5/12/2020, 15:34 h Atualizado em 5/12/2020, 15:35
Ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Stuckert)
A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que o reconhecimento da inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Judiciário brasileiro e uma candidatura do petista ao Palácio do Planalto é a única saída para o Brasil voltar a crescer economicamente e retomar os direitos sociais.
De acordo com a ex-presidente, "toda a direita, aí incluída a parte neoliberal e aquela que se disfarça de centro, em suas diversas graduações, se une mais uma vez para conter a ameaça que Lula representa para suas ambições". "Para eles, Lula não pode ser candidato, porque ganha a eleição. Defender e lutar efetivamente pela absolvição de Lula é a única saída para que surja um país democrático e com justiça social", continuou.
"Devemos ter claro que líderes com a força eleitoral e política de Lula têm, em geral, histórias longas, não surgem repentinamente, pois são forjados em anos de lutas identificadas com o povo", complementou.
O ex-presidente Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) e a defesa aguarda o Supremo Tribunal Federal analisar o pedido de suspeição de Sérgio Moro. O petista foi acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS, mas nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel. Ao apresentar a denúncia, em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do apartamento.
Ainda na campanha eleitoral de 2018, o então juiz Sérgio Moro recebeu o convite da equipe do atual governo Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça - deixou o cargo em abril deste ano apontando crime de responsabilidade, ao denunciar tentativa de interferência na Polícia Federal por Jair Bolsonaro, o que motivou abertura de investigações por parte do STF.
Agora, o ex-juiz anunciou que vai trabalhar na consultoria Alvarez & Marçal, com sede nos Estados Unidos. Um documento apontou que a empresa aparece na Lava Jato, em 2017, numa petição da defesa de Lula. Nesse caso, documentos comprovaram que o tríplex do Guarujá era da OAS.
Por sua vez, Dilma foi vítima de um golpe em 2016, acusada de ter cometidas as chamadas "pedaladas fiscais". Naquele ano, o Ministério Público Federal (MPF) inocentou a então presidente. O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as acusações.
Também em 2016, uma perícia feita por técnicos do Senado foi entregue na à comissão do impeachment afirmou que Dilma não praticou as pedaladas. "Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos", disse um trecho do laudo.
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