sábado, 5 de dezembro de 2020

O revoltante caso da candidata que fez campanha sob proteção e foi morta

                      Leila Arruda, foi assassinada, mesmo sob medida protetiva


Abinoan Santiago

Colaboração para Universa

05/12/2020 04h00


Candidata pelo PT à Prefeitura de Curralinho, interior do Pará, a pedagoga Leila Arruda, 49, andou dezenas de comunidades ribeirinhas em busca de apoio para as causas que defendia durante os 45 dias de campanha. O que os eleitores e demais apoiadores não imaginavam é que a candidata percorria os rios em estado de alerta, com uma medida protetiva que a deveria manter a salvo do ex-marido, Boaventura Dias.

Ele não aceitava o fim da relação. E, por isso, ao longo de um mês e meio, a pedagoga buscou não andar sozinha em nenhum momento. Apesar de o ex-marido não morar em Curralinho, era um sinal de prevenção.

Leila ficou em terceiro lugar na disputa pelo comando da cidade, com pouco mais de 3.000 votos. Cleber Edson dos Santos Rodrigues (PSD), 67, venceu com 7.236. Quatro dias depois do resultado, Leila foi assassinada em Belém.

Sob medida protetiva desde 2019

De acordo com a família, Leila e Boaventura terminaram o casamento em 2017, depois de 26 anos de união. Eles moravam em Belém, mas se conheceram ainda jovens em Curralinho, pequena cidade de 26 mil habitantes do Arquipélago de Marajó, no Pará.

O irmão de Leila, o servidor público Léo Arruda, 52, conta que após a separação, Boaventura tentou por diversas vezes reatar com a ex-esposa, que mantinha as recusas. Em uma das ocasiões, o suspeito teria agredido verbalmente a pedagoga. Com medo, ela o denunciou à Polícia Civil e conseguiu uma medida protetiva, em 2019.

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