Enquanto o governo brasileiro ainda não tem data prevista para o início da vacinação e tomou a iniciativa de adquirir seringas apenas na semana passada, México, Chile e Argentina saem na frente e disputam quem será o primeiro país da América Latina a começar a vacinação contra a covid-19
Brasil 247, 23/12/2020, 10:34 h Atualizado em 23/12/2020, 11:10
Manuel Obrador, Sebastián Piñera, Alberto Fernández e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
Enquanto o governo brasileiro ainda não tem data prevista para o início da vacinação e tomou a iniciativa de adquirir seringas apenas na semana passada, México, Chile e Argentina saem na frente e disputam quem será o primeiro país da América Latina a começar a vacinação contra a covid-19, revela reportagem do portal Valor Econômico. Os países irão iniciar a vacinação na semana que vem.
A Colômbia também se preparar para receber as primeiras doses da vacina Pfizer / BioNTech nos próximos dias.
Analistas afirmam que o governante que conseguir começar a imunização primeiro ganhará capital político e terá chances de recuperar a economia mais cedo. O fato de o Brasil ainda não ter assinado contrato com a Pfizer reflete a abordagem errática do governo brasileiro, ressaltam.
Até o momento, o governo federal tem acordos firmados apenas com a AstraZeneca, com previsão de 130 milhões de doses de vacina no ano que vem, e com o programa global Covax Facility, por 43,5 milhões de doses. Além da lentidão para aquisição das vacinas, apenas semana passada abriu licitação para compra de seringas.
Segundo a reportagem, o governo mexicano anunciou que receberá as primeiras doses da vacina Pfizer/ BioNTech hoje. No Chile, a expectativa é que as primeiras doses cheguem nesta semana. O governo de Sebastián Piñera assinou contratos para compra de 36 milhões de doses - o suficiente para vacinar o dobro da população - sendo 10,1 milhões da vacina Pfizer/ BioNTech, 14,4 milhões da AstraZeneca. Já na Argentina, o governo do presidente Alberto Fernández deve receber 300 mil doses da russa Sputnik V ainda nesta semana. O objetivo é imunizar 10 milhões de pessoas até fevereiro.
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