"Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato", disse o ex-prefeito, que também Sérgio Moro desmoralizado depois da sua contratação pela Alvarez & Marsal
Brasil 247, 6/12/2020, 06:35 h Atualizado em 6/12/2020, 06:48
Fernando Haddad, Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Felipe Gonçalves/Brasil 247 | STF)
O ex-prefeito Fernando Haddad, que disputou as eleições de 2018 e obteve mais de 46 milhões de votos, defendeu a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, especialmente depois da desmoralização do ex-juiz Sérgio Moro. "A minha posição sobre 2022 está muito ligada ao fato de eu estar lutando muito para que Lula recupere seus direitos políticos, sobretudo depois da desmoralização de Sergio Moro. Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato. Esse HC [habeas corpus] tem dois anos que foi pedido e é uma demanda jurídica que tem precedência sobre as outras. Acumulam-se evidências e provas de parcialidade do [então] juiz. Eu não sei mais o que precisa acontecer para que o sistema de justiça reconheça que houve clara violação de direitos fundamentais", afirmou ele, em entrevista à jornalista Carolinha Linhares, na Folha de S. Paulo.
Sobre uma frente com outros setores da política brasileira contra o fascismo bolsonarista, Haddad afirmou que eles é que devem ser questionados. "Temos [Luciano] Huck, Ciro [Gomes] e [João] Doria. Tem que perguntar para eles se votariam no Bolsonaro. Acho engraçado que o jornalismo não pergunte isso para aqueles que votaram no Bolsonaro em 2018. Se eles nos acusariam de extremista para justificar o voto no verdadeiro extremista ou não. Conheço tucanos que não repetiriam o voto no Bolsonaro e tucanos que repetiriam. Isso é relevante para mostrar quem é de fato extremista", afirmou.
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