"Há crimes de lado a lado. Tanto do senador, que tentou pedir clemência a Bolsonaro, que não o nivelasse com ninguém da Casa, quanto do presidente da República ao estimular a ampliação do escopo da CPI", afirmou o senador Renan Calheiros em referência à conversa entre o senador Jorge Kajuru e Jair Bolsonaro. Parlamentar do MDB-AL também disse apoiar Lula para 2022
Brasil 247, 12/04/2021, 11:59 h Atualizado em 12/04/2021, 11:59
Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que tanto o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) quanto Jair Bolsonaro podem ser responsabilizados pela conversa sobre o trabalho da CPI da Pandemia. No diálogo, Bolsonaro revelou a intenção de interferir na Comissão Parlamentar de Inquérito, no sentido de perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos.
"Há crimes de lado a lado. Tanto do senador, que tentou pedir clemência a Bolsonaro, que não o nivelasse com ninguém da Casa, quanto do presidente da República ao estimular a ampliação do escopo da CPI e na tentativa de intimidação ao Supremo Tribunal Federal", afirmou o parlamentar em entrevista ao jornalista Luis Costa Pinto. "Ninguém dispõe sobre o limite do escopo (da investigação) de uma CPI. Uma conversa cheia de ameaças, insinuação...", acrescentou.
De acordo com o senador do MDB, "esse governo, mais que qualquer outro, tem sobejamente demonstrado que não quer ser investigado, não gosta de ser investigado, e reage toda vez da mesma maneira, com críticas, agressões, pedidos de fechamentos de poderes".
O senador também lembrou de condutas polêmicas de Bolsonaro durante esta pandemia. "Minimização da doença, recusa para fazer pré-contratos para a compra de vacinas, estímulos seguidos a aglomerações, compra de oxigênio, que poderiam ser montados usinas para não permitir a escassez. Passar a limpo essa distribuição de cloroquina...Essas respostas terão que ser dadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito", afirmou.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou que irá ingressar com uma representação contra Kajuru junto ao Conselho de ética do Senado.
Ex-presidente Lula
Ao comentar sobre a eleição de 2022, o senador defendeu uma candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso o MDB não lance postulação.
"Se eu tiver que fazer opção entre os nomes que estão aí, vou defender o apoio à candidatura do ex-presidente Lula, que dispõe do melhor perfil para atrair segmentos do centro, porque ele já governou em coalização", disse.
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