Jair Bolsonaro atacou o ministro do STF Luís Roberto Barroso, que determinou que o Senado instale a CPI da Pandemia. "Vivemos um momento crítico de pandemia, pessoas morrem, e o ministro do Supremo Tribunal Federal faz politicalha junto ao Senado Federal”, disse
Brasil 247, 9/04/2021, 10:56 h Atualizado em 9/04/2021, 12:35
(Foto: NELSON JR./SCO/STF | Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro fez um ataque violento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso na manhã desta sexta-feira (9). Disse que Barroso fez “politicalha", teve como objetivo atacar seu governo e praticou “ativismo judicial” ao determinar que o Senado instale a CPI da Pandemia, para apurar eventuais crimes e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Para reforçar a contundência do ataque, Bolsonaro postou o vídeo com seu curto discurso em seu Twitter:
“Pelo que me parece, falta coragem moral para o Barroso e sobra ativismo judicial. Não é disso que o Brasil precisa. Vivemos um momento crítico de pandemia, pessoas morrem, e o ministro do Supremo Tribunal Federal faz politicalha junto ao Senado Federal”, disse Bolsonaro durante encontro com apoiadores no Palácio do Planalto, de acordo com o jornal O Globo.
Bolsonaro também criticou a abertura da CPI, por não investigar também governadores e prefeitos. Ainda segundo ele, Barroso teria feito uma "jogadinha casada" com os senadores da oposição para "desgastar o governo”.
“A CPI não é para apurar desvio de recursos de governadores. É para apurar, segundo está lá na ementa do pedido de CPI, omissões do governo federal. Ou seja, uma jogadinha casada, Barroso (e) bancada de esquerda do Senado para desgastar o governo. Eles não querem saber o que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e alguns poucos prefeitos também”, disse.
A decisão de Barroso determinando que o Senado instale a CPI foi tomada de forma monocrática nesta quinta-feira (8). Antes, o ministro realizou uma consulta informal aos demais membros da Corte sobre o assunto. Eles teria citado a jurisprudência do STF sobre o assunto e avalizado o posicionamento de Barroso.
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