O ex-presidente Lula vem promovendo o diálogo com o empresariado e setores evangélicos. Movimentações preocupam deputados e senadores governistas, que incentivam Bolsonaro a intensificar campanha
Brasil 247,17/04/2021, 07:05 h Atualizado em 17/04/2021, 07:05
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro
(Foto: Stuckert e Agência Brasil)
Percebendo que o eleitorado vem migrando para o ex-presidente Lula nas pesquisas de opinião sobre a disputa presidencial em 2022, Jair Bolsonaro deve começar a buscar fortalecer sua base de empresários e setores evangélicos.
O presidente foi aconselhado por deputados e senadores governistas a realizar, no segundo semestre, viagens a templos pentecostais e reforçar que cumprirá a promessa de indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para o STF (Supremo Tribunal Federal). Isso vem após pedido do próprio Lula para que lideranças petistas priorizem o diálogo com os evangélicos.
Além disso, Bolsonaro vem se articulando com o empresariado, que ameaça uma debandada. O jantar com empresários no início deste mês foi a primeira movimentação nesse sentido, mas já estão sendo preparadas articulações mais contundentes.
Um dos nomes avaliados pelo governo é o de Josué Alencar, da Conteminas. Lula sinalizou ao Centrão a possibilidade de ter o filho do ex-vice presidente José Alencar como seu vice. O nome está também no radar do governo.
Corrupção
A campanha de Jair Bolsonaro deve enfatizar o tópico da corrupção. A ideia é associar Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) ao problema. "Se o Lula voltar pelo voto direto, pelo voto auditável, tudo bem. Agora, veja qual vai ser o futuro do Brasil com o tipo de gente que ele vai trazer para dentro da Presidência", afirmou o presidente na sua live semanal na última quinta-feira (15).
As informações foram reportadas na Folha de S.Paulo.
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