Os comandantes militares, entre eles o general Edson Pujol (foto), chefe do Exército, colocaram seus cargos à disposição, o que agrava a crise militar do governo Bolsonaro. Ministro da Defesa negou apoio a medidas de exceção insinuadas por Bolsonaro e foi demitido
Brasil 247, 30/03/2021, 04:13 h Atualizado em 30/03/2021, 05:39
General Edson Pujol, comandante do Exército (Foto: Edson Leal Pujol - ANPr)
Os comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea decidiram colocar seus cargos à disposição do novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, em uma reunião no começo da manhã desta terça (30). Com isso, acompanham o general Fernando Azevedo da pasta, demitido por Bolsonaro Ministro por negar apoio a medidas de exceção insinuadas pelo titular do Palácio do Planalto.
O jornalista Igor Gielow da Folha de S.Paulo destaca em artigo que a crise entre o general Fernando Azevedo e Silva e o presidente da República chegou ao ponto culminante "a partir da semana passada, quando Bolsonaro voltou a insinuar que queria o apoio do Exército para aplicar medidas de exceção como o estado de defesa em unidades da Federação que aplicam lockdowns contra a pandemia".
Os comandantes militares combinaram entregar seus cargos logo após a demissão de Azevedo, mas o substituto no Ministério da Defesa, general Braga Netto, pediu para que eles esperassem e se encontrassem nesta terça (30).
A crise militar do governo Bolsonaro pode se agravar se os comandantes das três Armas, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) saírem juntos. A saída do general Pujol é dada como certa, dado o grau de animosidade entre ele e Bolsonaro. Faz tempo que Bolsonaro tenta tirá-lo do cargo.
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