Em guerra com os governadores, Jair Bolsonaro decidiu rifá-los do comitê de urgência que supostamente irá coordenar o combate à pandemia. Flávio Dino condenou o sectarismo de Bolsonaro: "Mais uma agressão desnecessária"
Brasil 247, 26/03/2021, 07:58 h Atualizado em 26/03/2021, 14:06
Presidente do STF, Luiz Fux, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente Jair
Bolsonaro, durante declaração após reunião com ministros e governadores
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro decidiu rifar os governadores do comitê de urgência contra a Covid-19, que supostamente coordenará as medidas no combate à pandemia. E exclusão é uma retaliação à postura dos governantes de estabelecerem medidas de isolamento social com o objetivo de conter o avanço da pandemia.
O grupo foi anunciado na quarta-feira (24) depois de uma reunião entre o ex-capitão e membros de outros Poderes.
O governador do Maranhão, Fávio Dino, usou suas redes sociais para mais uma vez apontar o sectarismo de Bolsonaro. “Comitê anticovid excluindo estados e municípios ? Qual a lógica disso, a não ser criar mais confusão ? Mais uma agressão desnecessária e violadora do princípio da lealdade federativa”, rechaçou.
Segundo reportagem do portal UOL, de acordo com o decreto, o grupo será coordenado pelo próprio Bolsonaro e terá a participação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e de um representante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que será indicado como observador pelo presidente da entidade, o ministro Luiz Fux, que também presidente o STF (Supremo Tribunal Federal). O Ministério da Saúde participará à frente da Secretaria-Executiva do comitê.
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