Negacionista e alinhado a Bolsonaro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou na noite desta segunda-feira (15) início da fase roxa em todas as regiões do estado. Nesta terça, admitiu que sistema de saúde mineiro entrou em colapso
Brasil 247, 16/03/2021, 10:04 h Atualizado em 16/03/2021, 10:23
Governador de Minas, Romeu Zema (Foto: Divulgação)
Negacionista e alinhado ao bolsonarismo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou na noite desta segunda-feira (15) o início da fase roxa em todas as regiões do estado, que vive seu pior momento na pandemia, após o sistema de saúde entrar em colapso em decorrência da alta de internações por conta do vírus. A ocupação de leitos de terapia intensiva chegou a 93,4% nesta segunda-feira. A fase roxa terá início na próxima quarta-feira.
Segundo reportagem do portal G1, na fase roxa irão funcionar apenas serviços essenciais. Estão suspensas cirurgias eletivas, restrição de circulação de pessoas (só poderão sair de casa para atividades essenciais), será imposto toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana, ocorrerá a proibição de pessoas sem máscara em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado, além da proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, a menos que estejam indo para consulta médica.
A fase roxa também proíbe eventos públicos ou privados, reuniões presenciais, inclusive entre parentes que não morem na mesma casa e implantação de barreiras sanitárias de vigilância, implantação de barreiras sanitárias de vigilância e fechamento de bares e restaurantes (funcionamento apenas por delivery).
Mesmo com cenário de mortes, a fase roxa ganha resistência de bolsonaristas no estado. Em Belo Horizonte, ocorreu nesta segunda-feira (15) uma carreta contra o fechamento do comércio e um cinegrafista so jornal Estado de Minas que cobria a ação foi agredido pelos extremistas.
Em Juiz de Fora, a prefeita da cidade, Margarida Salomão (PT-JF), sofreu ameaças de morte por implementar a fase roxa na principal cidade da Zona da Mata mineira.
Alinhado ao bolsonarismo
Zema, contrário dos demais governadores, assiste ao fracasso do Governo Federal no combate à pandemia de forma passiva e muitas vezes se posicionou contra medidas restritivas de circulação.
O governador mineiro foi um dos chefes de Executivo estaduais que não assinou uma nota de repúdio contra Jair Bolsonaro (sem partido), emitida no dia primeiro de março, acusando o ex-capitão de mentir sobre os repasses financeiros do executivo para os estados. Além de Zema, Gladson Cameli (PP-AC), Wilson Lima (PSC-AM), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Marcos Rocha (PSL-RO), Antonio Denarium (PSL-RR) e Carlos Moisés (PSL-SC) não assinam o documento.
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