O Tapajós é uma proposta de nova unidade federativa do Brasil, resultado do desmembramento do Pará, especificamente das regiões do Baixo Amazonas e do sudoeste paraense, abrangendo 28 municípios. A capital proposta para o estado é Santarém, que atualmente possui 294 774 habitantes (IBGE/2010). A região conta ainda com uma universidade federal, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), na cidade de Santarém. A região proposta é detentora de dos índices sociais mais baixos do país, e caso seja criado o estado, terá 28 municípios e um PIB estimado em R$ 19 bilhões de reais, segundo dados do IBGE .
Tapajós seria o terceiro maior estado brasileiro em área territorial, superado apenas por Amazonas e Mato Grosso. Em seu território há atualmente 1 300 090 habitantes (2010), cerca de 20% da população do atual estado do Pará. O projeto foi rejeitado nas urnas no plebiscito que ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011, contudo, mesmo após a derrota, o movimento separatista manterá a pauta ativa
Região | Norte |
Vizinhos | Pará, Mato Grosso, Amapá, Amazonas e Roraima |
Municípios | 28 |
Capital | Santarém |
Área Total | 722.358 km² (4º maior) |
População | 1 228 055 hab. (2013) |
Produto interno bruto (PIB) | R$ 8.763.443 bilhões |
Clima | Equatorial |
Bandeira do Tapajós
Antecedentes
Fachada de uma igreja de Santarém, provável capital do Tapajós.
Os antecedentes do movimento de emancipação de Tapajós são antigos, a
ideia da criação desta nova Unidade Federativa partiu do governo
central há mais de 150 anos, datam do início do século XIX,
aproximadamente 1823.
No Oeste o desejo emancipacionista tem raízes históricas que vêm desde a metade do século XIX, quando Dom Pedro II assinou, em 1850, o decreto de criação da Província do Rio Negro, mais tarde Província e estado do Amazonas, depois que as elites daquela unidade intentaram, sem êxito, a separação por conta própria, em 1832.
Após a perda territorial de sua imensa banda oeste, as elites
paraenses permaneceram inconformadas, e os atritos foram frequentes
entre as duas unidades. Surgiu, então, a ideia de se criar uma terceira
província, que viria, naquele momento, arrefecer os ânimos das elites
locais. Em 1869, foram intensos os debates no Parlamento Imperial sobre a
necessidade de transformar o Baixo Amazonas paraense (hoje chamado de
Oeste do Pará) em uma província autônoma. Em 1832, o Grão-Pará tinha
três comarcas: Belém, Santarém e Manaus.
Santarém adquiria, assim, status jurídico e administrativo semelhante
ao das outras duas cidades, alimentando o sonho da autonomia que jamais
veio a se realizar. A redivisão territorial voltou a ser discutida
novamente, para resolver as diferenças de limites entre as duas
províncias, nos anos de 1869 e 1877.
Após a instalação da República, foram feitas várias propostas de
reordenamento territorial do Brasil e todas, sempre evidenciado a
Amazônia e citando o Tapajós, seja como província ou como um futuro
estado.
Entre os anos de 1933 e 1980, foi proposta a redivisão territorial da
Amazônia, incluindo o estado do Pará, apontada como alternativa de
desenvolvimento social a criação do estado do Tapajós. Nomes como os de
Segadas Viana, Juarez Távora e Ronan Liberal (Prefeito de Santarém), propuseram a criação do estado.
Em 1984, ocorreu uma importante reunião no antigo Hotel Tropical, em
Santarém que consolidou um novo momento de luta pelo plebiscito do
estado do Tapajós. Por pouco não criou-se o Estado do Tapajós, na Assembleia Constituinte
de 1988. Embora não tenham consolidado a criação do Estado, fundou-se a
Frente Popular pelo estado do Tapajós, tendo coletado mais de 17 mil
assinaturas, em pouco mais de 15 dias úteis, tendo dado entrada no
Congresso Revisor, de uma emenda popular, protocolada sob o número
12.977-7, que hoje, junto com o relatório 01/90, respaldam o projeto do
Senador Mozarildo Cavalcanti, de 1993.
Em 1995 um relatório da Comissão de Estudos Territoriais da Assembleia Legislativa do estado do Pará, deu viabilidade à criação do estado do Tapajós, então uma ação político-popular , entrou no Senado Federal com o Projeto de Decreto Legislativo de Consulta Plebiscitária sobre a criação do estado do Tapajós, em 1999.
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