domingo, 16 de fevereiro de 2014

Incidência de radiação no Brasil é superior à recomendada por médicos

Uso de protetores é necessário em todo o território nacional para evitar problemas como o câncer de pele

Belo Horizonte — Sabe aquela recomendação sobre não se expor à luz do Sol entre as 10h e as 15h? Pois já não é mais bem assim. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, mapeou a incidência de raios ultravioletas (UV) em todo o território brasileiro e indicou que a radiação que chega aos brasileiros é muito maior do que vinha sendo considerado por grande parte dos médicos e unidades de saúde no país.

Segundo o professor Marcelo de Paula Corrêa, autor do estudo, é a primeira vez que essa quantidade relevante de informações sobre radiação solar ultravioleta no Brasil é reunida. “Até então, todas as recomendações que eram feitas sobre a exposição ao Sol usavam informações coletadas, principalmente, nos Estados Unidos e na Europa”, explica. Parte dos dados foi obtida com medições in loco, enquanto modelos matemáticos que se baseiam em diversos parâmetros (como o conteúdo de ozônio, a incidência de nuvens e a poluição) complementaram as informações para todo o Brasil e a América do Sul.

O método de medição é considerado muito confiável, segundo o pesquisador. A explicação sobre os níveis elevados de radiação UV no Brasil é sua localização geográfica. “As pessoas costumam associar a grande incidência de radiação solar com praia e com o Nordeste do Brasil, mas constatamos que, no verão, o Sudeste recebe uma quantidade maior que essa região”, afirma Corrêa.
Fonte: Correio Braziliense, 16/02/14

Nenhum comentário: