Governo é intransigente, desrespeitoso e quer o confronto
(Foto: Divulgação/Sintepp)
“Vamos apresentar na assembleia o resultado da reunião ocorrida hoje com o governo, mas com o impasse sobre o desconto dos dias parados, não acredito que a categoria vá votar pelo fim da greve”. Esta é a avaliação de Silvía Letícia, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) sobre o possível resultado da assembleia realizada pelos professores da rede estadual de ensino, em greve há 56 dias.
“O Sintepp apresentou as principais pautas de discussão da categoria, incluindo a questão da reposição e desconto dos dias parados, e ouviu a posição do governo, que discutiu o piso de 220 horas de regência, a carga horária de aposentadoria, além de afirmar que o calendário de aulas já está disponível na Seduc”, continuou.
Entretando, a diretora afirma que o principal ponto de impasse é o desconto dos dias parados durante a greve, além da decisão de fazer contratação de profissionais para repor as aulas que ocorreriam durante o período da greve.
“O governo afirmou que irá fazer a contratação de outros profissionais para repor as aulas. Mesmo o professor que quiser repor as aulas das suas turmas vai ser contratado por fora para isso, mantendo assim o desconto dos dias, sem a devida reposição”, continuou Sílvia. “Isso é muito ruim, inclusive para o aluno, que vai ficar sem receber o conteúdo de forma organizada, mas por dois professores distintos”.
O governo ainda apresentou a proposta de descontar os vencimentos do mês de abril de forma parcelada, com redução de 10% do salário por mês ao invés de todo o pagamento de abril. Entretanto, esse método ainda manteria o corte do ponto dos professores, que comprometeria alguns benefícios, como o dieirto à licença prêmio.
Além da assembleia para discutir da continuidade da greve, os provessores entraram com recursos e recomentações no Supremo Tribunal Federal, Ministério Público Federal e no Conselho Nacional de Justiça para recorrer da decisão a favor do corte dos pontos.
Fonte: DOL, 20/05/2015
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