Do G1 PA, 14/05/2015
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Dezenas de alunos da escola estadual Pedro Amazonas Pedroso fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (14) e chegaram a interditar, por cerca de meia hora, uma das pistas da avenida Almirante Barroso, emBelém. Com o fim da manifestação, os estudantes seguiram em direção ao prédio do Centro Integrado de Governo (CIG), onde professores em greve estão acampados há três dias.
Os estudantes denunciam as péssimas condições de conservação do prédio e dizem que são solidários às reivindicações feitas pelos professores da rede estadual, que dentre vários pontos da pauta, pedem a realização de reformas nas escolas da capital e do interior do Pará.
Cerca de 200 professores da rede pública de ensino, em greve há mais de 50 dias, permanecem acampados no CIG com o objetivo de pressionar o Governo a retomar as negociações, interrompidas desde o último dia 28 de abril. Os docentes descumprem uma a ordem de reintegração de posse do prédio, emitida pela Justiça a pedido do Governo do Estado, e chegaram a queimar o documento após recebê-lo das mãos de um oficial de Justiça na tarde da última quarta-feira (13).
Entre as reivindicações dos professores estão o envio do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a realização de reformas das escolas, o pagamento integral do retroativo do piso salarial e não desconto dos dias parados dos docentes. A coordenação do movimento grevista quer ainda que o Governo formalize sua proposta através da assinatura de termo de responsabilidade.
Já a Secretaria de Educação (Seduc) afirma que só que poderá realizar o pagamento do piso em 18 meses e que existe um plano de manutenção dos prédios das escolas. Em nota enviada ao G1na quarta-feira, o Governo do Estado afirmou que poderá pagar por 84 horas extras além das 200 horas de jornada dos professores, e remuneração de R$ 5.200 para professores em início de carreira, além de outras vantagens.
Para amenizar os efeitos da greve, a Seduc contratou mais de 500 professores temporários. Os dias parados vêm sendo descontados pelo governo, mas o Sintepp não aceita e quer a devolução desses valores.
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