Se há irregularidades por que não dá um prazo para adequações?
Armando Miqueiro, empresário, na Chácara D. Goyo, de sua propriedade Foto: JParente
A empresa comandada por Armando Miqueiro deu entrada no pedido do SIM, no começo de janeiro deste ano. O documento deveria ter sido expedido em poucos dias. Porém, o tempo foi passando, e nada de liberar. Diziam não estavam com problemas porque a equipe de fiscalização era pequena para atender à demanda.
Ele chegou a conversar com sua equipe, comentando que a demora era muito estranha, e que ele achava que viria bloqueio pela frente. Não deu outra.
Nada de ser expedido o SIM em fevereiro, até que Armando procurou a secretaria de agricultura, cobrando com veemência a visita da fiscalização, até que ela foi lá em março e meteu a caneta.
Dentre as supostas irregularidades encontradas, tem uma que dá pra rir: uma jarra de água para beber que foi encontrada dentro de uma das câmaras.
Outra questão foi não haver registro atualizado do ambiente ter sido dedetizado por uma empresa do ramo, estando com quatro dias de atraso a licença anterior. Ocorre que a empresa local contratada estava sem o material apropriado, que estava sendo aguardado.
Armando, em conversa com o blog, citou ainda a fiscalização de uma servidora da Adepará, na qual sobrava má vontade e abundava disposição para fechar o estabelecimento.
Uma das cobranças da representante dessa agência estadual diz respeito à localização em local inadequado do empreendimento, no centro da cidade. Vale ressaltar, que quando foi dada permissão para seu funcionamento, isso foi feito pela antiga Sagri, e Adepará nem existia. Mas, a fiscal não levou isso em consideração.
O fechamento foi determinado sob o pretexto de oferecer risco à saúde pública, o que acontece pela primeira vez nesses dezoito anos de funcionamento.
Chácara D.Goyo, gado leiteiro Foto: JParente - 2008
Há mais ou menos três anos o lacticínio Danadinho recebeu convite para se mudar para Santarém, mas, Armando preferiu continuar em Itaituba. Agora recebe o pagamento por sua preferência ao município ao qual tem se dedicado há mais de três décadas.
Em governos passados, o iogurte Danadinho era comprado em boa quantidade para ser distribuído para as crianças da rede municipal de ensino, na merenda escolar.
Por exemplo, no governo passado, eram adquiridos cerca R$ 15 mil do produto. Na atual gestão caiu para R$ 4 mil.
Uma das atribuições de qualquer governo é tentar ajudar a fazer com que a economia do município funcione bem. Porém, nessa administração o caminho seguido tem sido diferente.
Armando Miqueiro acha que ele paga um preço muito alto por ser engajado em causas sociais em defesa dos interesses da comunidade, o que muitas autoridades do passado e do presente não perdoam. Entende ele, que não é só uma questão do secretário de agricultura do município, sem eximi-lo de culpa. Está convicto de que tem dedo de gente do governo do Estado nisso.
Quem conhece Armando Miqueiro e sua esposa Mair, sabe o quanto eles tem se esforçado para trabalhar dentro da legalidade. Dezenas de pessoas podem atestar isso.
É no mínimo muito estranho o que está acontecendo, pois não foi dado nenhum prazo para que o empresário se adeque, no caso de realmente ter sido encontradas irregularidades. Pelo que ficou subentendido, o objetivo era fechar mesmo, e ponto final.
Fonte: Blog do Jota Parente, 09/05/2015
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