Comando Nacional dos Bancários negocia melhoras nas condições de trabalho da categoria com Fenaban
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nova proposta de reajuste, elevando para 8% (aumento real de 1,82%) o índice sobre os salários e as demais verbas salariais e para 8,5% sobre o piso salarial o que representa ganho real de 2,29%.
Também houve alterações na proposta de reajuste da PLR (participação nos lucros ou resultados), que passou a ser de 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional. A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido das empresas a ser distribuído linearmente na parcela adicional.
Em razão desses avanços, o Comando Nacional está orientando os sindicatos do país a realizarem assembleias até a próxima segunda-feira e a aceitarem a nova proposta, que contempla aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso e novas conquistas econômicas e sociais.
Avanços
Os bancos recuaram da proposição inicial de obrigar os bancários a compensar todos os dias de greve em 180 dias. A nova proposta negociada com a Fenaban, apresentada após 22 dias de greve, inclui ainda três novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.
- A forte mobilização e a unidade da categoria foram fundamentais para romper a intransigência dos bancos e garantir avanços importantes, especialmente aumento real de salário e avanços nas condições de trabalho – avalia o coordenador do Comando Nacional e presidente da Contraf-CUT (a confederação nacional da categoria), Carlos Cordeiro.
A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional, avalia que a resistência da categoria e os resultados das negociações voltaram a conquistar bons resultados. “O aumento real de 1,82% é maior do que a média dos aumentos reais dos bancários desde 2004. Com isso, em 10 anos iremos acumular 18,33% de ganho real nos salários e 38,7% nos pisos. Avaliamos que a proposta tem avanços nas principais reivindicações dos bancários e vamos indicar a aprovação em assembleias”, disse .
Fonte: Correio do Brasil,11/10/13
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