sexta-feira, 10 de abril de 2015

O analfabeto político, a política e a fé

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos, ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.Não sabe que da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e o explorador das empresas nacionais e multinacionais (Bertold Brech).

Por outro lado, me contrapondo aqueles que dizem que o seguidor de Cristo não pode participar de política, entendo que deveríamos cortar uma grande parte da Bíblia. Os profetas, por exemplo, são os grandes comentadores da política de seu tempo.

Muita gente pensa que os profetas só anunciam o futuro, mas o que os profetas da Bíblia faziam, era olhar bem o presente. Se algum governante não servia bem ao povo, eles denunciavam logo. Para a Bíblia, o grande sinal de fidelidade à aliança feita com Deus, era a justiça, o entendimento dos pobres. Nesse sentido, vamos ouvir o que tem a nos dizer o profeta Ezequiel, capítulo 34, ver 2-4: 

"Ai dos pastores de Israel, que são pastores de si mesmo! Não é dos rebanhos que os pastores deveriam cuidar? Vocês bebem o leite, vestem a manta, matam as ovelhas gordas, mas não cuidam do rebanho. Vocês não procuram fortalecer as ovelhas fracas, não dão remédios para as que estão doentes, não curam as se machucaram, não trazem de volta as que se desgarraram e nem procuram aquelas que se extraviaram. Pelo contrário vocês dominam com violência e opressão".

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