segunda-feira, 13 de abril de 2015

A greve deve unificar o discurso e trabalhar a coesão

Neste momento a educação municipal e a estadual estão em greve e o motivo é praticamente o mesmo, as lutas são as mesmas, o espírito de rebeldia e de sonhos por tratamento decente a Educação deve ser o mesmo em todas as cabeças e corações.


Os alunos são muito importantes para nós, mas eles haverão de compreender que ou lutamos por melhores salários e condições de trabalho ou a educação deles estará cada vez mais comprometida. 


Por outro lado, nossa luta além de valorização salarial e, também, busca merenda escolar, reajuste da gratificação de diretores, vices e secretários, reforma e construção de escolas, bem como a conclusão das obras paralisadas de construção e reformas de escolas e concurso público para o preenchimento de vagas abertas na Educação.


Nossa categoria é guerreira e compreende a importância de se opor a governos que só lembram que a educação é prioridade na época de campanhas eleitorais, quando fazem discursos inflamados para ganhar votos.

Também, é necessário observar quem só opõe as lutas da educação e deixar essas pessoas no esquecimento, porque dá espaço aos opositores é o mesmo que criar cobras venenosas.


O quadro da educação atual, em alguns aspectos é inquietante, quem observa sabe disso e todos sabem que embora tenhamos um amor enorme pelo que fazemos, pelo nosso trabalho, mas depende de um salário melhor para termos uma vida mais decente.


Não gostaríamos de fazer greve, mas diante de governos insensíveis, apelamos para este instrumento como último recurso. Sabemos que o governo municipal pode responder positivamente a categoria, uma vez que além dos recursos que o Governo federal repasse para a Educação, o Município por força da Constituição Federal, tem que investir parte de sua arrecadação própria na Educação. 

Sabemos que o Governo do Estado pode obedecer o acordo firmado com a categoria no que diz respeito a lotação e outros pontos. Sabemos que é possível pagar o piso e que também milhões de reais estavam disponíveis para a construção e reforma de escolas.


Do jeito que está o governo faz de conta que paga, o professor faz de conta que ensina e o aluno faz de conta que aprende.

É possível dar alguns passos em direção a mudança gradativa deste quadro. Só falta vontade política!

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