"Por qual razão Eduardo Cunha resolveu dizer hoje que a ocorrência de pedaladas fiscais pode não justificar um pedido de impeachment? Ainda ontem ele havia dito que as pedaladas estavam se transformando em motocicleta. Não, de ontem para hoje não houve nenhum acordo com o governo pelo qual ele aliviaria Dilma em troca de alívio no Conselho de Ética.
Cunha sempre foi enigmático, mas agora tornou-se uma esfinge. Sempre que a oposição acha que o decifrou, quebra a cara. E o mesmo vale para os governistas"; quem faz tal avaliação é a colunista do 247, Tereza Cruvinel.
A jornalista pondera que Cunha vive uma situação peculiar: "Cunha é ao mesmo tempo o homem mais forte e o mais fraco do Parlamento. Forte porque o cargo lhe dá inúmeras atribuições, como a de acolher o pedido de impeachment. E também porque ele tem apoios, para continuar dando as cartas na Câmara. Ao mesmo tempo ele é o mais fraco, o que pode cair do mais alto, perdendo o cargo, o mandato e depois a liberdade, se for condenado e preso".
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