sábado, 12 de setembro de 2020

Lula: 'os EUA nunca aceitaram o Brasil como ator internacional'

Em entrevista à emissora Russia Today, o ex-presidente alerta que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos teve participação ativa no Golpe de 2016 que levou à queda de de Dilma

Brasil 247, 12/09/2020, 11:57 h Atualizado em 12/09/2020, 16:48
   Ex-presidente Lula (Foto: Felipe Gonçalves - 247)

PT - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu sua primeira entrevista depois do histórico pronunciamento do Dia da Independência, em que acusou o governo de Jair Bolsonaro de ser submisso aos Estados Unidos. Na entrevista ao programa Going Underground, transmitido neste sábado, 12 de setembro, pela emissora russa volta a tratar do papel dos americanos na América Latina e acusa o país de nunca ter aceitado o protagonismo internacional do Brasil desde a chegada do PT ao poder, em 2003.

aceitado o protagonismo internacional do Brasil desde a chegada do PT ao poder, em 2003.

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A Russia Today aponta que ao chegar ao Palácio do Planalto, há 17 anos, Lula foi responsável por tirar 20 milhões de seus compatriotas da pobreza e de investir em educação. Na entrevista, Lula critica a resposta do governo Bolsonaro e analisa o papel dos médicos cubanos na luta contra o coronavírus. Ele também fala da perseguição judicial que sofreu por obra de setores do Ministério Público Federal e do ex-juiz federal Sérgio Moro, que o condenou à prisão e, em seguida, virou ministro de Bolsonaro.


Lula trata ainda do papel do Departamento de Estado dos EUA, da CIA e do Departamento de Justiça dos EUA na deposição de Dilma Rousseff da Presidência da República. Ele também aponta o papel abusivo e ilegal de Moro e do procurador Deltan Dallagnol, além de relembrar as conquistas de sua administração no combate à fome. Ele também condena as tentativas de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos e a estrutura oligárquica da mídia no Brasil.

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