Mas a passagem de Lula em Ipatinga foi um sucesso
Viomundo, 24/10/2017
Da Redação, com fotos de uma leitora do Viomundo
Militantes de direita tentaram provocar a comitiva do ex-presidente Lula mais de uma vez ao longo da caravana recém iniciada por Minas Gerais.
Numa instância, aos gritos de “ladrão”, se postaram ao lado do ônibus que trazia o líder petista.
Em Governador Valadares (vídeo acima) Lula reuniu milhares de pessoas nesta quarta-feira.
Uma pessoa presente descreveu o protesto anti-Lula como “pequeno, insignificante”.
Com um carro de som, manifestavam acusavam Lula de ser o responsável pelo rompimento da barragem do rio Doce em Mariana.
Em Ipatinga, no dia anterior, o grupo de manifestantes de direita era de 60 pessoas. Muitos eram apoiadores de Jair Bolsonaro.
A multidão que recebeu Lula era de 2 mil pessoas.
A primeira caravana de Lula, pelo Nordeste, foi praticamente desconhecida pela mídia corporativa. Não ocupou nem um segundo no Jornal Nacional.
Aparentemente, a estrategia de fechar os olhos fracassou: disseminando informações e imagens pelas redes sociais e contando com noticiário negativo sobre o governo Temer, Lula aumentou seus índices de apoio em pesquisas de opinião para 2018.
Agora, a Folha de S. Paulo antecipou que grupos de direita se organizavam contra Lula em Minas Gerais.
É um sinal de que a mídia pode investir em confusões e pancadarias como forma de desviar a atenção dos temas tratados pelo ex-presidente no contato com eleitores.
Em Governador Valadares, o evento pró-Bolsonaro foi próximo a um bairro de classe média. “Quando tem enchente inunda tudo, mas os moradores se acham”, narrou uma testemunha.
Do carro de som, os oradores pediam que os motoristas buzinassem para pedir Lula na cadeia.
O ex-presidente foi denunciado pela falta de duplicação da BR 381 e pela falta de investimentos na região.
“A rotação da terra é culpa do Lula. Fiquei lá e ouvi esse pessoal. É de doer. Mas Hitler começou assim, né”, narrou a participante anônima.
Depois da Caravana pelo Nordeste e de percorrer Minas Gerais, Lula poderá visitar outras regiões do país viajando de ônibus.
A estratégia da imprensa corporativa de estimular protestos, garantindo cobertura, não pode ser descartada — afinal, foi assim que a mídia agiu para promover o impeachment de Dilma Rousseff.
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