Bancada Evangélica Popular defende a adoção de políticas públicas que combatam a desigualdade social e a paz. "Estamos nessa mesma batalha do povo brasileiro pela democracia e justiça social", diz o pastor Ariovaldo Ramos, um dos coordenadores da bancada
19 de agosto de 2020, 08:08 h Atualizado em 19 de agosto de 2020, 10:35
Pastor Ariovaldo Ramos e Reverenda Alexya Salvador (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)
Evangélicos ligados a setores da esquerda se uniram para apoiar candidaturas progressistas como uma alternativa ao conservadorismo da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso e pelo avanço da extrema direita, representada pelo bolsonarismo. “Não tem nada a ver com essa ênfase da bancada evangélica de representar a igreja, mas sim de marcar posição, para que todo o Brasil saiba que a igreja evangélica não é esse grupo hegemônico e que nós estamos nessa mesma batalha do povo brasileiro pela democracia e justiça social”, disse o pastor e coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Ariovaldo Ramos, ao jornal Folha de S. Paulo.
Os coordenadores do movimento destacam que a Bancada Evangélica Popular, criada em julho, defende a adoção de políticas públicas que combatam a desigualdade social e, como Jesus Cristo, a paz. A religião, porém, não faz parte da lista de discussões do grupo uma vez que o Estado é laico.
Ainda de acordo com a reportagem, a frente progressista começou a ganhar corpo no início do ano e desde então vem angariando adesões de pré-candidaturas ligadas a esquerda em diversos estados e cidades do país.
Um dos nomes que a bancada está apoiando para uma vaga na Câmara de Vereadores de São Paulo nas eleições deste ano é o da reverenda da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) Alexya Salvador, primeira transexual da América Latina a se tornar clériga.
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