terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Impeachment ou alternância de poder?

Por Airton Faleiro (*)
Tenho observado, nas mídias sociais, manifestações favoráveis e contrárias ao movimento que tenta convencer a sociedade buscando apoio político para pautar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

Quero manifestar então minha opinião sobre o assunto:

Primeiro. Penso que, em que pese os problemas do nosso país, problemas esses de responsabilidade de quem está governando nesses últimos 12 anos e, da mesma forma de quem já governou, antecedendo nesse curto período, nosso Brasil caminha para a consolidação de uma democracia política e, até onde este sistema tem se mostrado melhor que os regimes autoritários e outra modalidades existentes em outros países.

Portanto, assegurarmos a democracia se faz prudente e necessário;

Segundo. É verdade que nossa democracia tem permitido polarizações e embates políticos e eleitorais acirrados, proporcionando revezamento (alternância) de poder em todas as esferas da federação (municípios, estados e em nível federal) – o que considero salutar, pois permite que a população experimente mais que um projeto político e de governo e assim posso melhor comparar os projeto que disputam entre si.

Terceiro. Na minha opinião, o que está em jogo, neste momento é uma tentativa de tirar Dilma do comando do governo por motivação política, tendo o impeachment ferramenta para isso.

Sou radicalmente favorável ao revezamento de poder, no entanto, para isso é preciso que se ganhe democraticamente as eleições. Caso contrário, que se faça oposição e disputa, no próximo pleito o apoio popular, para obter a maioria dos votos e de forma democrática se chegue ao poder.

Esse pensamento me dá base e impulso para radicalizar contra esse movimento que tenta em não aceitar o resultado das eleições em nosso país.

Por fim, devo dizer que nosso país se diferencia de tantos outros por defender e praticar a paz, sendo contra as guerras externas e internas.

Portanto, apoiar movimentos como esse é contribuir para levar a um confronto político e, em especial, incentivar uma guerra entre civis, já que a polarização política entre os projetos em disputa vive um equilíbrio enormemente forte.

Da mesma forma, sou radicalmente contra alguns setores da mídia que deixam de exercerem seu real papel de informar a população e passam a se comportar como partidos de oposição, instigando o povo ao confronto e ao impeachment.

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* É deputado estadual pelo PT no Pará. Reside em Santarém.

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