Professores dão cartão vermelho para gestão de Eliene Nunes, em Itaituba
Pessoal da educação dá cartão vermelho para Eliene |
Após inúmeras reuniões frustradas, na tentativa de estabelecer um entendimento quanto a sua campanha salarial 2015 e outros temas atinentes a educação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, SINTEPP decidiu radicalizar.
A gota d’água foi não apresentação de propostas da secretária Uzalda Miranda que ignorou os demais itens da pauta do Sindicato e concedeu readequação do piso de 5% para Ensino médio e ainda desconsiderando o pessoal de apoio.
Nos cinco encontros entre sindicalistas e governo a ladainha do lado de lá foi sempre a mesma, o Município não tem dinheiro, gastou mais do que arrecadou só com folha de pagamentos em relação ao Fundeb.
Para tentar forçar uma negociação o Sintepp promoveu na manhã de quinta-feira, dia 19, um ato publico em frente à Semed, com faixas,cartazes e carro de som.
Celso Noronha, que compõe a coordenação do Sindicato, disse que a Prefeita foi categórica em demonstrar má vontade e desrespeito para com a categoria ao afirmar que não tem dinheiro e que não tem nenhuma proposta de negociação e que não quer o dialogo.
O Sindicato tem exigindo documentos com números que comprovem de que forma o Município vem gastando o que arrecada, tanto das verbas carimbadas quanto da arrecadação própria mas não houve resposta.
Na contramão do processo, a prefeitura que que o SINTEPP prove que o município tem dinheiro e assim, negociará com a entidade.
Professores vestiram preto simbolizando luto pela morte da educação |
Nem sequer o piso que sempre foi pago pelas gestões anteriores foi levado em consideração pelo governo. Representando o Sindsaúde que também está se mobilizando para garantir aumento e outros direitos, o professor Felipe Gomes disse que a Prefeita anunciou redução de 10% na folha e depois anunciou que aumentaria 10% sem deixar claro as questões, o que para o sindicalista demonstra falta de compromisso e transparência com a coisa pública.
Nas negociações, técnicos do governo usaram como referência para negar pedido de aumento, o impacto causado pela folha do mês de outubro do ano passado, considerando, também, o programa Mais educação.
Protesto ocorreu nas ruas da cidade |
Suely Souza criticou o governo que alega falta de dinheiro, lembrando que nesses dois anos a prefeita Eliene Nunes não construiu nenhuma escola, tendo como única obra municipal a reforma da Praça do Congresso que se encontra abandonada. Trabalhando apenas com verba federal, no caso dos ginásios poliesportivos e outras obras que mesmo assim estão inacabadas.
A sindicalista questiona o destino da arrecadação própria do Município e critica as condições desumanas a que professores são submetidos na escola Águia do Saber, já existindo denúncias no MP para fechamento da mesma.
Suely ironizou o fato de exatamente uma educadora estar massacrando a categoria, reiterando suas críticas a quem antes pregava direitos e hoje está negando direitos, numa alusão a Eliene Nunes que é professora e que se tornou a maior decepção da história política de Itaituba.
Os coordenadores foram unânimes em afirmar que o governo vem tentando enganar a categoria, apresentando números fantasiosos que não expressam a realidade financeira do Município, dizendo que não tem dinheiro para reajustar o salário do pessoal da educação.
Professor Paulo Sérgio teceu críticas afirmando que quase 98% dos professores votaram na Prefeita, mas assegura que agora eles estão revoltados e estão aderindo em peso a greve.
Outros professores contestaram a Semed ter obrigado educadores a irem para salas de aula aos sábados vendo nisso falta de planejamento. Rebatendo o argumento da Prefeita e da Secretária de Educação sobre a falta de dinheiro, professores questionam que a Prefeita repassou dinheiro para a Câmara dando direito a cada Vereador contratar mais dois assessores e não tem recursos para negociar com a categoria.
Após a reunião relâmpago com a Secretária, os professores saíram pelas ruas principais protestando contra o que consideram total descaso para com a educação do Município.
Em seguida o Sintepp promoveu durante a manhã e tarde de quinta-feira, uma assembléia aonde por aprovação unânimes foi deflagrada a greve, comunicada de imediato à Prefeita, Secretária de Educação e diretores de escolas, através de oficio como manda a lei que seja feito 72 horas antes.
Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário