Em 1970, depois de 470 anos do início da colonização portuguesa no Brasil, a população era de 90 milhões de habitantes. Entre 1970 e 2014, passados 44 anos, a população brasileira mais que dobrou, já passamos dos 200 milhões de habitantes. Só no período crescemos 120 milhões de pessoas ou mais de 200%. Se continuarmos a crescer no mesmo ritmo, daqui há 30 anos estaremos perto de meio bilhão de habitantes.
Há quem diga que a desestruturação da família, o auxílio natalidade, o crescimento de programas sociais como o Bolsa Família, são elementos que contribuem para geração de filhos ilegítimos, ou simplesmente daqueles que na certidão de nascimento não aparece o nome do pai. Dizem mais, que a pretexto de resolver os problemas sociais tais políticas trazem no seu bojo a corrupção, o favorecimento eleitoral e a multiplicação, numa etapa seguinte, desses mesmos problemas sociais que se propõe a resolver. Uma coisa é certa gerar filhos implica em responsabilidades dos pais.
Na Rússia, o governo estimula a geração de filhos dando as famílias cerca de 20 mil reais e encontra forte resistência enquanto no Brasil há muitas pessoas que se tornam pais para receber um salário mínimo mensal durante um semestre, sem se preocupar como vai custear a educação, a saúde, a moradia, o lazer e outros itens imprescindíveis a vida humana. Particularmente, entendo que tais programas sociais devem existir mas, a liberação e disponibilização de recursos para este tipo de assistência social deveriam observar parâmetros mais rigorosos, inclusive no sentido da punição de corruptos.
O percentual de nascimento parece ser maior e muito maior na zona rural pelo simples fato de se ter oportunidade de receber o auxílio natalidade através do INSS.
Gerar filhos sem planejar significa falta de discernimento e sobra de irresponsabilidade. Não demora muito e teremos o crescimento da marginalização que fica a um passo da criminalidade. Também, paralelamente, assistimos o crescimento do déficit da previdência Social que em 2009 passou de 40 bilhões de reais.
Não tenho dúvida, passa também por aí o crescimento populacional, que exige mais infraestrutura no campo e na cidade. Exige também mais emprego e renda, políticas públicas mais arrojadas e principalmente vontade política para fazer acontecer as mudanças esperadas pela sociedade.
Nesse contexto, cabe a pergunta: filhos de quem?
Nenhum comentário:
Postar um comentário