A verdade é que a direita quer engessar, paralisar o Governo, de forma que ele não consiga administrar as demandas do País e, por sua vez, chegue enfraquecido para a disputa das eleições de 2018. A casa grande aposta no impeachment
O Partido dos Trabalhadores (PT) está na situação de um boxeador, que, em certo momento, desloca-se estrategicamente para o córner do ringue à espera do soar do gongo, porque sua intenção é tentar respirar e se defender dos socos de seu adversário, que está prestes a conquistar a vitória, se possível por intermédio de um nocaute contundente — inapelável.
Contudo, o partido que venceu as eleições presidenciais de 2014 é exatamente o PT, que deveria colocar as cartas na mesa, mas desaprendeu a revidar os "socos" ou a se defender, de maneira clara, objetiva e sistemática, porque, mesmo vitorioso nas urnas, perdeu a presidência da Câmara e vai ter de enfrentar mais uma CPI da Petrobras, organizada pela oposição conservadora, capitaneada pelo PSDB e seus aliados, a exemplo do DEM, PPS e parcela dissidente do PMDB, que tem em suas fileiras políticos de almas tucanas e que detestam ver os trabalhistas no poder.
É inacreditável e até mesmo surreal o governo popular de Dilma Rousseff não conseguir se mobilizar de modo que seus interesses políticos e partidários sejam resguardados, principalmente na Câmara dos Deputados, a ter como finalidade a aprovação de projetos e de programas que interessam à Presidência da República e a seus ministérios, que são responsáveis por milhares de obras e projetos de interesses nacionais, que contrariam o sistema de capitais controlado pelo mercado financeiro internacional.
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Fonte: Brasil 247, 07/02/14
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