"Enquanto Lula foi submetido a um ritual que lembra a 'prisão para averiguações', tratamento bruto que o país reservava aos brasileiros antes da democratização, Fernando Henrique Cardoso também foi chamado a dar explicações sobre um escândalo de seu governo - mas o fez em segredo, no conforto de casa", compara Paulo Moreira Leite, colunista do 247.
"O principal ensinamento do episódio não envolve culpas e suspeitas contra cada um, mas o tratamento diferenciado entre Fernando Henrique e seu sucessor. FHC foi ouvido em casa sobre um depoimento ao qual não poderia se furtar, pois era testemunha. Também pode alegar razões patrióticas para fazer segredo sobre o conteúdo de contas secretas no exterior. Empregou um diretor-geral da PF para ter certeza de que não haveria vazamentos e ninguém achou que deveria dar maiores explicações a respeito", lembra o jornalista.
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