As duas, embora divergentes quanto ao objetivo, devem ser consideradas como democráticas. O que não podemos é extrapolar, passar dos limites, pois somos brasileiros e amamos nossa Pátria.
Um ano e cinco meses depois das eleições que dividiram o Brasil e deram vitória apertada a Dilma Rousseff, o país vive novamente um racha. Nas manifestações ocorridas nas últimas semanas, multidões vestindo verde e amarelo ou vermelho são o retrato da resposta popular nas ruas ao ápice da atual crise política brasileira.
No domingo (13), o Brasil teve a maior manifestação contra Dilma. Em todos os 26 Estados e o Distrito Federal, milhares de pessoas usaram as cores da bandeira brasileira para pedir o impeachment da presidente. Os atos reuniram 3 milhões de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. Somente em São Paulo, foram à avenida Paulista 500 mil pessoas, conforme o Datafolha. A PM estimou 1,4 milhão de manifestantes na capital paulista. No ato, ataques ao PT e o apoio ao juiz Sérgio Moro foram duas unanimidades.
Na sexta-feira, foi a vez da multidão vermelha tomar as ruas nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal para apoiar a presidente Dilma, contra o processo de impeachment e a favor da democracia.
Outra vez, a avenida Paulista foi o ponto de encontro com a maior concentração. Milhares de pessoas entoaram gritos de "Não vai ter golpe" e hinos da esquerda, como "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", de Geraldo Vandré. Segundo o Datafolha, 95 mil foram à Paulista. A PM estimou um público de 80 mil às 18h45, auge do movimento, e o PT divulgou que 500 mil estiveram no ato, que teveparticipação do ex-presidente Lula.
Idolatrado por oposicionistas, o juiz Sérgio Moro virou alvo nos atos de sexta, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e a Rede Globo.
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