Notícia da morte do deputado e ex-senador pernambucano Sérgio Guerra motivou manifestações dos parlamentares presentes à sessão de ontem do Senado, que foi suspensa.
Os senadores aprovaram um requerimento de voto de pesar e fizeram um minuto de silêncio em honra ao ex-senador e deputado federal, que lutava contra um câncer de pulmão. Por determinação do presidente do Senado, Renan Calheiros, a bandeira do Brasil em frente ao Palácio do Congresso Nacional ficará a meio mastro por três dias.
A principal característica lembrada pelo senador Gim (PTB-DF) foi a palavra de Guerra, a disposição dele para cumprir os acordos. Gim também destacou as firmes convicções do político de Pernambuco.
Para Valdir Raupp (PMDB-RO), embora tenha morrido prematuramente, Sérgio Guerra deixou um “longo rol de serviços prestados ao país”. Raupp enumerou, entre as qualidades de Guerra, a dedicação ao interesse público e à defesa da transparência. Também destacou a abertura de Guerra ao diálogo e a capacidade de articulação.
— Sempre se revelou um ser humano de espírito ativo, mas conciliador. A política brasileira perde um grande lutador, um homem que defendeu o melhor para Pernambuco e para o Brasil, sempre em prol de projetos que visassem melhorar a vida do povo do nosso país — afirmou.
Jorge Viana (PT-AC) e Ana Amélia (PP-RS) também lembraram a convivência com Guerra. Viana relatou tê-lo encontrado no hospital, esperançoso de vencer a luta contra o câncer. Já Ana Amélia recordou as oportunidades em que o entrevistou, quando trabalhava como jornalista, e constatou sua visão clara da política, da história e da cultura do país.
— Eu queria lembrar que hoje há uma unanimidade, não porque ele morreu, mas porque há um reconhecimento do papel que Sérgio Guerra desempenhou na política brasileira — declarou a senadora.
Eduardo Suplicy (PT-SP), por sua vez, lembrou da relação “construtiva e respeitosa” cultivada nos anos em que conviveu com Guerra no Senado. Assim como vários de seus colegas, o senador exaltou o espírito harmonizador do deputado pernambucano.
Já Paulo Paim classificou o deputado como um dos maiores líderes da história do PSDB. O senador disse ter muito respeito por Sérgio Guerra, “um homem público capaz de cumprir acordos”, e lamentou a perda para o país.
Fonte: Jornal do Senado, 07/03/14
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