sexta-feira, 17 de junho de 2016

Veja quanto Machado diz em delação que cada político recebeu em propina

Renata Mello/Transpetro 
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e ex-aliado do PMDB

Folha, 17/06/2016

Em seu acordo de delação premiada na Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou ter intermediado o repasse de propina para ao menos 25 políticos quando ocupava o cargo máximo na subsidiária da Petrobras. Sua denúncia envolve nomes importantes do PMDB, PT, DEM, PSDB, PCdoB e PP.

Segundo Machado, parte dos pagamentos foi em dinheiro e outra parte em doações eleitorais. Todos os citados negam irregularidades (veja abaixo).

Como os repasses foram feitos em parcelas pagas ao longo de vários anos, não é possível atualizá-los para valores atuais. Por isso, as quantias abaixo estão exatamente como citadas em seu depoimento. Veja:
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OUTRO LADO

RENAN CALHEIROS

Presidente do Senado, Renan (PMDB-AL) disse que "nunca autorizou ninguém para falar em seu nome" e que todas as doações que recebeu para campanhas eleitorais, foram legais e com contas prestadas e aprovadas pela Justiça. "Não tenho absolutamente nada a temer", afirmou.

JUCÁ, LOBÃO E SARNEY

O advogado dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB -MA) e do ex-presidente José Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, disse que os três negam ter recebido recursos de Machado.

"A delação é bastante ampla e tem que ver qual é a credibilidade dela, tendo em vista que ela foi feita para livrar os filhos [de Sérgio Machado] da cadeia. A delação tem que ser vista com muitas reservas", disse à Folha.

CHALITA

Gabriel Chalita (PDT), hoje secretário municipal de Educação de São Paulo, disse que, como manifestado anteriormente, não conhece e não tem nenhum contato com Machado. Ele afirmou ainda que nunca soube de um eventual pedido que teria sido feito pelo presidente interino.

AÉCIO

Em nota, o senador Aécio Neves negou que tenha usado propinas para comprar apoio na Câmara dos Deputados.

"São acusações falsas e covardes de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar os benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar. Qualquer pessoa que acompanha a cena política brasileira sabe que, em 1998, sequer se cogitava a minha candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, o que só ocorreu muito depois. Essa eleição foi amplamente acompanhada pela imprensa e se deu exclusivamente a partir de um entendimento político no qual o PSDB apoiaria o candidato do PMDB à presidência do Senado e o PMDB apoiaria o candidato do PSDB à presidência da Câmara dos Deputados. A afirmação feita não possui sequer sustentação nos fatos políticos ocorridos à época."

VACAREZZA

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que "Machado nunca arrecadou para as minhas campanhas, nunca pedi que ele arrecadasse. Ele cita meu nome de forma genérica, sem dizer qual empresa [doou], qual o valor [foi doado]. Isso nunca existiu".

HENRIQUE EDUARDO ALVES

O ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) disse que "repudia a irresponsabilidade e leviandade" das declarações de Machado e que "nunca pediu qualquer doação ilícita a empresários ou qualquer que seja".

Em nota, Alves disse que todas as doações para suas campanhas "foram oficiais", com prestações de contas "aprovadas" pela Justiça Eleitoral. O ministro afirmou ainda que "está à disposição da Justiça" e "confiante que as ilações envolvendo o seu nome serão prontamente esclarecidas".

JADER BARBALHO

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) disse: "Eu não trato de declaração deste canalha porque não sou especialista em estrume. O que ele quer, na verdade, é, combinado com o Ministério Público e a Justiça, sair da cadeia e ir beber vinho em Paris com os filhos. É um bandido com cobertura judicial. Não acredito em nada deste rapaz e não me causará nenhuma espécie se ele citar o papa Francisco para se livrar da cadeia. Inclusive, sou pessoalmente incompatibilizado com este canalha, não falo com ele há anos".

GARIBALDI E WALTER ALVES

Tanto o senador Garibalde Alves (PMDB-RN), quanto o deputado Walter Alves (PMDB-RN) afirmaram, ambos por meio de nota, que as doações recebidas foram legais, "oficiais e sem nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza".

Para os parlamentares, esse tipo de arrecadação de campanha estava prevista em lei e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "inclusive fixando percentuais para pessoas físicas e jurídicas".

AGRIPINO MAIA

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirma que as doações recebidas "foram obtidas sem intermediação de terceiros, mediante solicitações feitas diretamente aos dirigentes das empresas doadoras". Ele ainda afirma que, como presidente de partido de oposição, não teria nenhuma "contrapartida a oferecer a qualquer empresa que se dispusesse a fazer doação em troca de favores" do governo. Por fim, reafirma que as doações recebidas têm "origem lícita" e foram declaradas à Justiça Eleitoral.

LUIZ SÉRGIO

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) confirma ter recebido doações da Queiroz Galvão, mas afirma que elas foram legais.

"Pedi doação para minha campanha, até porque todo candidato pede. Mas pedi doações legais, recebi e declarei tudo na Justiça Eleitoral. O que recebi da Queiroz Galvão está declarado na minha prestação de contas: foram R$ 332,5 mil em 2014. Esses valores estão errados [Sérgio Machado diz que os repasses ao deputado foram feitos via Queiroz Galvão: R$ 200 mil em 2010 e R$ 200 mil em 2014]. Eu não sabia da relação que Sérgio Machado estabelecia com as empresas. Uma coisa é pedir doação legal e declarar, que foi o que eu fiz. Outra coisa é participar de um esquema criminoso", afirmou.

JANDHIRA FEGHALI

Em nota, a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) reafirmou ter se encontrado algumas vezes com Sérgio Machado, em reuniões públicas relativas ao setor da indústria naval, e que todas as doações que recebeu foram lícitas, registradas e aprovadas pela Justiça.

"Nunca conheci ou participei de qualquer conduta, ou esquema criminoso envolvendo a Transpetro e jamais aceitaria doações se pudesse supor serem de origem ilícita. Repudio a tentativa de criminalizar as doações feitas segundo as leis à época vigentes, portanto legais e públicas, e qualquer tentativa de vincular meu nome ao recebimento de propina", disse a deputada, afirmando ainda que irá processar Machado por calúnia e difamação.

FELIPE MAIA

O deputado Felipe Maia (DEM-RN) se disse surpreso com a citação de seu nome.

"Todas as doações recebidas na minha campanha foram devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Em 2014, as doações recebidas de empresas privadas, dentro do que regia a legislação vigente, foram arrecadadas pelo diretório nacional do meu partido e sem intermediários", disse Felipe Maia (DEM-RN) em nota.

"Fui surpreendido com a citação do meu nome na delação do ex-senador Sérgio Machado. Afinal, como parlamentar de oposição há 10 anos, jamais teria como condicionar doação à troca de favores de governo", acrescentou.

VALDIR RAUPP

Em nota, a assessoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) negou que ele tenha solicitado doações para o ex-presidente da Transpetro. "O senador Valdir Raupp repudia com veemência as ilações do sr. Sérgio Machado, na sua delação e afirma que nunca solicitou ao delator doações para campanhas eleitorais. Portanto, são mentirosas e descabidas as citações feitas ao seu nome."

JORGE BITTAR

O presidente da Telebras e ex-deputado pelo PT do Rio de Janeiro, Jorge Bittar, negou que tenha tido reuniões para solicitar recursos a Sergio Machado.

"Todas as doações recebidas por minhas campanhas foram feitas de forma legal e devidamente registradas na Justiça Eleitoral", disse, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa.

NÃO RESPONDERAM

A Folha não conseguiu falar com a ex-ministra Ideli Salvatti (PT-SP).

Heráclito Fortes (PSB-PI) está em missão oficial no Panamá e disse que só irá se manifestar nesta quinta-feira (16), quando retornar ao país.

Golpista: Alves se esconde no banheiro

Foi pra não ter que ouvir os gritos de "golpista" no avião

Fonte: Conversa Afiada, 17/06/2016


Créditos do original: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados (17/12/2014)


Na Fórum:

Henrique Eduardo Alves se esconde no banheiro do avião para fugir de gritos de ‘golpista’

O agora ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves disse que optou por se esconder em um banheiro de avião para não ter que ouvir os gritos de “golpista” de uma passageira que estava no mesmo voo.

Alves estava em Brasília e iria pegar um voo para Natal, no Rio Grande do Norte. A senhora se sentou duas cadeiras atrás do ex-ministro, houve uma discussão entre os dois e pouco depois Alves viu que uma senadora do PT que também estava no voo.

No desembarque, o ex-ministro se refugiou no banheiro com medo de novos gritos e esperou que todos os passageiros deixassem a aeronave. Antes de sair do aeroporto, Henrique Eduardo Alves precisou ficar aguardando ainda mais tempo no saguão porque seu motorista disse que havia “petistas do lado de fora”.

Alves foi o terceiro ministro a deixar o governo interino de Temer em 34 dias de gestão. O ex-ministro do Turismo foi mencionado nas delações de Sérgio Machado por supostamente ter recebido propina no valor de R$ 1,55 milhões. Antes de Alves, havia sido demitidos os ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência). Nos bastidores do Planalto, a aposta é que a demissão de Alves não seja a última. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

PCdoB quer plebiscito já!

"Governo" Temer acabou!

Fonte: Conversa Afiada, 17/06/2016

Créditos: Roberto Stuckert Filho/PR


PCdoB: Plebiscito já para derrotar o golpe e restaurar a democracia

Em nota, a Comissão Política Nacional do PCdoB, reunida nesta quinta-feira (16), prega que as forças democráticas políticas e sociais, ao lado da presidenta eleita Dilma Rousseff, se comprometam a convocar plebiscito sobre a antecipação de eleições presidenciais diretas, caso ela retorne ao cargo. 

O partido também defende sinalizações de Dilma no sentido de que seu governo fortalecerá a democracia, se empenhará por uma reforma política, irá assegurar conquistas sociais e liderar um pacto para que o país vença a recessão e adentre a um novo ciclo de desenvolvimento.

(...)

O governo interino, a começar da composição de seu ministério, é todo ele voltado não para verdadeiramente governar o país, mas sim para consolidar o golpe no julgamento do Senado Federal, no qual se maquina, a qualquer preço, a condenação da presidenta Dilma Rousseff. Por isto, a bancada do golpe busca, através de manobras, abreviar ao máximo o julgamento e prejudicar, e até mesmo obstruir, o exercício do direito de defesa da presidenta.

(...)

Embora em minoria na Comissão, um grupo de senadores e senadoras partidários da democracia – do qual faz farte, com destaque, a senadora do PCdoB, Vanessa Grazziotin – tem enfrentado com altivez esse estratagema dos golpistas, e a ação aguerrida de todos tem demonstrado cabalmente que a presidenta Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade.

(...)

A proposta do Plebiscito, por motivações variadas, ganha apoio no Senado, e espelha a vontade do povo e dos trabalhadores, conforme pesquisas e tomada de posição de suas entidades e seus movimentos. E ganha também crescente convergência, embora ainda existam legítimas divergências e dúvidas no elenco das forças políticas e sociais que são o núcleo propulsor da resistência democrática.

Tendo em conta essa realidade, e por suas próprias convicções, a presidenta Dilma já sinalizou publicamente que – de comum acordo com a frente política e social que luta pela democracia – poderá, sim, com base inclusive numa carta ao povo, abraçar como sua a bandeira do Plebiscito por eleições presidenciais diretas.

Barbosa: PEC de Temer para limitar gastos confirma inocência de Dilma


Em testemunho na Comissão Processante do Impeachment no Senado, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa afirmou que os decretos de crédito suplementar editados pela presidente eleita Dilma Rousseff entre junho e agosto do ano passado não prejudicaram o cumprimento da meta fiscal aprovada pelo Congresso, no início de 2015.

"Como é conhecido, a proposta de controle encaminhada nesta semana ao Congresso pelo vice-presidente em exercício Michel Temer elegeu, para seu limite de gastos, o gasto financeiro. Não foi nem o empenho, nem a dotação. Foi o gasto financeiro. Acho que isso, mais do que qualquer coisa, atesta a boa fé dos atos praticados pela Presidência da República", argumentou.

Dilma: ‘O povo é quem vai julgar o impeachment’


Ainda na Bahia, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira 17 que "fica mais claro a cada dia que o impeachment é um golpe para parar as investigações" da Operação Lava Jato, e que a população já percebe "as verdadeiras motivações".

"O julgamento será feito pelo povo brasileiro, e esse julgamento deixa claro que esse impeachment é um processo que tem muito pouca base no que eles chamam de pedaladas fiscais", afirmou.

Dilma voltou a bater no governo provisório: "O que mais me incomoda no governo provisório e interino é o fato de ser um governo provisório e interino, não legítimo, que está desmontando toda a política que nós fizemos de inclusão social e desenvolvimento".

Dono de helicóptero com cocaína é nomeado no Ministério do Esporte


Ex-deputado estadual Gustavo Perrella foi nomeado nesta sexta-feira, 17, no Ministério do Esporte, para o cargo de Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.

O filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), um dos representantes da bancada da bola no Congresso, Gustavo Perrella, teve um helicóptero de sua empresa apreendido pela Polícia Federal com 445 kg de cocaína, em 2013.

Rosa Weber arquiva pedido para Dilma explicar uso da palavra “golpe”


Ministra do Supremo Tribunal Federal determinou o arquivamento da interpelação criminal aberta por ela contra a presidente eleita Dilma Rousseff por ela afirmar em discursos que o processo de impeachment é um "golpe de estado".

Em resposta ao questionamento, o advogado José Eduardo Cardozo, que defende a presidente, afirmou que o processo de impeachment seria um golpe porque as condutas que são imputadas como crimes de responsabilidade não são atos ilícitos que atentam contra a Constituição.

"O nome que se dá a uma ruptura institucional e democrática como esta, na ciência política, é 'golpe de Estado'", afirmou.

Lava Jato admite não ter indícios para prender Lula


Procuradores que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba têm convicção de que os casos contra o ex-presidente Lula não têm indícios suficientes para justificar sua prisão.

A opinião tem se cristalizado a partir das investigações já realizadas pela Polícia Federal e também da denúncia feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo.

Os procuradores admitem que Lula não chegou a intimidar testemunhas ou mover dinheiro no exterior, nem tentou eliminar provas, como ocorreu com outros réus da Lava Jato.

A principal esperança seria a nomeação como ministro da Casa Civil como meio de "proteção", mas o pilar da ação, o diálogo gravado entre Lula e Dilma, foi invalidado pelo Supremo Tribunal Federal, o que fere mortalmente o argumento de que Lula interferiu na Lava Jato.

Sérgio Machado diz que o golpe pró-Temer foi parte do Pacto Caxias


Ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado disse à Procuradoria-geral da República que políticos do PMDB e do PSDB articularam o “Pacto Caxias” para tirar Dilma Rousseff da Presidência e para barrar a Lava Jato.

Os tucanos possuem três ministérios no governo interino, incluindo o da Justiça, responsável, dentre outros, pela Polícia Federal; eles se referiam a Duque de Caxias, patrono do Exército conhecido como Pacificador, por ter acabado com a instabilidade política com as revoltas regionais durante o Império.

Segundo Machado, o próprio senador Romero Jucá – que caiu do Ministério do Planejamento – teria lhe confidenciado “sobre tratativas com o PSDB nesse sentido facilitadas pelo receio de todos os políticos com as implicações da Operação Lava Jato”.

"Todo dia nos perguntamos: Quem vai cair hoje


Em discurso na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, onde foi recebida com flores, a presidente eleita Dilma Rousseff disse que se pergunta todos os dias, quando acorda, quem do governo vai cair.

"Todo dia nós acordamos e nos perguntamos: quem vai cair hoje?", alfinetou, em uma crítica ao governo interino de Michel Temer, do qual três ministros já deixaram o cargo em 36 dias por denúncias de corrupção.

Ela voltou a dizer que o processo de impeachment foi uma "conspiração" para tentar barrar a Lava Jato e que as razões têm ficado cada vez mais claras.

"Nunca achei que voltaria a lutar contra o golpe e a favor da democracia", afirmou.
Quanto maior a crise, melhor a solução: eleição!

Conversa Afiada, 17/06/2016


O Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Esmael Morais:


O senador Roberto Requião (PMDB-PR), em entrevista ao jornalista Adilson Arantes, da Rádio Difusora AM 590, decretou o fim do governo provisório de Michel Temer (PMDB) e conclamou nova eleições para tirar o país da crise política.

“Quando maior a crise, mais perto estamos da solução”, disse o parlamentar, ao defender uma modificação no sistema político brasileiro. “E nós precisamos de novas eleições”.

No governo atual, segundo Requião, o que está avançando é o entreguismo. É claro que existem quadrilhas na política já identificados, mas atrás disso está o poder do capital financeiro.

Na entrevista que foi ao ar na manhã desta quinta-feira (16), o peemedebista denunciou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está propondo o teto dos gastos públicos é o fim dos investimentos na saúde e na educação.

“A reforma na previdência também penaliza os trabalhadores, pois a média de vida no Piauí é de 65 anos, mas há intenção de elevar para 70 anos a idade média para aposentadoria. A pessoas contribuirão a vida inteira e morreria antes de aposentar”.

“O sistema de financiamento de campanhas é corrupto e precisa ser modificado”, repetiu várias vezes ao defender o fim do financiamento de empresas.

“Esse governo do Temer é tão ilegítimo quanto foi o da Dilma quando não seguiu os compromissos de campanha. A irritação com Dilma é porque ela tentou essa política econômica de direita. Agora Temer assume e vai para uma visão de direita absoluta, fazendo a política dos banqueiros e abandonando todas as políticas que privilegiam o povo e o trabalho e próprio desenvolvimento”, comparou.

“A solução é eleição direta. Quem tem que decidir é o povo, não os banqueiros”, disse.

O senador Roberto Requião defende as investigações da Lava Jato porque, segundo ele, o poder econômico tenta tomar conta do país através do financiamento de campanhas eleitorais. “Tem que proibir financiamento de pessoas jurídicas”.

Para o parlamentar, ladrão tem de ir para a cadeia. Segundo ele, no Paraná, por exemplo, tem os desvios de recursos para a construção de escolas pelo governo Beto Richa (PSDB) e das propinas na Receita Estadual. “Queremos a lava Jato também nos estados”.

“A política econômica de Temer é uma barbaridade elevada ao cubo em comparação a de Dilma, a qual eu também me contrapunha”, destacou.

“Eu sou oposição [ao governo Temer] porque eu sou brasileiro. Defendo os interesses do Paraná, do Brasil, do capital produtivo e das pessoas que querem o desenvolvimento”, afirmou Requião, que ressaltou: “Eu sempre fui oposição a essa gente [do PMDB]”.

Requião finalizou a entrevista dizendo que “o governo Temer é o governo do capital financeiro e dos bancos”. De acordo com o senador, não é Dilma ou Temer que estão em jogo, mas é o Brasil enquanto Nação.

Alkcmin manda Aécio de volta para Minas Gerais


Governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, avalia que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não reúne mais condições para voltar a disputar a presidência da República pelo PSDB.

A gota d'água teria sido a delação premiada (mais uma) de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, que o acusou de receber R$ 1 milhão em dinheiro vivo e de comprar 50 deputados para se eleger presidente da Câmara no segundo governo FHC.

Para Alckmin, Aécio agora deve dar "um passo atrás" e tentar recuperar sua base eleitoral em Minas, concorrendo ao Palácio da Liberdade, em 2018.

Em megaeditorial, Globo descobre que no Brasil não há mocinhos

Isso está acontecendo tardiamente

“A delação de Machado, feita em troca da conversão de uma pena de 20 anos trancafiado por três anos de prisão domiciliar, traça um quadro amplo da degradação da política partidária brasileira, como nunca se viu. São citados 23 políticos de oito partidos (PMDB, PT, DEM, PSDB, PP, PSB,PCdoB e PDT)”, diz o jornal dos irmãos Marinho.

“Não restam mocinhos nessa história. Trata-se de reconstruir o sistema de representação política enquanto se espera que as instituições da República façam o trabalho de reinstituição da ética na vida pública, com a devida punição de todos os culpados, independentemente de partido”.

Nelson Motta adere à tese de novas eleições gerais


"No ponto em que estamos, nem novas eleições presidenciais são suficientes. Só eleições gerais, para a Câmara e o Senado, podem dar alguma esperança de saneamento e renovação, como uma Constituinte para as reformas políticas que precisamos. Mas não com esses que estão aí, que usam o mandato para atrapalhar a Lava-Jato e para manter os seus privilégios, delinquências e impunidades. Eles não vão se suicidar pelo Brasil", diz o colunista Nelson Motta.

Reação do PMDB a Machado ofende a inteligência de uma criança de 5 anos

Folha/Josias de Souza, 17/06/2016

A caciquia do PMDB perdeu o nexo. Ao tratar Sérgio Machado como um patife sem explicar por que um sujeito como ele presidiu em nome do partido uma das mais importantes subsidiárias da Petrobras por quase 12 anos, os pajés peemedebistas estão, no fundo, pedindo à plateia que faça como eles, que se fingem de bobos pelo bem da nação.

Xamãs como Michel Temer e Renan Calheiros sabem que o patriotismo do ex-senador Sérgio Machado cabe numa caixa de fósforos. Mas acham que não devem nada a ninguém. Muito menos explicações. Não convém arriscar a estabilidade do governo provisório por algo tão politicamente dispensável como um lote de esclarecimentos sobre a missão partidária que o agora delator exercia na Transpetro.

Acusado de requisitar uma machadiana de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita, em 2012, Michel Temer amarrou o futuro de sua gestão numa frase: “Alguém que teria cometido aquele delito irresponsável que o cidadão Machado apontou, não teria até condições de presidir o país”. Em timbre pausado, Temer disse que a delação do “cidadão Sérgio Machado” é “irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa.”

O procurador-geral Rodrigo Janot analisa se Temer merece ser investigado. Não se pode culpar ninguém com base apenas no verbo de um delator. Mas o substituto constitucional de Dilma Rousseff condenou-se a viver um cotidiano surreal: presidente do PMDB há 15 anos, Temer sempre soube que Machado fazia e acontecia na Transpetro. Administrava os ciúmes do PMDB da Câmara, que não era aquinhoado. Mas agora precisa fingir que não notou que Machado estava lá.

Renan Calheiros, apontado como beneficiário de um supermensalão de R$ 300 mil e propinas que somaram R$ 32 milhões, foi ainda mais incisivo: “Essa delação do ex-senador Sérgio Machado é uma delação mentirosa do começo ao fim. Ela não apresenta uma prova sequer. É a repetição de narrativas de delatores que estão desesperados para sair da cadeia ou querem limpar, lavar milhões que pilharam do setor público. Eu não acho isso razoável.”

Até os fios de cabelo implantados na cabeça de Renan sabem que ele era o padrinho-chefe de Sérgio Machado. Sua tentativa de se desvencilhar do caso Transpetro, apenas a penúltima e mais explosiva de uma cadeia de histórias mal contadas enganchadas em sua biografia, também envolve uma conclamação ao sacrifício da sanidade nacional. Renan diz que Machado pilhou o setor público. Mas se abstém de informar porque o mantinha sob sua proteção política. A reação do PMDB à delação de Machado ofende a inteligência de uma criança de cinco anos.

Delator descreve ‘salinha’ de encontro com Temer


“Eu liguei pro vice Michel Temer e marquei com ele no aeroporto militar de Brasília, na sala vizinha à sala da Presidência. Em setembro, num início de noite”, relatou Sérgio Machado.

“Ele chegando lá, conversei com ele. Ele falou da dificuldade que estava tendo acerca da campanha do Chalita. Eu disse que podia ajudá-lo em R$ 1,5 milhão, mas que depois eu informaria a ele a empresa. Telefonei depois a ele, informando que essa doação seria feita pelo Diretório Nacional através da empresa Queiroz Galvão”.

Força-tarefa quer multa de R$ 6 bi da Odebrecht


Principal motivo do valor é a demora do grupo em aderir à negociação do acordo, no final de 2015.

A Toyo Setal foi a primeira a colaborar e não pagou nada pela leniência.

Já a Camargo Corrêa acordou com multa de R$ 700 milhões e Andrade Gutierrez, a mais recente, de R$ 1 bilhão; a empresa de Marcelo Odebrecht faturou R$ 132 bilhões em 2015, mas suas dívidas somam R$ 90 bilhões; o grupo colocou à venda ativos de R$ 12 bilhões para equilibrar o caixa.

Ajuste de Temer poupa os 1% mais ricos


Brasileiros que tiveram rendimento anual tributável acima de R$ 316 mil em 2014, ou acima de R$ 26,3 mil brutos por mês, ficaram dentro da fatia dos 1% mais bem remunerados entre os que declararam Imposto de Renda.

Ao assegurarem reajustes salariais para servidores públicos que estão no grupo do 1% mais rico, o presidente interino Michel Temer e o Congresso Nacional deixam a elite fora do ajuste fiscal.

Enquanto isso, na vida real, a renda média do brasileiro do setor privado é de R$ 1,1 mil.

Auditoria aponta prejuízo milionário em negócio de Aécio e Anastasia com os Perrella


Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais apontou que contratos firmados entre duas estatais mineiras e parentes e um funcionário do senador Zezé Perrella (PTB-MG) causaram prejuízos de R$ 18,9 milhões aos cofres públicos entre 2007 e 2011, nos governos dos tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia.

No programa Minas Sem Fome, uma ação do governo mineiro voltada a famílias de agricultores, cerca de 2.400 toneladas de sementes de arroz, feijão, milho e sorgo foram pagas com dinheiro público, mas não foram entregues.

Padilha, Ministro da Casa Civil de Temer, quer que acabem logo com a Lava Jato


Com caciques do PMDB na berlinda pela delação de Sérgio Machado, que já derrubou o terceiro ministro do governo interino e citou suposta propina de Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu que a operação seja caminhada “rumo a uma definição final”.

“Tenho certeza que as autoridades da Lava Jato saberão o momento em que deverão pegar, aprofundar e apontar tudo que deve apontar e pensar em concluir. Eu vi e li o que aconteceu com a Operação Mãos Limpas na Itália”.

Ele indica efeitos deletérios ocorridos na ação italiana “após muitos benefícios".

Delação da Odebrecht terá Temer, 13 governadores e 100 parlamentares


"A resposta 'veemente' que o presidente interino Michel Temer deu sobre a delação de Sergio Machado, de que teria pedido recursos ilícitos no valor de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita, não deve ser a última sobre seu eventual envolvimento com o esquema investigado pela Lava Jato".

A afirmação é do colunista do 247, Tereza Cruvinel. Segundo ela, no acordo preliminar para sacramentar a delação premiada da construtora Odebrecht, um dos executivos promete falar sobre uma doação de R$ 50 milhões para o PMDB, que teria tido a intermediação de caciques do partido, inclusive de Temer.

Cruvinel ainda diz que a delação deve implicar vários partidos, como PMDB, PSDB, PT, PP, DEM e outros, 13 governadores (ou ex-governadores) e cerca de 100 parlamentares que teriam recebido recursos ilícitos, derivados do fechamento de contratos com a Petrobras e outras estatais.

Temer pretende reduzir atuação da EBC e fechar a TV Brasil

Por que ele quer fazer isso? O que está por trás do enfraquecimento da EBC?

Eduardo Anizelli - 19.fev.2016/Folhapress 
O atual diretor da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), jornalista Ricardo Melo

Controlada pela União, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) está prestes a perder seu principal braço público de rádio e TV. Nos próximos dias, o presidente interino Michel Temer enviará ao Congresso um projeto de lei reduzindo a atuação e os custos da empresa.

A empresa depende de recursos do Tesouro que, neste ano, podem chegar a R$ 535 milhões. Mantida a estrutura atual, pelo menos metade desse orçamento será consumido pela folha salarial.

A ideia da equipe de Temer é fechar a TV Brasil –hoje responsável por metade dos custos da companhia– e manter as demais linhas de negócio: agência de notícias, produção independente de conteúdo, monitoramento de mídia, o portal, entre outras.

A Folha apurou que a mudança na lei da EBC permitirá o fim do conselho curador, grupo formado por 22 integrantes com mandatos de dois anos que tomam as decisões mais importantes da companhia. Também está previsto o fim do mandato para o presidente, que poderá ser destituído a qualquer momento. Hoje, uma decisão desse tipo precisa de aval do conselho curador. Essas são travas que supostamente barravam ingerências políticas.

Caso essas medidas sejam aprovadas, o atual presidente da EBC, Ricardo Melo, indicado pela presidente afastada Dilma Rousseff, deixará o cargo definitivamente.

Melo foi destituído por Temer e recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou seu retorno provisoriamente até que o plenário tome uma decisão definitiva. Por isso, Temer tem pressa em rever a lei da EBC.

A empresa surgiu em 2007 para ser a "BBC brasileira" com a missão de fazer comunicação apartidária em diversas plataformas (rádio, TV, internet e celulares), a exemplo do modelo implantado na Europa e nos EUA.

Os documentários da britânica BBC, que se mantém de contribuições da população, são divulgados por grandes emissoras comerciais no mundo. No Brasil, já foram exibidos pela Rede Globo.

Desde sua criação, a EBC já consumiu R$ 2,6 bilhões do Tesouro Nacional. O número de funcionários passou de 1.462 para 2.564 e seus custos de produção saltaram de R$ 61 milhões para R$ 236,5 milhões –pelo menos 15% referentes aos serviços prestados à Presidência da República na cobertura de eventos. E continua gerando "traço" de audiência, contrariando uma de suas metas.

A presidente do conselho da EBC, Rita Freire, afirma que as mudanças pretendidas por Temer não se justificam. Diz que o caráter público da emissora se revela em programas como o "Estação Plural", ligados à diversidade sexual, e o "Caminhos da Reportagem", sobre jornalismo, conteúdos que não se veem em redes privadas. "O que a EBC precisa é desvinculação da Presidência da República", disse Freire.



29Outras
29
82,60
TV Brasil
47,40
Rádio
33
TV NBR
18,40
TV Brasil Internacional
16,90
Internet
9
Monitoramento de mídia



Qual o papel da empresa?
Criada em 2007 para funcionar como uma rede complementar à dos grupos privados e estatais de comunicação, cumprindo previsão constitucional

De onde vem a receita?
Repasses do Tesouro Nacional retirados do CFRP (Contribuição Para o Fomento da Radiodifusão Pública). A venda de serviços e produtos ainda não cobre os custos operacionais


INGERÊNCIAS

A Folha ouviu executivos da EBC sob condição de anonimato. Para eles, as interferências do governo na emissora começaram quando antigos funcionários foram substituídos, a partir de 2011, por outros com salários muito maiores do que a média dos funcionários "da casa".

Essa prática teria se acentuado sob a gestão de Edinho Silva, então ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), a quem a EBC está subordinada.

Os críticos questionam os salários altos de alguns profissionais, como o dos jornalistas Sidney Rezende, Paulo Moreira Leite e Luís Nassif. Segundo eles, os programas das "estrelas" da EBC eram "pró PT" e chegaram a ter reclamações de telespectadores à Ouvidoria pelo "alinhamento político".

Com a demissão de Ricardo Melo, esses contratos foram cancelados porLaerte Rimoli, escolhido para substituí-lo. Mas Melo reassumiu e logo levou ao ar uma entrevista com a presidente afastada Dilma Rousseff feita por Nassif –o que caiu como afronta na equipe de Temer.

"Não adianta inverter o governo", disse Jonas Valente, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal. "O que está em jogo não é eleger Flamengo ou Fluminense. Defendemos a rede pública, mas o governo precisa entender que ela não é uma plataforma política."

SEM LÓGICA

Vários dos projetos da emissora refletem essa distorção. Um deles é o Brasil 4D, que transformaria a TV dos brasileiros em uma tela interativa capaz de acessar serviços online do governo.

O programa consumiu recursos não só da EBC, mas também das operadoras de telefonia, que já desembolsaram cerca de R$ 500 milhões para a compra de uma caixa receptora de sinais com o sistema Ginga de interatividade.

Desde 2010, as fabricantes de TV já produzem aparelhos com conversores digitais e softwares que permitem a interatividade –o que tornou o Ginga um projeto ultrapassado.

Procurado, o presidente da EBC, Ricardo Melo não quis se pronunciar. Edinho Silva disse ter contratado somente três diretores e negou direcionamentos políticos.


2014
236,5
61,1
2008
139,4
2009
236,6
2010
227,7
2011
226,6
2012
233,7
2013
236,5
2014
R$ 112 milhões
foi o custo com pessoal em 2014




quinta-feira, 16 de junho de 2016

Lula quer que a PGR investigue Moro

Será que o juiz desrespeitou os Direitos Humanos?

Fonte: Conversa Afiada, 16/06/2016


Agora no G1:
Lula pede que PGR investigue Moro por suposto 'abuso de autoridade'

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quinta-feira (16) à Procuradoria Geral da República (PGR) uma investigação sobre o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, por suposto "abuso de autoridade".

O pedido aponta uma série de decisões do magistrado que, segundo a defesa, causaram "violência" à liberdade e à dignidade do petista, além de "um enorme constrangimento e escabroso vexame", em referência a diligências determinadas para investigar Lula.

(...)

Na representação apresentada à PGR, os advogados de Lula afirmam que as medidas autorizadas por Moro também violaram a Convenção Interamericana de Direitos Humanos. Citam, por exemplo, a condução coercitiva que obrigou Lula a depor no início de março.

"Sérgio Moro privou Lula de sua liberdade por cerca de seis horas no dia 4 de março, por meio de providência não prevista em lei (e que havia sido proibida na véspera pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em outro procedimento) – a realização de condução coercitiva sem prévia intimação desatendida", diz um trecho.

O documento também cita decisão recente do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou a validade da gravação de uma das conversas entre Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff, sobre o envio de um termo de posse na Casa Civil.

Fortaleza moral de Dilma pode salvar a democracia


Todos os sócios do golpe parlamentar contra a democracia brasileira foram abatidos.

O interino Michel Temer aparece como responsável de um pedido de propina de R$ 1,5 milhão ao delator Sergio Machado para a campanha de seu pupilo Gabriel Chalita.

O derrotado Aécio Neves, que colocou o Brasil em guerra ao não aceitar o resultado das urnas, em 2014, aparece em sua décima delação, como beneficiário de um pagamento de R$ 1 milhão em dinheiro vivo e também como pagante de propinas a parlamentares para se eleger presidente da Câmara; Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por sua vez, corre o risco de receber uma tornozeleira eletrônica e devolver R$ 100 milhões aos cofres públicos.

Só a presidente Dilma Rousseff não aparece em nenhum esquema.

A questão é: que horas ela e a democracia voltam?

Estudantes e professores fazem manifestação contra cortes na Educação


Estudantes, professores e trabalhadores em educação participaram nesta quinta (16) da Marcha em Defesa da Educação Pública contra os cortes em educação

O grupo, de aproximadamente 1 mil pessoas, caminhou do Museu Nacional até o Ministério da Educação (MEC) na Esplanada dos Ministérios e solicitou uma audiência com o ministro da Educação Mendonça Filho.

"Hoje a situação do país é de total descaso com a educação pública, já era no governo Dilma, agora no governo Temer piorou. Ou seja, existem cortes na educação, tanto no governo federal quanto nos estaduais", diz o coordenador-geral da Fasubra, Gibran Jordão.

Mercadante: Temer cortou 90 mil vagas do Fies


O ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou, em nota, nesta quinta (16), que as 75 mil vagas anunciadas pelo ministro interino Mendonça Filho (DEM) "estão aquém" do que foi programado pelo governo da presidente eleita Dilma Rousseff.

"O anúncio significa um corte significativo de 90 mil vagas, em relação ao programado governo eleito. O ministro da Educação do governo eleito, Aloizio Mercadante, não anunciou as vagas do 2º semestre do Fies, pois teve a gestão interrompida por um golpe, que afastou temporariamente a presidenta eleita, Dilma Rousseff, por motivos que, hoje, são amplamente conhecidos", diz o comunicado.