"Meios de comunicação vivem para nutrir o ódio, a estupidez, a falta de caráter com desinformação e estigmas", diz Tiago Barbosa
Brasil 247, 09 de maio de 2024, 02:20 h
Márcia Dantas, do SBT (Foto: Reprodução)
Momentos de crise humanitária têm o condão de trazer à superfície as vísceras de atores sociais - e tanto virtude como podridão ficam impossíveis de disfarçar.
O que a mídia corporativa tem feito sob o caos no RS exala a degradação moral, ética, profissional e humana maquiada durante nos estertores da era bolsonaro.
Em poucas horas, a Folha acusou Lula de errar, demorar, o governo de mentir e entornou o caldo de fakes fabricadas por fascistas para agravar a calamidade.
O Globo endossou a patranha, ignorou desmentidos e legitimou a falsificação – o SBT embarcou na lorota de bloqueio a doações – hipótese por si só indigente.
Em um país com nível razoável de base humanitária e princípios civilizatórios, a mídia seria o espaço de serenidade para organizar dados e ajudar quem precisa.
Seria o ambiente de reflexão para saídas e políticas, denunciaria a mentira, ficaria ao lado da vida, dos flagelados, cobraria responsabilidades e conscientizaria.
Mas a conjectura é um delírio no Brasil onde a mídia é a alma do fascismo e vive para nutrir o ódio, a estupidez, a falta de caráter com desinformação e estigmas.
O fundo do poço da nossa desolação é um abismo porque quem devia ser pilar de bom senso e razão é cão de guarda do extremismo, da injustiça, da morte.
O país poderia ver no cuidado de Lula o contraste com a necropolítica dos anos recentes e semear a solidariedade como ponte a uma civilização menos cruel.
Mas os vermes parasitam a morte.
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