sexta-feira, 31 de julho de 2015

Dilma é honrada e não está envolvida em corrupção, diz FHC

Fabio Braga - 24.mar.2015/Folhapress

Em entrevista a revista alemã, Fernando Henrique Cardoso afirma que escândalos começaram no governo Lula, a quem ele atribui responsabilidade política pela atual crise no Brasil.

Em entrevista à revista alemã de economia Capital, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela não está envolvida no escândalo de corrupção na Petrobras.

"Não, não diretamente. Mas o partido dela, sim, claro. O tesoureiro está na cadeia", afirma FHC em entrevista publicada - em alemão - na edição deste sábado (01/08) da revista. "Eu a considero uma pessoa honrada, e eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT."

FHC atribui ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade política pelo escândalo de corrupção na Petrobras. "Os escândalos começaram no governo dele", argumenta. "Tudo começou bem antes, em 2004, com o Lula, com o escândalo do mensalão."

Questionado se Lula estaria envolvido, FHC responde: "Não sei em que medida. Politicamente responsável ele é com certeza. Os escândalos começaram no governo dele".

O ex-presidente, uma das principais lideranças do PSDB, afirma que era impossível que Lula não soubesse do mensalão. "Para colocá-lo atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante", comenta.

Mas FHC afirma que seria ir longe demais colocar Lula na cadeia: "Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país."

Em outro ponto da entrevista, FHC elogia Lula. "Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo."

Mais adiante, FHC afirma que Lula era como um Cristo. "Eles fizeram dele um deus, mas ele apenas levou adiante a minha política."

FHC diz ainda que há um lado bom na atual crise. "Os cidadãos veem: as instituições funcionam - Ministério Público, Polícia Federal, toda essa operação Lava Jato.

Fonte: Uol, 31/07/2015

Ação de extremistas, de radicais que se colocam acima da lei e da ordem

É o que está por trás do ataque a sede do Instituto Lula e das supostas ameaças a advogada Beatriz Catta Preta. Segundo o Ministro da Justiça 'É denúncia grave'.

Supostas ameaças a advogada


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira (31) que as declarações da advogada Beatriz Catta Preta, que, em entrevista à "TV Globo", na quinta-feira (30), disse ter sido ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras, representam uma "denúncia grave" e que devem ser apuradas com rigor pelo MPF (Ministério Público Federal).

"Evidentemente, caberá ao Ministério Público Federal, que conduz a questão das delações premiadas, determinar as medidas que sejam cabíveis para apurar a situação", disse.

O ministrou se esquivou de perguntas sobre sua posição quanto à atitude de Beatriz, que foi responsável por firmar nove dos 22 acordos de delação premiada na Operação Lava Jato. Além de abandonar o caso, a criminalista revelou ter encerrado seu escritório e desistido da carreira por conta das supostas ameaças.

"Não posso entrar em considerações dessa natureza. Posso dizer que o Ministério Público e o Congresso Nacional têm a condição necessária e os mecanismos legais para fazer as apurações devidas."

Atentado a sede do Instituto Lula


Questionado sobre o ataque a bomba relatado nesta sexta pelo Instituto Lula, em São Paulo, Cardozo disse ter solicitado ao comando da Polícia Federal que investigue o caso. No entanto, o ministro não comentou a possibilidade --cogitada pela vítima-- de que o atentado tenha ocorrido por eventual motivação política.

"Tudo é considerado quando nós temos um fato submetido a uma investigação. A Polícia Federal seguramente agirá para apurar o que ocorreu porque evidentemente é uma situação que merece uma investigação. E, claro, ao se pegar os autores de uma iniciativa dessa natureza, é necessário puni-los", disse.


Instituto Lula é alvo de ataque a bomba em SP; ninguém se feriu

Baderneiros entram em ação

Do Uol,  31/07/2015

Nelson Antoine/Frame/Estadão Conteúdo

A sede do Instituto Lula, situada no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, foi alvo de um ataque a bomba na noite de quinta-feira (30). O caso ocorreu por volta das 22h e foi confirmado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Ninguém se feriu. É o terceiro ataque a bomba contra prédios ligados ao PT neste ano.

"O objeto foi arremessado contra o prédio do instituto de dentro de um carro", diz a nota emitida nesta sexta-feira (31) pelo instituto, que classificou o ataque como político.

"O Instituto Lula já comunicou as polícias Civil e Militar, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo e o ministro da Justiça e espera que os responsáveis sejam identificados e punidos", acrescenta o texto.

De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, não havia ninguém na sede no momento do ataque, e foi possível identificar o horário da ocorrência por causa das imagens do circuito interno de TV. O ataque danificou o portão da garagem do prédio.

Também por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que o artefato usado foi "uma pequena bomba de fabricação caseira". "O Secretário de Segurança, Alexandre de Moraes, conversou pela manhã com o Ministro da Justiça. A perícia já foi determinada e as investigações já começaram", afirmou a secretaria.

Em maio deste ano, a sede do diretório municipal do PT em São Paulo também foi alvo de uma bomba. Em março, a sede do diretório petista de Jundiaí, no interior paulista, também foi atacada.

O instituto foi criado em 2011, logo após o fim do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se com integrantes das pastorais de base da Igreja Católica para discutir a conjuntura atual do país e os desafios para reduzir as desigualdades sociais Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Entendendo a realidade

A diferença da Operação Mãos Limpas para a Lava Jato é que lá se queria combater a corrupção. Aqui, quer-se responsabilizar um partido pela podridão histórica da política nacional. Caiu a máscara para quem apoia político como Eduardo Cunha e seus asseclas. O fato de ser antipetista não faz dele uma pessoa de bem!

Quanto mais gritarem fora PT maior será o lucro bancário, não é um partido o culpado de tudo e sim um sistema de mais de 500 anos.

Advogada diz: "integrantes da CPI me intimidaram"


A advogada Beatriz Catta Preta afirmou em entrevista nesta quinta (30) ao Jornal Nacional que decidiu deixar os casos dos clientes que defendia na Operação Lava Jato porque se sentia ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras, sobretudo após o depoimento de Júlio Camargo (um dos ex-clientes dela) que citou o pagamento de 5 milhões de dólares ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

Ela disse que, devido às supostas ameaças, fechou o escritório e decidiu abandonar a carreira; "Não recebi ameaças de morte, não foram diretas, mas as ameaças são veladas, cifradas", diz; "Aumentou essa pressão, essa tentativa de intimidação a mim e a minha família após Júlio Camargo mudar a delação e acusar Eduardo Cunha", complementou.

Catta Preta revelou ainda que Júlio Camargo apresentou provas do pagamento de propina a Cunha.

Fonte: Brasil247, 30/07/15

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Por que a Globo foi rebaixada?

Bonner será visto cada vez menos no Jornal Nacional

Ontem o Globo deu mais uma de suas manchetes contra Dilma.

Era mais ou menos isso: “Agora Dilma culpa a Lava Jato pela crise econômica”.

É que Dilma dissera que a Lava Jato estava cobrando um preço sobre a economia do país, com o cerco prolongado – e para muitos exagerado – a grandes empresas nacionais.

Tudo isso posto, seria interessante saber como o Globo daria na manchete o rebaixamento de sua nota pela agência de avaliação S&P, uma das maiores referências para grandes investidores de todo o mundo. Bancos também consultam a S&P quando examinam o pedido de empréstimo de uma corporação para minimizar o risco de calote.

Tenho a convicção de que o Globo terceirizaria a culpa, no mesmo estilo que o jornal criticou tão brutalmente em Dilma.

“Instabilidade na economia brasileira faz nota da Globo baixar”: seria mais ou menos esta a manchete.

E seria a linha seguida pelos comentaristas econômicos da casa, de Míriam Leitão a Sardenberg.

A Globo foi vítima, portanto.

Tudo bem, não fosse isso um sensacional autoengano.

Não que a turbulência do momento na economia não possa ter tido algum peso. Mas o grande fator do rebaixamento está na própria Globo.

A Globo opera num setor – a mídia – que passa por um processo que vai além de transformação. Estamos diante de uma disrupção. Ou, para usar um célebre conceito de Schumpeter, presenciamos na mídia uma “destruição criativa”.

Morre um mundo, aquele em que a Globo parecia inexpugnável, e ergue-se outro em que a empresa é mais um na multidão.

A internet está fazendo com as companhias tradicionais de jornalismo o que os automóveis fizeram com as carruagens há pouco mais de cem anos.

Sabia-se, faz tempo, que a mídia impressa estava frita. Mas se imaginava que a televisão poderia escapar da internet. Não. Os sinais são claros de que o destino da tevê como a conhecemos – aberta ou paga – é o mesmo de jornais e revistas.

A internet está engolindo a televisão. Em seus tablets ou celulares, as pessoas vêm vídeos como querem, na hora em que querem – e sem precisar de emissoras de tevê.

A Reuters acaba de lançar um serviço de vídeo cujo slogan diz tudo: “O canal de notícias para quem não vê mais televisão”.

Bem-vindo ao Novo Mundo.

Nele, os protagonistas serão empresas como Netflix, e não Globo ou qualquer outra emissora.

Como esquecer um depoimento recente de Silvio Santos, ao vivo, no qual ele disse não ver televisão? SS afirmou que gasta seu tempo com a Netflix, e recomendou aos espectadores que fizessem o mesmo.

Quanto tempo até os anunciantes fazerem, no Brasil, o mesmo percurso dos consumidores e irem para a internet?

No Reino Unido, a internet em 2015 responderá por metade do bolo publicitário. No Brasil, o pedaço digital está ainda na casa dos 15%.

Todas as audiências da Globo, do jornalismo às novelas, despencam sob o impacto da internet.

O Jornal Nacional se esforça para não cair abaixo dos 20 pontos, e novelas em horário nobre, como Babilônia, descem a abismos jamais vistos na história da emissora.

O público se retirou, e quando os anunciantes fizerem o mesmo, o que afinal é inevitável, a Globo estará em apuros sérios, como é o caso, hoje, da Abril.

Na internet, a Globo jamais conseguirá reproduzir a dominância que tem na tevê – e muito menos os padrões multimilionários de receitas publicitárias.

Tudo isso pesou na avaliação da S&P.

A Globo tenderá a justificar seu rebaixamento colocando a culpa em Dilma, mas o problema está nela mesma.

Sobra a piada que a Globo usou contra Dilma.

“Dilma é culpada até pelo rebaixamento da Globo.”

Fonte: DCM, 30/072015

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Romário ironiza a Revista VEJA e diz "chateado" por não ter R$ 7,5 milhões, na Suiça

"Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões", postou o senador no Facebook, ironizando reportagem da revista Veja que o acusa de ter uma conta com esse valor na Suíça; "Aguardem mais informações... Agora, aqueles que devem, podem começar a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas", alertou o parlamentar; no sábado, o ex-jogador chamou a revista de "cretina"

Rio 247 - O senador Romário (PSB-RJ) publicou em sua página no Facebook neste sábado um texto em que rebate, ponto a ponto, reportagem publicada contra ele na última edição da revista Veja. "Na quinta-feira, fui informado por um repórter da Veja que eu tinha uma conta na Suíça com o saldo de alguns milhões. A matéria saiu na edição impressa da revista. Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia", ironizou.

O parlamentar também rebateu a "notícia" de que desfila com uma Ferrari pelas ruas do Rio - "algo impossível já que o carro já não se encontra na cidade há alguns anos. A saber, o veículo foi comprado em 2004" -, chamou a publicação da Abril de "cretina" e anunciou que irá à Justiça contra os "repórteres que assinam mentiras".

Na quinta-feira, fui informado por um repórter da Veja que eu tinha uma conta na Suíça com o saldo de alguns milhões. A matéria saiu na edição impressa da revista. Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal.

Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a esta quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro.

O que há de estranho nisso é a informação da revista de que a aplicação seria de 2013, certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente. Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito. Mas como se trata da revista Veja, se a informação estiver errada não será nenhuma surpresa. Essa mesma matéria diz, por exemplo, que eu desfilo de Ferrari pelas ruas do Rio, algo impossível já que o carro já não se encontra na cidade há alguns anos. A saber, o veículo foi comprado em 2004. O repórter diz ainda que eu teria negociado com meu partido, o PSB, o pagamento do aluguel da casa onde moro no Lago Sul, como uma forma de compensar minha refiliação a legenda. Essas e outras mentiras costuram o enredo de uma farsa. Coisa que a revista tem expertise em fazer.

Se vocês lerem a matéria, perceberão que não há uma fonte sequer identificada de acusações contra mim. Vale informar que durante as eleições do ano passado, esta mesma cretina revista tentou publicar esta matéria contra mim, com claras motivações políticas. A matéria não saiu, na época, por falta de consistência. Não é de suspeitar que uma semana depois de eu despontar com alto índice de intenções de votos para a prefeitura do Rio, a publicação tenha sido resgatada com este fato novo da conta na Suíça. Difícil é esperar credibilidade de uma revista como essa, que vende capa.

Espero que, pelo menos, a conta seja verdade. Porque dinheiro honesto, ganho com muito suor, não faz mal a ninguém. Bom lembrar que problemas financeiros todo mundo tem e os meus sempre foram com recursos privados, nunca nada com R$ 1 de dinheiro público.

Ademais, podem atacar, mas eu continuarei presidente da CPI do Futebol e imbuído de vontade moralizar o futebol brasileiro.

Sobre o meu futuro político, nada vai tirar meu foco!

Aos meus concorrentes, minhas pretensões se fortalecem com matérias como essas, aos repórteres que assinam mentiras, nos vemos na justiça.

Fonte: Blog do J. Parente, 29/07/2015

Lula vai à justiça contra as "mentiras da Revista VEJA"



247 – O ex-presidente Lula ingressou com uma ação na Justiça por reparação de danos morais contra os responsáveis pela produção e publicação da reportagem de capa da edição da revista Veja do último fim de semana, que usa uma delação falsa para atingir o ex-presidente Lula. Na ação, os advogados do ex-presidente destacam que "o texto é repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte".

Na reportagem, a Veja diz que "chegou a vez dele", em referência a Lula, citando uma suposta delação premiada de José Adelmário Pinheiro, da OAS. No entanto, antes de chegar às bancas, a empreiteira já havia desmentido o fato: "Sobre a reportagem da Veja deste final de semana, José Adelmário Pinheiro e seus defensores têm a dizer, respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF sobre delação premiada, tampouco intenção nesse sentido".

"A reportagem repete práticas comuns a VEJA: mente, faz acusações infundadas e sem provas, apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem fontes e busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente Lula", critica o ex-presidente, em nota. Leia abaixo a íntegra do comunicado, divulgado pelo Instituto Lula:

NOTA À IMPRENSA

Lula aciona a Justiça contra mentiras de VEJA

São Paulo, 29 de julho de 2015,

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta quarta-feira (29) com ação judicial por reparação de danos morais contra os responsáveis pela matéria de capa da revista VEJA desta semana.

São alvos da ação Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira, que assinam as reportagens de capa da edição 2.436, que chegou às bancas em 25 de julho passado, além do diretor de redação Eurípedes Alcântara.

"O texto é repugnante, pela forma como foi escrito e pela absoluta ausência de elementos que possam lhe dar suporte", destacam os advogados de Lula na ação. A peça reafirma também que, de acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "a liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade".

A reportagem repete práticas comuns a VEJA: mente, faz acusações infundadas e sem provas, apresenta ilações como se fossem fatos, atribui falas e atos, não tem fontes e busca atacar, de todas as formas, a honra e a imagem do ex-presidente Lula.

Fonte: Brasil247, 28/07/2015

Justiça abre ação contra Odebrecht e mais 12 por corrupção e lavagem

A empreiteira nega envolvimento com o cartel instalado na Petrobras e pagamento de propinas

Agência Estado - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava-Jato, abriu nesta terça-feira (28/7) ação penal contra o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da Construtora Odebrecht, e mais 12 investigados por corrupção e lavagem de dinheiro. Moro também recebeu denúncia do Ministério Público Federal contra executivos ligados à maior empreiteira do País - Marcio Faria da Silva, Rogério Araujo, César Ramos Rocha e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Paulo Boghossian -, o doleiro Alberto Youssef, o operador de propinas Bernardo Freiburghaus, os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviço), o ex-gerente de Engenharia estatal Pedro Barusco e o funcionário da companhia Celso Araripe D'Oliveira.

"Marcelo Bahia Odebrech seria o Presidente da holding do Grupo Odebrecht e estaria envolvido diretamente na prática dos crimes, orientando a atuação dos demais, o que estaria evidenciado principalmente por mensagens a eles dirigidas e anotações pessoais, apreendidas no curso das investigações", diz Moro.

Esta é a primeira ação penal contra Marcelo Odebrecht preso desde 19 de junho. A empreiteira nega envolvimento com o cartel instalado na Petrobras e pagamento de propinas.

A Operação Erga Omnes, que teve como alvos os executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez, é um desdobramento da Operação Juízo Final, de 14 de novembro de 2014. Na ocasião foram denunciados os executivos do primeiro pacote de investigados do núcleo empresarial do esquema de corrupção na Petrobras.

Fonte: Correio Braziliense, 28/07/15

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Primeiro compromisso de um governo é escutar", segundo a presidente Dilma

Presidente Dilma Rousseff defende o diálogo durante o lançamento do Dialoga Brasil, em Brasília; novo canal de comunicação com a população na internet tem o objetivo de ampliar a participação da sociedade na elaboração de programas do governo, em um momento em que o Planalto enfrenta momentos difíceis, como a alta rejeição.

Segundo Dilma, trata-se de "uma das maiores e melhores formas democráticas de falar com a sociedade"; "O primeiro compromisso de um governo é escutar, ouvir, receber sugestões, aceitar comentários e críticas. É muito difícil governar um país da dimensão do Brasil sem ouvir as pessoas", afirmou a presidente, ao lado de cinco ministros, que também falaram sobre suas áreas.

Ex-ministro Celson Amorim diz que acusar o ex-presidente Lula de lobby é um absurdo


O ex-ministro Celso Amorim, classificou, nesta terça (28), como absurdas as acusações de que o ex-presidente Lula teria cometido lobby; "Isso demonstra a que ponto chegou a politização. 

Não vamos aqui defender o que é errado, esses escândalos na Petrobras, acho que tudo tem de ser apurado, direitinho. Acho que ninguém deve assumir para si os eventuais erros, delitos cometidos. Agora, acusar um ex-presidente porque ele apoia as empresas brasileiras, isso é um total absurdo. Mas todos, olha, eu nem vou ficar citando nomes, porque se não depois fazem uma ação de calúnia contra mim. Mas é uma coisa absurda. Todos os ex-presidentes apoiam, e mesmo os presidentes no cargo”, disse.

Fonte: Brasil247, 28/07/2015

Cássio Cunha, senador do PSDB, não tem moral para criticar Dilma

Por conta de sua peculiar meritocracia praticada na Paraíba
Cássio e Jacilene, com um político paraibano no centro

O DCM tem como política editorial não se intrometer na vida privada das pessoas – a não ser quando isso tenha um claro interesse público.

É o caso do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, hoje vociferando discursos em nome da ‘ética’.

Cunha Lima pratica uma estranha forma de meritocracia.

Quando governador da Paraíba, cargo em que foi cassado por abuso do dinheiro público, ele empregou Jacilene Azevedo em seu governo.

Nada demais, se não fosse o detalhe de que Jacilene era sua namorada – e não foi vista nenhum dia na repartição na qual estava supostamente lotada.

“Nem no dia do contracheque”, segundo a mídia paraibana.

Também a mãe de Jacilene arrumou um emprego público, por conta de um primo de Cássio Cunha Lima eleito prefeito de Campina Grande.

A nomeação da sogra

O irmão dela foi igualmente aquinhoado.

Jacilene é apontada como o pivô do divórcio de Cunha Lima, e circula hoje com ele. Na Paraíba, especulam quando será o casamento.

Ela virou notícia quando um vídeo em que ela dava um beijo na boca do então governador apareceu no YouTube. Cássio era casado, e sua equipe alegou que o beijo fora obra de uma fã “entusiasmada”.

Segundo a imprensa da Paraíba, ela foi apanhada pela Polícia numa campanha para um apaniguado do namorado num carro com dinheiro vivo para distribuir a desvalidos em troca de voto – uma prática lamentavelmente ainda comum na região.

Por conta da campanha que faz contra o governo de Dilma, Cunha Lima tem sido entrevistado com frequência pela mídia nacional.

Mas ninguém toca em seu passado.

Em 2010, cassado, ele já era conhecido pelo seu perfil Ficha Suja, mas ainda assim pode concorrer e vencer a eleição para Senador. Ele se valeu da decisão do STF de só aplicar a nova Lei da Ficha Suja a partir das eleições de 2012.

Ele foi seriamente considerado, em 2014, para coordenar a campanha de Aécio. Repórter nenhum questionou Aécio, ou qualquer outro líder nacional tucano, sobre os modos e costumes de Cássio.

Livre de explicar seu obscuro passado, ele acabou se convertendo em mais uma amostra da blindagem de que gozam tucanos perante a mídia.

Fonte: DCM, 28/07/15

A VEJA consegue desmentir a si própria no caso da alegada delação premiada

Mas os coxinhas já tiraram muito disso em cima dos despolitizados

Nem a Veja parece acreditar na capa que ela deu sobre a iminente delação premiada do presidente da OAS Leo Pinheiro com ‘revelações devastadoras’ sobre Lula.

No site da revista, com extrema discrição que contrasta com o estardalhaço da capa, aparece um artigo com uma frase definitiva sobre o assunto. “Se negociaram a delação do Léo sem eu saber, abandono a defesa dele, porque sou radicalmente contra isso”, afirmou o advogado de Pinheiro, Edward Carvalho.

Desnecessário dizer, Carvalho simplesmente não foi ouvido pela revista na elaboração da já infame capa.

Fonte: DCM, 28/07/2015

PT promete 'guerra' em reação a ofensiva contra Lula


Na volta do recesso, senadores e deputados petistas vão “partir para cima” e responder aos ataques nas tribunas do Congresso Nacional. Principalmente os de Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB), ambos ex-governadores.

A estratégia, segundo a colunista Vera Magalhães, será cobrar que a Lava Jato aprofunde investigações sobre a relação das empreiteiras com governos do PSDB em Estados como São Paulo e Minas Gerais.


Mensagem de Odebrecht cita presidente do STJ



Anotações cifradas apreendidas no telefone celular do empreiteiro Marcelo Odebrecht, pela Lava Jato, indicam que o executivo listava o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, como uma das autoridades que poderia atuar em seu benefício em caso de problemas judiciais.

Nas mensagens aparecem referências a "Falcão" e a "Aprox STJ"; suspeitas são de que o ministro trabalhava para indicar um apadrinhado ao tribunal em troca do habeas corpus.

Fonte: Brasil247, 28/07/15

Procurador da República quer apoio de 1,5 mi contra corrupção


Com vídeo no Youtube, procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, lança campanha ‘Dez Medidas contra a Corrupção’, do Ministério Público, que pretende recolher 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso um projeto de iniciativa popular com ações anti-corrupção.

"Escândalos de corrupção envolvendo diferentes governos e partidos nos enchem de indignação. Anões do orçamento, Propinoduto, Sangue-suga, Mensalão, Lava Jato. A corrupção sangra o nosso país. Apesar dos resultados já obtidos, é muito difícil punir os corruptos no Brasil. Precisamos mudar a legislação para garantir que esses criminosos sejam presos, permaneçam por mais tempo na cadeia e devolvam o dinheiro que desviaram da saúde, segurança e educação"... 'O juiz Sergio Moro, os procuradores e os delegados da Lava Jato já assinaram. 

A Lava Jato trouxe esperança, mas agora nós precisamos da sua ajuda. Vamos juntos construir um país mais justo', diz; em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, ele afirmou que o modo de como a corrupção é punida no país "acaba se tornando uma piada"

Fonte: Brasil247, 28/07/2015

Duplicação da BR-163 e ferrovia Bioceânica, os próximos investimentos privados na Amazônia

"Estimulada pelo governo federal, a iniciativa privada vai fazer dois grandes investimentos logísticos na Amazônia.

O mais imediato irá a leilão ainda neste ano: é a BR-163, a Santarém-Cuiabá, no trecho entre Sinop (no Mato Grosso) e Miritituba (no Pará). Os 6,6 bilhões previstos serão aplicados em melhoramentos e na duplicação da rodovia, usada para o escoamento da produção agrícola brasileira.

O outro investimento, de prazo mais longo e ainda não inteiramente definido, é o da Ferrovia Bioceânica, na qual os chineses pretendem participar. Ela deverá ter extensão total de 3,5 mil quilômetros (três mil na Amazônia) no trecho brasileiro, abrindo uma saída do Brasil do litoral do Atlântico até o oceano Pacífico, atravessando três Estados (Mato Grosso, Rondônia e Acre).

Foi o que anunciou o o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, ao participar, na sexta-feira, 24, do 11º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, em Manaus. Nada disse sobre a hidrovia do Tocantins, e pedral do Lourenço e o Pará, representado no encontro pelo governador Simão Jatene.

No rol dos 2 mil quilômetros de rodovias e mais de 4,6 mil quilômetros de ferrovias, o Pará é um detalhe.


Fonte: Blog do J. Parente, 27/07/15

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Cunha (tentando evitar a cadeia) questiona Moro. Mas na Lava Jato “onde se puxa uma pena, vem uma galinha”

1. No dia 16/7/15, em Curitiba, o juiz Moro ouvia novamente o lobista e delator Julio Camargo e, de repente, (mais) uma surpresa: ele confirmou que foi pressionado porEduardo Cunha para lhe dar uma [monstruosa] propina de 5 milhões de dólares, em 2011, durante encontro que mantiveram em um prédio comercial na zona Sul do RJ (no Leblon). Isso está gerando uma enorme controvérsia jurídica, pelo seguinte: por força de várias decisões do STF, os processos do caso Lava Jato foram desmembrados. Quem tem foro privilegiado (deputados e senadores) deve ser investigado e processado pelo STF. Quem não tem foro privilegiado, deve ser processado em primeiro grau (na 13ª Vara Federal de Curitiba, dirigida por Moro). Podem ser questionados vários atos desse juiz, mas sua competência (para o caso) já foi reconhecida pelo próprio STF.

2. Poderia ele investigar e processar Eduardo Cunha? Não (porque este conta com foro especial no STF). Mas, e se no curso de um processo alguém menciona que deu parte do nosso dinheiro público para o parlamentar? Muito simples: extrai-se cópia de tudo e manda-se para o STF, que o está investigando. Na feliz e certeira frase de Teori Zavascki, na Lava Jato é assim: “Onde se puxa uma pena, vem uma galinha”. Youssef já tinha feito referência ao Eduardo Cunha beneficiário de corrupção. Teria também havido um requerimento nebuloso na Câmara, subscrito por uma deputada aliada de Eduardo Cunha. De acordo com o lobista Julio Camargo, esse requerimento é uma das provas das várias manobras [acrobáticas] praticadas pelo parlamentar.


3. Levando em conta as últimas previsões dos horóscopos (ninguém sabe o que sai da cabeça dos juízes), podemos afirmar que o desejo de Cunha (que chega a ser freudianamente voluptuoso) de retirar o juiz Moro dos processos da Lava Jato, pelos motivos indicados não tem nenhuma chance de prosperar. Em março/15, logo depois que Youssef incriminara Eduardo Cunha, o réu Fernando Baiano já fez a mesma tentativa no STF e perdeu. No caso mensalão (AP 470), no princípio, tentou-se desmembrar o processo, mas no final todos os réus (com e sem foro) foram julgados conjuntamente. Seis meses de julgamento. O restante da pauta do STF parou. Ninguém mais suporta a repetição desse erro. De qualquer modo, cuidado: o humano é o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra.

4. Numa ação penal que tramita no STF (n. 863) contra o deputado Paulo Maluf, o STF (ministro Lewandowski) desmembrou o processo: somente o deputado por lá ficou; todos os demais 10 réus serão julgados em outras instâncias.

Luiz Flávio Gomes
5. Em junho de 2014, como bem sintetizou o Migalhas, “ao julgar questão de ordem em ações penais (871 a 878), a 2ª turma do STF seguiu o voto do relator, ministro Teori, para manter no Supremo apenas e tão somente as investigações contra parlamentares Federais decorrentes da Lava Jato. Passados seis meses, em dezembro, novamente a 2ª turma reafirmou a competência da 1ª instância, ao julgar improcedentes outras duas reclamações (188.75 e 189.30). Na ocasião, o ministro Teori lembrou que a alegada usurpação de competência já havia sido debatida no julgamento da questão de ordem, quando foi reconhecida a validade dos atos até então praticados por Moro. Já antevendo as coisas, Teori observou que “eventual encontro de indícios de envolvimento de autoridade detentora de foro privilegiado durante os atos instrutórios subsequentes, por si só, não resulta em violação da competência da Suprema Corte”. Ou seja, s. M. J., a reclamação de Cunha deverá ter a mesma solução”.

6. Eduardo Cunha, um dos políticos profissionais mais experientes do País, está usando legitimamente o seu direito de espernear (ius sperniandi). Se cumpridos, no entanto, aqueles 10 passos que mencionamos em artigo anterior assim como as regras do Estado de Direito vigente, ele não vai escapar da cadeia (ou em regime semiaberto ou em regime fechado, conforme a quantidade da pena). É bem verdade que nem os possíveis habitantes de Plutão sabem quando isso vai ocorrer. Mas, seguramente, vai acontecer (para o bem do País e da nação). É chegada a hora de nos livrarmos da pecha de Republiqueta cleptocrata (corrupta).


Luiz Flávio Gomes, jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).

A tarja preta do Serra e a vergonhosa PF da Dilma


A PF não tem que servir ao governo. Mas em hipótese alguma pode ser utilizada como ponta de lança de um movimento para derrubá-lo.

A tarja preta no nome de José Serra nos documentos divulgados pela instituição – que foram desvendados da forma mais básica e primária na rede com um Ctrl+C e um Ctrl +V num bloco de notas – demonstram como já passou do tempo de colocar essa polícia no rumo da institucionalidade.

Dilma não está brincando apenas com fogo. Está se divertindo na boca de um vulcão.

Há mais de quatro anos tem um ministro bola murcha à frente da Justiça. E deixa a bola rolar como se qualquer coisa pudesse ser feita num órgão que precisa mais do que todos respeitar a legalidade.

A PF de Dilma é acusada de usar escutas ilegais em celas, de violar o sigilo de advogados de defesa, de vazar inquéritos de maneira seletiva e agora é desmascarada ao tentar esconder o nome de Serra com uma tarja em documentos que foram divulgados para atingir até o vice-presidente da República. E ao fazer isso acabou mostrando o quão incompetente o é. A nossa inestimável PF não sabe que não basta colocar uma tarja preta num documento eletrônico. E por isso foi desmascarada como um elefantástico pela rede.

É essa talentosa PF que está investigando Lula. A mesma que esconde o Serra.

Não há mais tempo para o governo ficar fazendo terapia de grupo sem dar solução para nada.

Aliás, já encheu o saco essa história de ver gente do governo reclamando da vida. Como se a inação deles não fosse parte do problema.

É hora de agir, de inventar, de ousar, de sair da zona de conforto, de parar de fazer análise de conjuntura como vítima de um processo difícil.

A vergonhosa tarja preta do Serra é a prova mais cabal de como o problema do governo não é o Eduardo Cunha, mas o governo.

Que está operando no limite da incapacidade funcional.

E se alimenta da vitimização e dorme com tarja preta porque morre de medo de encarar o boi pelos chifres.

Façam-me um favor, quem foi que colocou essa tarja ali? Quem vazou? Quem colocou escuta em cela?

Nenhum desses vagabundos vai para a cadeia?

É isso mesmo, produção?

O governo perdeu o sentido da disputa política. Apodreceu antes de amadurecer.

A tarja preta do Serra é o episódio mais vergonhoso da recente história democrática.

Mas vai passar batido. Porque por onde passa um boi, amigos, não passa só uma boiada. Passam todas.

Fonte: Brasil247, 26/07/15

origem do ódio da Abril pelo PT é o dinheiro

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Jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, resgata história contada pelo colega Ricardo Kotscho sobre um pedido de Roberto Civita para que Kotscho arranjasse uma reunião com Lula; o objetivo era pedir mais dinheiro em forma de anúncios; "As coisas não correram como Roberto esperava. As consequências editoriais estão aí. Nem a morte de Roberto deteve a fúria assassina da Veja", comenta Nogueira.

Até quando Cunha resistirá


Jornalista Tereza Cruvinel lembra que "a história recente de presidentes encalacrados da Câmara e do Senado demonstra que a resistência pessoal não basta", como tenta fazer Eduardo Cunha, que afirmou neste fim de semana não cogitar qualquer afastamento da presidência da Câmara.

"Quando o desgaste aumenta muito, a própria Casa, seguindo o instinto de defesa institucional, ejeta o acusado da cadeira", acrescenta a colunista do 247; ela destaca "os exemplos mais recentes de presidentes ejetados da cadeira pela pressão dos pares": Jáder Barbalho, no Senado, e Severino Cavalcanti, na Câmara; além de Antonio Carlos Magalhães, que renunciou logo após deixar o cargo.

"Para ter um destino diferente, Cunha precisará de um apoio inabalável da maioria dos partidos e de deputados, dispostos a enfrentar um grande desgaste para mantê-lo no cargo mesmo na condição de réu", conclui.

Planalto monta ofensiva para aumentar popularidade de Dilma


A presidente Dilma Rousseff e seu núcleo político preparam agenda intensa de atividades populares para entrar em operação já no início de agosto, com objetivo de dar uma guinada nos índices negativos da presidente diante da população.

Dilma fará viagens, anunciará programas e reforçará marcas populares do primeiro mandato; ela vai conversar com todos os movimentos sociais próximos ao PT, vai visitar os governadores e retomará o chamado 'conselhão', fórum do Planalto com empresários.

Agenda terá foco no Nordeste e começará pela Bahia, onde a presidente vai anunciar cerca de R$ 8 bilhões em obras de mobilidade urbana; além das manifestações convocadas pela oposição para 16 de agosto, o Planalto tenta reagir ao julgamento das contas do governo no TCU e ao retorno do recesso parlamentar, quando deve ser posta em discussão a instalação de várias CPIs contra o governo, em movimento capitaneado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

A Veja mentiu, de novo. Executivo da OAS desmente reportagem sobre Lula

Tenho pena de quem lê a revista Veja, considerando suas matérias, mesmo as mais tendenciosas, como verdades absolutas. Essa revista tem sido desmascarada seguidamente, por suas publicações que afrontam a prática do bom jornalismo. Eis que agora uma nova publicação da Abril volta a ser alvo de desmentido, como consta na matéria do JB.
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O executivo da OAS, José Adelmário Pinheiro, desmentiu a reportagem da revista Veja desta semana, que traz na capa o ex-presidente Lula e a manchete "A vez dele".
Segundo a reportagem, o empresário, conhecido como Léo Pinheiro, teria decidido contar ao Ministério Público "tudo o que sabe sobre a participação do ex-presidente no petrolão e como o filho Lulinha ficou milionário".

Em nota, a OAS negou qualquer conversa de Pinheiro com o Ministério Público:

“Sobre a reportagem da Veja deste final de semana, José Adelmário Pinheiro e seus defensores têm a dizer, respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF sobre delação premiada, tampouco intenção nesse sentido.”, diz a nota.

Léo Pinheiro é réu na Lava Jato, acusado de atuar no núcleo empresarial do esquema que cartelizava licitações de obras da estatal. 

Fonte: Blog do Jota Parente, 26/07/15

domingo, 26 de julho de 2015

Lula e FHC: a repercussão reveladora de uma especulação completa


De acordo com a Folha, Lula teria autorizado amigos em comum a procurar Fernando Henrique para uma conversa sobre “a crise política”. O objetivo seria “conter as pressões pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff”.

Diz o jornal: “Lula teria aceitado uma conversa por telefone, mas o tucano preferiu deixar um eventual encontro para depois das férias, em agosto – FHC está na Europa.”

O Instituto Lula divulgou uma nota desmentindo a história. FHC, por sua vez, avisou que o sucessor “tem meus telefones e não precisa de intermediários. Se desejar discutir objetivamente temas como a reforma política, sabe que estou disposto a contribuir democraticamente”.

Não existe confirmação alguma da suposta aproximação. Tudo não passa, tecnicamente, de um boato. Quem se beneficia dele? Cui bono?

Não levou muito tempo até o próprio Fernando Henrique e os suspeitos de sempre se aproveitarem de uma total e absoluta especulação para traçar análises e sambar.

Ricardo Noblat — o mesmo que publicou como “furo” uma pegadinha de WhatsApp sobre o dia de fúria em que Dilma atacou uma camareira com cabides — consultou suas “fontes”.

Segundo Noblat, “sabe qual o interesse manifestado por Fernando Henrique Cardoso quanto a um encontro com Lula e Dilma? Nenhum. Vingança é um prato que se come frio”.

Para Eliane Cantanhêde, “Lula e o PT foram implacáveis e duríssimos contra tudo e contra todos, como esperam que tudo e todos sejam condescendentes com eles agora?”

Eliane conta que falou com um “grão tucano” (ah, esses clichês), que lhe lembrou “que até o PMDB está desembarcando e resume tudo de forma cruel. ‘Fernando Henrique só poderia encontrar Lula com uma única intenção: sugerir a renúncia de Dilma.’”

No sábado, enfim, FHC deu um recado em sua conta no Facebook: “O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo”.

Quando você acha que Fernando Henrique não pode ficar pior, surge esse tipo de maluquice: se alguém do governo federal ou do PT procurá-lo, ele não estará disponível. Essa administração está perdida e não deve ser poupada.

Há certamente alguns nutrientes nesse tipo de fofoca política, mas no geral ela vem com um monte de calorias vazias: anedotas com segundas intenções; informações de proveniência duvidosa e com baixa confiabilidade; uma repercussão sem sentido.

Milhares de linhas inúteis foram escritas sobre um encontro que não houve, não acontecerá tão cedo e que não se sabe sequer se foi aventado por qualquer das partes.

Fonte: Diário do Centro do Mundo, 26/07/15


quinta-feira, 23 de julho de 2015

Contra queda de popularidade, Dilma prepara volta à TV

Dilma participa de cerimônia de inauguração de unidade de produção de etanol

Ela já andou de bicicleta, saudou a mandioca e inventou a “mulher sapiens”. Nada disso, porém, deu resultado nem serviu para tirar sua popularidade do precipício. Agora, em mais uma tentativa de enfrentar a crise política, a presidente Dilma Rousseff vai tentar mudar a estratégia de comunicação, investir em conversas pela internet e “humanizar” sua imagem.

Além de aparecer mais em programas de TV, Dilma prepara uma ofensiva virtual, a menos de um mês dos protestos previstos para 16 de agosto contra seu governo. Na próxima semana, a Secretaria Geral da Presidência lançará o site “Dialoga Brasil”, uma plataforma que, mais adiante, terá até mesmo um aplicativo para celular. A meta é medir a temperatura da administração e planejar reações com antecedência.

No auge do distanciamento com os eleitores de todas as classes, acuada pela crise, com uma Operação Lava Jato batendo à porta do Planalto e problemas na economia, Dilma recorrerá a um novo canal para divulgar as iniciativas de sua gestão e, ao mesmo, saber o que a sociedade pensa sobre elas.

Setenta e três programas de governo, como Bolsa Família, Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida, serão submetidos ao crivo da população. Na primeira leva, quatro temas entrarão em debate: saúde, educação, segurança pública e combate à pobreza. O site terá ferramentas populares nas redes sociais, como “curtir” e “compartilhar”.
 Dilma participa do Programa 'Mais Você', de Ana Maria Braga      © Foto: Divulgação

De posse de críticas e sugestões, ministros responsáveis pelos projetos serão acionados para dar respostas aos usuários. Enquanto isso, Dilma concederá entrevistas a apresentadores de TV. Em junho, ela apareceu no Programa do Jô, da TV Globo, e na próxima semana estará no “Mariana Godoy Entrevista”, da Rede TV! Auxiliares da presidente também pretendem convencê-la a fazer um giro por programas populares e a voltar a preparar “omelete” em público – em 2011, logo após eleita pela primeira vez, ela preparou a receita no "Mais Você", de Ana Maria Braga, na Globo.

Antes reclusa no Planalto, Dilma vai agora para o enfrentamento político, defendendo sua gestão das denúncias que pipocam dia após dia, desde que a Operação Lava Jato desvendou um gigantesco esquema de corrupção na Petrobrás. O plano, porém, não é tratar da Lava Jato, mas, sim, criar uma agenda positiva para se contrapor à sucessão de escândalos, que têm impacto direto no governo. Das delações premiadas ao rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o Planalto, tudo respinga no gabinete presidencial.

Em conversas reservadas, assessores contam que Dilma criou sozinha os últimos lances de sua comunicação. Na tentativa de parecer alheia ao inferno astral que ronda o Planalto há meses, ela fez uma saudação à mandioca e lançou a “mulher sapiens”, deixando perplexos até mesmo integrantes do PT. Depois, pressionada, garantiu que não iria cair e que defenderia o mandato “com unhas e dentes”. No governo, a estratégia foi considerada um desastre porque, além de tudo, pôs o impeachment na boca da presidente.

Fonte: Msn, 23/07/2015

domingo, 19 de julho de 2015

Ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso critica prisões 'sem pena' de Moro


José Carlos Dias, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, alerta para as longas prisões preventivas que vêm sendo decretadas pelo juiz Sergio Moro, antes que os alvos sejam condenados ou mesmo denunciados pela Justiça.

"O justo clamor por moralização e combate à corrupção faz, por vezes, soar um ruído perigoso de aplauso às prisões sem pena. O anseio punitivo pode estimular excessos por parte daqueles aos quais é atribuída a tarefa de decidir com equilíbrio", diz ele.

Segundo Dias, o Brasil estaria diante do risco de "caos da insegurança jurídica".