Investigação também vai analisar outras possíveis fraudes. As denúncias já foram encaminhada para o Ministério Público Federal
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
Segundo levantamento feito pela Companhia de Habitação do município e encaminhado para a Superintendência da Caixa Econômica Federal, de quase 1.430 casas entregues e dois residenciais: 19 foram alugadas, 67 estavam fechadas e sem moradores, 84 estavam cedidas para terceiros e 5 já haviam sido vendidas.
Depois que a prefeitura do município divulgou a lista com o nome dos contemplados começaram a surgir denúncias de fraude. Uma delas feita por um grupo de mulheres que prefere não se identificar. “Se a gente ganhasse uma casa pagava por 1 ou 2 anos depois parava de pagar e ficava com a casa e poderia até vender”, explica uma delas, que chegou a fazer parte do esquema de beneficiamento, que envolvia compra e venda da cadastro.
Do grupo de mulheres nenhuma foi selecionada. A Coordenadora Municipal de Habitação, Fátima Rosa diz que todas as denúncias que chegaram serão apuradas e as pessoas denunciadas automaticamente. “O cadastro e a vistoria ficam suspensos”, pontuou.
Até o momento pelo menos três casos recentes de fraudes já foram confirmados pela prefeitura de Itaituba antes dos novos contratos.
O procurador municipal de Itaituba Ricardo Moraes diz que quem firma o contrato é a Caixa Econômica Federal e é ela que mantem o contrato com o beneficiário. “Nesse caso é a caixa que tem que fazer o procedimento caso constate que as informações são verídicas”, ressalta.
Espera
Enquanto algumas fraudes são confirmadas, Marilene Rodrigues, que é mãe de três filhos, sendo um deles portador de deficiência, se inscreveu pela primeira vez no programa em 2010, mas não foi selecionada. “Disseram que iam fazer os cadastros e eu preciso muito. Essa é a terceira vez que eu faço, mas até agora nada”, afirma.
Programa
O “Minha Casa, Minha Vida” foi lançado em março de 2009. Até 2013, 4.968 pessoas estavam inscritas em Itaituba, desse total 1.300 cadastros foram enviados para avaliação da Caixa Econômica Federal.
O gerente da caixa, Jorge Luiz explica que a prefeitura tem a obrigação de encaminhar para a relação para a Caixa. “Dos mil, acrescido de 30%, a Caixa devolve os mil beneficiários aptos para que seja feita a celebração do contrato”, conclui.
Fonte: G1 Pará/Blog do Damião Cavalcante, 04/07/2015
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