Há duas semanas, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) publicou uma ilusão em
três páginas de um grande jornal paulista: o anúncio publicitário
defendia as hidrelétricas com reservatório como a grande solução para a
geração de energia elétrica no país, dizendo ser a opção mais barata,
segura e sustentável.
Nesta segunda-feira, o Greenpeace publicou uma anúncio-paródia, explicando que a realidade não é bem assim.
A Fiesp não colocou na conta os custos para as pessoas, a
biodiversidade e o clima. Nem citou que, quando incentivadas, outras
fontes como a eólica já competem lado a lado com as barragens.
O argumento da segurança também é frágil, já que as hidrelétricas não driblam o problema das secas, cada vez mais comuns num contexto de mudanças climáticas. E o título de sustentável cai por terra quando se olha para o rastro de conflitos e devastação que os recentes projetos de grandes barragens têm deixado na Amazônia.
Reconhecemos a importância das hidrelétricas que já foram construídas, mas antes de voltar a pensar nelas, o Brasil precisa investir em outras fontes de energia renováveis, diversificando nossa matriz e gerando menos impactos.
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