sábado, 1 de março de 2014

A disputa pelo governo do Pará não está definida

Ainda falta mexer algumas peças nesse tabuleiro

As disputas eleitorais, algumas vezes são tão complexas que mais parecem um jogo de xadrez. É preciso ter habilidade para lidar com as peças, para fazer as jogadas corretas.

A disputa pelo governo do Pará, a princípio têm dois bons jogadores, de um lado Jáder Barbalho, do PMDB, o "criador", que terá seu filho Hélder Barbalho como candidato ao governo e de outro, Simão Jatene, do PSDB, a "criatura", que provavelmente será candidato à reeleição. Jáder, é Senador e Jatene é governador. Ambos têm muito  poder e, consequentemente, força política.

Helder Barbalho, o candidato, é jovem, dinâmico e está percorrendo o Pará, se apresentando como alternativa para as eleições de 2014. Parte dos partidos que são da base do governo federal vão apoiar Helder como quer o PMDB e o próprio Lula, mas outros, mesmo sendo da base do Governo Dilma e porque aqui no Pará, são da base do governo estadual, vão apoiar Jatene.

Numa disputa eleitoral, a grosso modo, vence aquele que souber aproveitar melhor as oportunidades. Quem tem mais oportunidades pela frente, Jáder  ou Jatene ou melhor Helder ou Jatene?

Mesmo tendo um vice da região, na hipótese de manter o Helenilson, que seria o Estado do Tapajós, Jatene terá dificuldades para conquistar a maioria dos votos por aqui. O mesmo cenário, a princípio, acontecerá na região que seria o Estado do Carajás, por razões óbvias. Isso não aconteceu na disputa pelas prefeituras mas a disputa para o governo do estado é outra história.

Helder também terá problemas. Um deles é que quando foi prefeito de Ananideua, segundo dizem, morava em Fortaleza. Outro ponto negativo é que na sua administração o município foi considerado um dos piores do Brasil. Outro, ainda, é que os Barbalhos, pelo que se ouve  nos bastidores, têm baixa aceitação na região metropolitana de Belém, onde há uma grande concentração de votos. O PT, que certamente o apoiará, não consegue convencer seus filiados a votar em Helder por que na eleição passada o PMDB  que deveria dar o segundo voto de senador ao candidato do PT, votou massivamente em Flexa Ribeiro, do PSDB. Os petistas não esqueceram isso.

Pra finalizar, esse quadro pode fazer com  que Jatene dispute a vaga para o senado e Helenilson Pontes, PSD, seja o candidato majoritário e, salvo melhor juízo, um nome mais leve. Outras surpresas também, ainda, podem acontecer.

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