domingo, 6 de junho de 2021

Advogada é ameaçada de morte por bolsonaristas após repudiar estupro coletivo sofrido por jovem gay

Por associar o crime bárbaro de homofobia ao discurso de ódio de políticos, a presidente da Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da OAB-SC teve suas redes invadidas por bolsonaristas; "Só estou lutando pelo bem"

Brasil 247, 6/06/2021, 19:31 h Atualizado em 6/06/2021, 19:31
(Foto: Reprodução)

Revista Fórum - A advogada Margareth Hernandes, presidente da Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Santa Catarina (OAB-SC), relatou através de suas redes sociais, nos últimos dias, que está sendo alvo de ofensas e ameaças de morte feitas por bolsonaristas.

As ameaças começaram logo após ela se manifestar em repúdio ao estupro coletivo sofrido por um jovem homossexual de Florianópolis, que além de abusado sexualmente, foi torturado e teve seu corpo tatuado à força com palavras homofóbicas. O crime aconteceu na segunda-feira (31) e ele está internado em estado grave.

“Mais um dia de violência no país que mais mata homo e transexuais no mundo. Essa violência que cresce assustadoramente com o incentivo de algumas igrejas, do presidente da República, de alguns prefeitos, governadores e parlamentares. Discursos de ódio são aplaudidos e por conta desses aplausos pessoas morrem de forma cruel, porque seus algozes se encontram legitimados por um governo genocida e homofóbico. Até quando????”, escreveu a advogada, em suas redes sociais, na sexta-feira (4), ao compartilhar a notícia sobre o estupro coletivo. Ela acredita que tenha sido essa a postagem que motivou os ataques de bolsonaristas.

Em vídeo postado no Instagram neste sábado (5), Margareth disse que um jornal de Passo Fundo (RS) criou uma fake news dizendo que ela responsabiliza Jair Bolsonaro pelo estupro sofrido pelo jovem. “Não disse isso em momento algum. Disse que os discursos de ódio feitos por políticos, inclusive o presidente da República, e líderes religiosos, estimulam a violência. Então, precisamos combater o discurso de ódio”, declarou.

Leia a reportagem completa na Revista Fórum.

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