"Lula e FHC reaparecem de novo, depois de provocar um tsunami com a foto de 21 de maio, para surpreender o mundo político: assinam nota conjunta de apoio ao presidente argentino. Pelo visto, o petista e o tucano têm mais pensamentos em comum do que supunha", escreve Alex Solnik
Brasil 247, 5/06/2021, 14:06 h Atualizado em 5/06/2021, 14:06

Quando menos se esperava, Lula e FHC reaparecem de novo, depois de provocar um tsunami com a foto de 21 de maio, para surpreender o mundo político: assinam nota conjunta de apoio ao presidente argentino Alberto Fernandez contra Bolsonaro na questão do Mercosul, cujas tarifas Paulo Guedes quer reduzir, o que seria um imenso baque para a indústria argentina.
Pelo visto, o petista e o tucano têm mais pensamentos em comum do que supunha a vã fotografia.
Novamente vão monopolizar o noticiário e seu gesto será tema de dezenas de interpretações.
É um fato inédito na história recente do Brasil dois ex-presidentes se unirem contra o presidente no poder em defesa do presidente de outro país.
Alguns dirão que é mais uma aproximação de fachada, para agradar gregos e troianos. Outros vão taxar de oportunismo. Também haverá quem diga que a nota tem cunho ideológico, centro-esquerda apoiando centro-esquerda.
Os bolsonaristas, é claro, vão alegar que é antipatriótico apoiar a Argentina em detrimento do Brasil, como se eles tivessem moral para definir o que é patriotismo.
E outros, ainda, dirão que eles estão unidos, mais do que nunca, na oposição a Bolsonaro, como dois estadistas, trabalhando para evitar que ele cause mais danos ao Brasil e a nossos vizinhos.
Estou dentre esses.
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