quinta-feira, 3 de junho de 2021

Colômbia registra quase 3.800 casos de violência policial contra manifestantes

A ONG Tremors divulgou nesta quarta-feira, 2, um relatório que contabiliza 3.789 casos de violência perpetrados pelas forças de segurança contra os manifestantes, que já estão nas ruas da Colômbia há 36 dias

Brasil 247, 2/06/2021, 22:15 h Atualizado em 2/06/2021, 22:15
Manifestantes e policiais se enfrentam durante protestos em Bogotá 
(Foto: REUTERS/Luisa Gonzalez)

TeleSur - A ONG Tremors divulgou nesta quarta-feira, 2, um relatório que contabiliza 3.789 casos de violência perpetrados pelas forças de segurança contra os manifestantes, que já estão nas ruas da Colômbia há 36 dias.

De acordo com o relatório atualizado que cobre de 28 de abril (início da greve) ao recente 31 de maio, aponta que dos casos de violência policial, 1.248 são vítimas de violência física, 1.649 detenções arbitrárias, 705 intervenções violentas e supostamente 45 homicídios perpetrado por membros da força pública.

Além disso, o documento dos Temblores também indica 65 vítimas com ferimentos nos olhos, 187 casos de tiros, 25 casos de violência sexual e seis casos de violência de gênero.

A ONG alerta o uso de armas letais por agentes do Esquadrão Móvel Antimotim (Esmad) contra os manifestantes, “registramos 20 casos de uso de arma Venom pela Esmad, inclusive em locais residenciais, além de disparos horizontais de ditos arma ", denunciam.

“Registramos também pelo menos 17 casos de intervenções violentas em que a força pública lançou gás lacrimogêneo vencido, além de casos de uso de sobrecarga com espigões e mármores”, detalha Temblores.

Respeitando a decisão do presidente colombiano, Iván Duque, de um maior destacamento de membros da Esmad e do Exército, a ONG rejeita a agressão física e a perseguição aos manifestantes que exigem uma mudança no modelo sociopolítico, o que contribui para acabar com a violência e diminuir a desigualdade social dramática.

“Esperamos que as entidades competentes investiguem com eficácia tanto os civis armados como os policiais envolvidos em atos de violência (...) Esperamos pronunciamentos de rejeição aos civis armados”, enfatiza o relatório Temblores.

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