terça-feira, 10 de dezembro de 2019

PF pediu a prisão de Lulinha, mas MP foi contra e juíza negou

A juíza Gabriela Hardt negou o pedido da Polícia Federal para prender Fábio Luis Lula da Silva na fase deflagrada nesta terça-feira 10 pela Lava Jato

Brasil 247, 10/12/2019, 19:48 h Atualizado em 10/12/2019, 20:20
 Vamos ao Lulinha, aquele que a imprensa gosta de bater principalmente quando se trata de desviar acusações contra seus aliados, a exemplo da filha de Eduardo Cunha (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal chegou a pedir à Justiça a prisão preventiva de Fábio Luis Lula da Silva, o 'Lulinha', filho do ex-presidente Lula, na deflagração da 69ª fase da Operação Lava Jato nesta terça-feira 10. O pedido foi negado, porém, pela juíza Gabriela Hardt.

A investigação apura pagamentos da Oi para empresas ligadas a Lulinha e seus sócios. Segundo a Lava Jato, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, pelo qual Lula também já foi condenado pela 2ª instância.

Em 2016, a PF vasculhou dez anos das finanças de Lulinha e não encontrou corrupção. “Frente às informações prestadas ao fisco federal, demais dados apresentados para exame, foi constatado que evolução patrimonial do sr Fábio Luis Lula da Silva formalmente compatível com as sobras financeiras correspondentes, no período compreendido entre os anos de 2004 2014”, apontou o laudo na época.

Além de Lulinha, a PF queria a prisão de dois sócios do filho do ex-presidente: Kalil Bittar e Jonas Leite Suassuna.

A justificativa para a prisão, de acordo com o delegado Dante Pegoraro Lemos, aponta para a necessidade de impedir "nova ação imediata de envolvido", destacando que já teriam oportunidade de arquitetar, comandar ou participar de "possível ação de ocultação ou destruição de provas quando da deflagração da 24ª fase da Lava-Jato, em março de 2016".

O Minstério Público Federal, que se posicionou contra a prisão. E a juíza concordou com os procuradores. Segundo ela, não haveria necessidade de decretação de prisão temporária visto que alguns deles já foram alvos de buscas e apreensão há mais de 3 anos e já possuem ciência de que são alvo de investigações.

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