"O Instituto Aço Brasil recebe com perplexidade a decisão anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de restaurar as tarifas de importação de aço e alumínio provenientes do Brasil e da Argentina", diz a nota da entidade comandada por Sergio Leite de Andrade, que apoiou em 2018 um político que age como funcionário de Donald Trump
3 de dezembro de 2019, 04:47 h Atualizado em 3 de dezembro de 2019, 09:49
(Foto: Divulgação)
Da revista Fórum – Presidido pelo presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, o Instituto Aço Brasil – antigo Instituto Brasileiro de Siderurgia – divulgou nota nesta segunda-feira (2) dizendo que “recebe com perplexidade a decisão anunciada hoje (02) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de restaurar as tarifas de importação de aço e alumínio provenientes do Brasil e da Argentina”.
Andrade é um dos 10 empresários, que representam 32% do PIB, que divulgaram um manifesto de apoio a Jair Bolsonaro antes do segundo turno das eleições em 2018.
“Eu falei com o Paulo Guedes e ele é a pessoa que está conduzindo isso tudo. Eu estou muito esperançoso com as propostas dele e a gente tem um pacote de medidas que não traga mais sofrimento a ninguém”, disse Bolsonaro à época ao empresário, que representou justamente o Instituto Aço Brasil.
Nesta segunda-feira (2), o instituto confirmou que o que houve por parte dos Estados Unidos foi uma “retaliação” diante da desvalorização do real frente ao dólar.
“O Instituto Aço Brasil reforça que o câmbio no País é livre, não havendo por parte do governo qualquer iniciativa no sentido de desvalorizar artificialmente o Real e a decisão de taxar o aço brasileiro como forma de “compensar” o agricultor americano é uma retaliação ao Brasil, que não condiz com as relações de parceria entre os dois países”, diz o texto.
Leia a nota na íntegra
O Instituto Aço Brasil recebe com perplexidade a decisão anunciada hoje (02) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de restaurar as tarifas de importação de aço e alumínio provenientes do Brasil e da Argentina, sob o argumento de que estes países têm liderado uma desvalorização maciça de suas moedas, e que isso não é bom para os agricultores dos EUA.
O Instituto Aço Brasil reforça que o câmbio no País é livre, não havendo por parte do governo qualquer iniciativa no sentido de desvalorizar artificialmente o Real e a decisão de taxar o aço brasileiro como forma de “compensar” o agricultor americano é uma retaliação ao Brasil, que não condiz com as relações de parceria entre os dois países. Por último, tal decisão acaba por prejudicar a própria indústria produtora de aço americana, que necessita dos semiacabados exportados pelo Brasil para poder operar as suas usinas.
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