sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Quem você ama merece...



Polícia do Rio tem certeza do envolvimento de Bolsonaro na morte de Marielle, diz Luis Nassif

"Ainda não há clareza sobre os motivos. A hipótese de comprometer a intervenção federal é uma das possibilidades de investigação. Mas especulam-se sobre outras", informa o jornalista

Brasil 247, 20 de dezembro de 2019, 06:17 h

O jornalista Luis Nassif, um dos mais respeitados do Brasil e editor do site GGN, afirma que a Polícia do Rio de Janeiro já tem certeza do envolvimento do clã Bolsonaro no brutal assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. "Nas investigações sobre a morte de Marielle, a Polícia Civil do Rio de Janeiro firmou convicção sobre o profundo envolvimento de Jair Bolsonaro no episódio", postou ele no GGN.

"Ainda não há clareza sobre os motivos. A hipótese levantada pelo GGN – de comprometer a intervenção federal – é uma das possibilidades de investigação. Mas especulam-se sobre outras", escreveu Nassif.

Em desespero, Bolsonaro parte para o ataque contra MP e juiz

Cada vez mais acuado pelas denúncias de corrupção que atingem diretamente o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro criticou duramente o MP-RJ e afirmou que, “pelo que parece”, uma filha do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana, seria funcionária fantasma do governo do Rio de Janeiro.

Brasil 247, 20 de dezembro de 2019, 11:20 h
 (Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

Acuado pelas denúncias de corrupção que atingem diretamente o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro criticou duramente o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), responsável pela operação desta semana que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao parlamentar e afirmou que, “pelo que parece”, uma filha do juiz da 27ª Vara Criminal do Rio, Flávio Itabaiana, seria funcionária fantasma do governo do Rio de Janeiro. Itabaiana foi o magistrado que autorizou os mandados solicitados pelo MP fluminense. 

“Você já viu o MP do Estado do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer corrupção, qualquer gente pública do Estado? E olha que o estado mais corrupto do Brasil é o Rio de Janeiro. Vocês já viram? Vocês já perguntaram pro governador Witzel porque a filha do juiz Itabaiana está empregada com ele? Já perguntaram? Pelo que parece, não vou atestar aqui, é fantasma. Já foram em cima do MP (para) ver se vai investigar o Witzel?”, disse Bolsonaro nesta sexta-feira (20), na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro criticou a decisão de Itabaiana, feita em abril, que resultou na quebra do sigilo de 86 pessoas e nove empresas ligadas a Flávio no tempo em que ele era deputado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Vocês perguntaram para o juiz Itabaiana como é que ele quebra 93 sigilos em cinco linhas? Fizeram busca e apreensão em casas de pessoas que não tinham nada a ver com isso”, afirmou. 

Ele também rebateu as acusações de que seu filho teria utilizado uma franquia de chocolates para lavar o dinheiro proveniente do esquema operado pelo ex-assessor Fabricio Queiroz na Alerj. “Arrombaram a loja de chocolate do meu filho. Se tivesse, se tivesse, se tivesse algo errado, não teria sumido? As franquias são controladas. Não é o cara que abre uma franquia e a matriz abandona. Ninguém lava dinheiro em franquia”, disse.

“ Acusaram ele de estar ganhando mais na casa de chocolate. O que acontece, quem leva mais cliente para lá, ele leva um montão de gente importante, ganha mais. É mesma coisa chegar para o, deixa eu ver, o Neymar e (perguntar) "por que está ganhando mais do que outros jogadores?". Porque ele é o mais importante. Não é comunismo”, emendou.

Bolsonaro admite: há gravações que o envolvem com milicianos e que dizem que ele "pegava dinheiro"

Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro tenta se antecipar a uma nova crise que ele qualifica de “a próxima encrenca": gravaçoes de dois milicianos que o envolvem. "Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro das milícias, e agora, presidente, não participo mais"

Brasil 247, 20 de dezembro de 2019, 09:29 h
 (Foto: Reprodução)

Em entrevista à revista Veja, gravada no último domingo (15), Jair Bolsonaro admitiu que virão à luz em breve gravações que o envolvem com milicianos. “Pegaram dois milicianos, sei lá quem, conversando e a Polícia Civil gravando. Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro das milícias, e agora, presidente, não participo mais — um papo de vagabundo”, disse Bolsonaro à revista. 

Com a revelação, ele tenta se antecipar e estourar o balão de outra crise de graves proporções que está prestes a estourar.

Ele voltou a atacar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de promover uma armação contra ele tendo em vista a disputa presidencial em 2022. Sem qualquer prova, Bolsonaro afirmou à revista que "o governador botou na cabeça que vai ser presidente e tem de me destruir. Depois da história do porteiro e das buscas na casa da minha ex-mulher, ele está preparando uma nova armação".

A deterioração da relação entre os dois líderes de extrema-direita chegou ao auge. "Recebo qualquer um dos governadores na hora que eles quiserem. O Witzel não. Se ele quiser falar comigo, vai ter de protocolar o pedido de audiência e dizer antes qual é o assunto”, disse Bolsonaro

Folha: Bolsonaro não vai conseguir se esquivar do escândalo de corrupção da família

Editorial do jornal da família Frias afirma que a tática de Jair Bolsonaro está fadada ao fracasso. "É o próprio mandatário, afinal, quem promove a todo tempo a confusão entre o que diz respeito ao cargo e o interesse de sua família", aponta o texto

Brasil 247, 20/12/2019, 06:38 h
 (Foto: Marcos Corrêa/PR | Webysther Nunes)

O editorial desta sexta-feira da Folha de S. Paulo afirma que Jair Bolsonaro não vai conseguir se esquivar do escândalo de corrupção que atinge sua família em torno do caso Queiroz.

"O presidente pode até estar certo em sua segunda asserção, na hipótese de que a investigação sobre a ligação do clã familiar com esquemas de desvio de dinheiro público e milícias do Rio de Janeiro nada encontre envolvendo seu nome. Do ponto de vista político, contudo, a tática está fadada ao fracasso. É o próprio mandatário, afinal, quem promove a todo tempo a confusão entre o que diz respeito ao cargo e o interesse de sua família", diz o texto.

"Além disso, as agruras do hoje senador Flávio Bolsonaro quando deputado estadual no Rio de Janeiro trazem marcas de seu pai. No centro do caso está seu ex-assessor Fabrício Queiroz, figura que esteve ao lado do atual presidente da República desde os anos 1980. Segundo o Ministério Público do Rio, ele recebeu R$ 2 milhões de 13 colegas de então", lembra ainda o editorialista.

"Que as autoridades conduzam o caso com a devida tempestividade a partir de agora. Apenas explicações críveis e transparentes podem relegar o problema ao tamanho desejado por Bolsonaro", cobra o jornal da família Frias.

Manuela lidera pesquisa para prefeitura de Porto Alegre

Manuela D’Ávilla (PCdoB-RS) lidera a intenção de voto para a prefeitura de Porto Alegre, com 18,3% da preferência do eleitorado, segundo levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que. Em seguida aparecem o deputado estadual Sebastião Melo (MDB-RS), com 15,5%, e o atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), com 11,2% das intenções de voto

Brasil 247, 20/12/2019, 12:13 h Atualizado em 20/12/2019, 12:17

Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que Manuela D’Ávilla (PCdoB-RS) lidera a intenção de voto para a prefeitura de Porto Alegre, com 18,3% da preferência do eleitorado. Em seguida aparece deputado estadual Sebastião Melo (MDB-RS), com 15,5%. O atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) fica em terceiro lugar, com 11,2% das intenções de voto. A atual gestão municipal é desaprovada por 66,2% dos eleitores. 

Ainda conforme o estudo, 21% dos eleitores da capital gaúcha não sabem ou não votariam em nenhum dos pré-candidatos atuais. Em relação ao governo Jair Bolsonaro, 47,9% dos entrevistados desaprovam o governo, enquanto outros 47% aprovam a atual gestão. 

Já a administração do governador Eduardo Leite (PSDB-RS) é avaliada como péssima por 35,6% dos eleitores e sua desaprovação alcança 67,7%. 

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 804 pessoas entre os dias 16 e19 de dezembro e tem grau de confiança de 95. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Leia a íntegra da pesquisa

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Viúva de Paulo Freire: Bolsonaro não tem pudor nem caráter!

Será que o Jair Messias sabe soletrar "energúmeno"?

Conversa Afiada, 17/12/2019
O professor Paulo Freire (Reprodução: TV UFMG)

Paulo Freire (1921-1997), educador e filósofo brasileiro, é um dos maiores pensadores da história da pedagogia mundial.

É o terceiro autor mais citado em pesquisas acadêmicas na área das ciências humanas em todo o mundo.

Grandes universidades, como Oxford e Harvard, exaltam Paulo Freire e adotam sua metodologia de ensino.

Desde 2012, Paulo Freire é reconhecido como patrono da educação brasileira.

Entretanto, como Jair Bolsonaro e seu governo vivem em guerra contra o ensino, a hostilidade obviamente estende-se também ao professor Paulo Freire.

(Os bolsonários - assim como a ditadura militar que prendeu Freire - não querem uma educação que ensine o cidadão a pensar...)

Na manhã desta segunda-feira 16/XII, enquanto conversava com admiradores na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro justificou o fechamento da TV Escola, um projeto voltado à capacitação dos profissionais de ensino da rede pública: "quem assiste a TV Escola? Ninguém assiste. Dinheiro jogado fora".

Ele continuou: "era uma programação [da TV Escola] totalmente de esquerda. (...) Os caras estão há trinta anos [no ministério], tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire da vida, esse energúmeno, ídolo da esquerda".

A educadora Ana Maria Freire, viúva de Paulo Freire, revidou em grande estilo:

"No fundo, ele [Bolsonaro] tem um pouco de inveja. Ele também [queria] ser como Paulo foi, mas não pode, não consegue. Tem de estar o tempo todo de pontaria armada para atingir alguém. (...) Bolsonaro é um homem sem nenhum pudor, sem nenhum caráter, sem nenhuma autocensura. (...) É um homem nefasto, uma coisa absolutamente terrível", disse.

Em tempo: será que o Bolsonaro sabe soletrar "energúmeno"?

Leia também:

Jean Wyllys: Karol Eller aprendeu da pior forma que a homofobia existe


"Karol aprendeu da pior maneira que, sim, a homofobia existe e que os homofóbicos estão se sentindo mais livres para perpetrar violências contra LGBTs desde que a extrema-direita se tornou hegemonia política e Bolsonaro venceu as eleições no Brasil", escreveu o ex-deputado Jean Wyllys sobre a agressão homofóbica à youtuber bolsonarista Karol Eller

STF acha que está no alvo de Moro

De acordo com Helena Chagas, Jornalista pela Democracia, dois episódios recentes - a entrevista de Sergio Moro à Folha e a divulgação de grampos envolvendo o ministro Alexandre de Moraes - incomodaram os integrantes do Supremo e têm em comum a interpretação de que "foram considerados parte de uma ofensiva do ministro da Justiça contra o STF. Ou melhor, contra a ala do Supremo que critica e faz reparos à Lava Jato, hoje majoritária em boa parte das ocasiões

Brasil 247, 16/12/2019, 10:37 h Atualizado em 16/12/2019, 11:04
      (Foto: Lula Marques | STF)

Por Helena Chagas, para o Jornalistas pela Democracia - Ministros do Supremo Tribunal Federal não gostaram nada da entrevista do ministro da Justiça, Sergio Moro, à Folha, semana passada, responsabilizando-os — supostamente por ter revogado a prisão após condenação em segunda instância — pela queda da avaliação do governo no Datafolha no quesito combate à corrupção. Mais irritados ainda ficaram com o vazamento, também na Folha, domingo, de relatório da PF sobre grampos de 2015 que mostrariam o ministro Alexandre Moraes, então secretário de Segurança de SP, advogando para um desembargador do TJ de Minas se livrar de uma punição no Supremo.

O que os dois episódios têm em comum, na avaliação de interlocutores de ministros, é que foram considerados parte de uma ofensiva do ministro da Justiça contra o STF. Ou melhor, contra a ala do Supremo que critica e faz reparos à Lava Jato, hoje majoritária em boa parte das ocasiões.

Depois de confirmar sua popularidade nas pesquisas — ela caiu 10 p.p. com o episódio The Intercept mas ainda está na faixa de 53% — Moro parece ter se encorajado a comprar essa briga. No mínimo, deseja emparedar o STF para que, no retorno dos trabalhos, no ano que vem, a Segunda Turma perca a coragem para conceder habeas corpus e anular sua sentença condenando o ex-presidente Lula. O ex-juiz joga com a força da própria popularidade e o desgaste da Corte.

Resta saber se o neófito Moro não estará indo com muita sede ao pote nessa guerra — que vem incluindo novas e seguidas operações da Lava Jato, como a que atingiu o filho do ex-presidente e seus sócios, de forma a rememorar a opinião pública sobre as acusações contra o ex-presidente. Afinal, guerra é guerra, e o STF não é exatamente um jardim de infância.

Pessoas próximas dos ministros mais irritados lembram que, apesar de a popularidade de Moro ser infinitamente superior à do STF no show midiático de cada dia, não se vê mais, como até o início do governo, multidões mobilizadas em apoio ao ministro da Justiça e à Lava Jato. 81% acham que a operação deve continuar, sim, mas um número bem menor acredita que a corrupção no país vai diminuir.

Temas como saúde, educação, emprego e os desmandos do governo Bolsonaro vem ocupando mais espaço dos corações e mentes da opinião pública. A própria decisão sobre a segunda instância, anunciada como uma catástrofe pelos lavajatistas, mobilizou gatos pingados pelo país.

É possível, portando, que o Supremo não se sinta tão acuado assim para dar um troco em Moro. Com o agravante de que o ex-juiz hoje é ministro de Jair Bolsonaro, que depende da mais alta Corte do país em questões cruciais — como o caso Queiroz e as acusações contra seu filho Flavio. Não por acaso, no dia seguinte à entrevista de Moro, o presidente veio com a conversa de “nosso Supremo”.

Vai ter que fazer muito esforço esta semana para acalmar a turma. Além de Moraes, que aparece no grampo da PF chefiada pelo ministro da Justiça por supostamente trabalhar pelo colega de Minas, são citados outros ministros, como Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, como alvos desse lobby. Em sua última semana de trabalho do ano, o STF estará pintado para guerra contra Moro.

Lava Jato admite que Lula e Dilma são inocentes e não vai recorrer de absolvições do ‘quadrilhão’

Ministério Público Federal decidiu não recorrer da sentença do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, que inocentou ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff da acusação de integrarem uma organização criminosa. Juiz apontou "tentativa de criminalizar a atividade política”

Brasil 247, 17/12/2019, 17:35 h Atualizado em 17/12/2019, 18:21

O Ministério Público Federal desistiu de recorrer da decisão do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, que inocentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff e outras três pessoas ligadas ao PT, da acusação de integrarem uma organização criminosa.

“O Ministério Público Federal, pela Procuradora da República signatária, vem, perante Vossa Excelência, manifestar ciência da sentença, bem como manifestar desinteresse na interposição de recurso, tendo em vista que a sentença foi no mesmo sentido da manifestação ministerial”, diz a procuradora da República Marcia Zollinger sobre a ação conhecida como "Quadrilhão do PT". 

Com isso, a decisão do magistrado torna-se definitiva. Em sua sentença, o magistrado disse que a ação, proposta pelo então procurador-geral da República RodrigoJanot, era uma “tentativa de criminalizar a atividade política” (leia mais no Brasil 247).

Desafetos de Bolsonaro, Ricardo Galvão e Greta estão na lista de mais influentes da 'Nature'

Ricardo Galvão, exonerado do Inpe por Jair Bolsonaro, aparece no topo da lista da revista "Nature" como o cientista mais influente do mundo em 2019

Brasil 247,17/12/2019, 20:31 h Atualizado em 17/12/2019, 22:32
             Greta Thunberg, Ricardo Galvão e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Reprodução | ABR)

Na lista das 10 pessoas que mais se destacaram na área da ciência em 2019, divulgada nesta terça-feira (17) pela renomada revista científica "Nature", dois desafetos de Jair Bolsonaro aparecem em destaque, informa o G1.

No topo da lista, o ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão, exonerado em agosto depois de rebater críticas de Bolsonaro aos dados do instituto, é o cientista mais influente do mundo.

Já a ativista sueca Greta Thunberg, a "pirralha", segundo Bolsonaro, aparece na quarta posição.

"A nossa lista mostra alguns dos momentos mais importantes do ano para a ciência e destaca pessoas que tiveram papéis importantes nestes eventos. As histórias vão desde a primeira demonstração de um computador quântico que supera as máquinas convencionais, até os esforços para combater as mudanças climáticas, o desmatamento e a epidemia do ebola na África", disse o editor-chefe da revista, Rich Monastersky

Câmara apoia UNB após Weintraub disparar ataques contra universidades federais

Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparar diversos ataques contra as universidades federais, chegando a dizer que no local "existiam plantações de maconha", a Câmara aprovou um documento com fortes críticas ao ministro, classificando sua postura como " desarrazoada”

Brasil 247, 17/12/2019, 17:08 h
  Brasília- DF. 11-12- 2019- ministro da Educação Abraham Weintraub durante depoimento na comissão de educação da câmara (Foto: Lula Marques)

Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparar diversos ataques contra as universidades federais, chegando a dizer que no local "existiam plantações de maconha", a Câmara dos deputados aprovou nesta terça um documento com fortes críticas ao ministro, classificando sua postura como " desarrazoada” . A nota aprovada pela Comissão de Legislação Participativa foi iniciativa da deputada Erika Kokay (PT-DF). 

Segundo o portal Poder 360, o documento diz que é “prática reincidente” do ministro “colocar as universidades, os estudantes, os professores e a educação pública como inimigos, destilando contra os mesmos inomináveis ataques e mensagens persecutórias”.

“Sendo assim inadmissível que 1 Ministro de Estado faça uso de tão relevante cargo para propalar informações inverídicas, com o fiel objetivo de violar o princípio constitucional da autonomia universitária, além dos princípios da impessoalidade e da legalidade na administração pública” , diz outro trecho do documento.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Maior parte dos brasileiros apoia liberdade de Lula

Datafolha: 54% dos entrevistados aprovam decisão do STF

Conversa Afiada, 10/12/2019
Lula nos braços do povo em São Bernado do Campo, 9/XI (Créditos: Ricardo Stuckert)

A pesquisa Datafolha deste domingo 8/XII - a mesma que revelou a queda na aprovação de Jair Bolsonaro e o derretimento do ministro Sérgio Moro - mostrou, também, que a maior parte da população aprova a soltura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 8/XI, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a pesquisa, 54% dos entrevistados afirmam que a libertação do presidente foi justa. 42% não concordam e 5% não sabem ou não opinaram.

A maior faixa de apoio a Lula está no Nordeste: 71% dos moradores da região aprovam a concessão de liberdade ao presidente. O apoio também é forte entre os desempregados (68%), pessoas que recebem até dois salários mínimos por mês (63%), pretos e pardos (62%), pessoas entre 16 e 24 anos (61%) e mulheres (56%).

O Datafolha ouviu 2.948 pessoas nos dias 5/XII e 6/XII em 176 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula: a Lava Jato faz demonstração de pirotecnia!

Operação contra filho do presidente é obra de "procuradores viciados em holofotes"

Conversa Afiada, 10/12/2019
Créditos: Ricardo Stuckert

O presidente Lula comentou, em seu Twitter, a operação da Polícia Federal, sob ordens da Lava Jato, que cumpriu mandatos de busca e apreensão contra a empresa de seu filho Fábio Luis:

"O espetáculo produzido hoje pela Força Tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família", afirmou Lula.

PF pediu a prisão de Lulinha, mas MP foi contra e juíza negou

A juíza Gabriela Hardt negou o pedido da Polícia Federal para prender Fábio Luis Lula da Silva na fase deflagrada nesta terça-feira 10 pela Lava Jato

Brasil 247, 10/12/2019, 19:48 h Atualizado em 10/12/2019, 20:20
 Vamos ao Lulinha, aquele que a imprensa gosta de bater principalmente quando se trata de desviar acusações contra seus aliados, a exemplo da filha de Eduardo Cunha (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal chegou a pedir à Justiça a prisão preventiva de Fábio Luis Lula da Silva, o 'Lulinha', filho do ex-presidente Lula, na deflagração da 69ª fase da Operação Lava Jato nesta terça-feira 10. O pedido foi negado, porém, pela juíza Gabriela Hardt.

A investigação apura pagamentos da Oi para empresas ligadas a Lulinha e seus sócios. Segundo a Lava Jato, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, pelo qual Lula também já foi condenado pela 2ª instância.

Em 2016, a PF vasculhou dez anos das finanças de Lulinha e não encontrou corrupção. “Frente às informações prestadas ao fisco federal, demais dados apresentados para exame, foi constatado que evolução patrimonial do sr Fábio Luis Lula da Silva formalmente compatível com as sobras financeiras correspondentes, no período compreendido entre os anos de 2004 2014”, apontou o laudo na época.

Além de Lulinha, a PF queria a prisão de dois sócios do filho do ex-presidente: Kalil Bittar e Jonas Leite Suassuna.

A justificativa para a prisão, de acordo com o delegado Dante Pegoraro Lemos, aponta para a necessidade de impedir "nova ação imediata de envolvido", destacando que já teriam oportunidade de arquitetar, comandar ou participar de "possível ação de ocultação ou destruição de provas quando da deflagração da 24ª fase da Lava-Jato, em março de 2016".

O Minstério Público Federal, que se posicionou contra a prisão. E a juíza concordou com os procuradores. Segundo ela, não haveria necessidade de decretação de prisão temporária visto que alguns deles já foram alvos de buscas e apreensão há mais de 3 anos e já possuem ciência de que são alvo de investigações.

Caminhoneiros confirmam início da greve às 6h do dia 16: “Vamos parar o Brasil”

"Nós temos um governo que só fez nos enganar. Muitas mentiras, promessas antes da campanha. E o que foi que ele fez para nós? Nada. Como vocês podem acreditar num homem desses?", afirma em vídeo caminhoneiro convocando para a paralisação contra os 11 aumentos consecutivos do diesel

Brasil 247, 10/12/2019, 21:39 h Atualizado em 10/12/2019, 22:06

Pelo Whatsapp um grupo de caminhoneiros autônomos confirmou uma paralisação nacional a partir das 6h do dia 16 de dezembro, próxima segunda-feira, que deve atingir cerca de 70% da categoria.

“Nós temos um governo que só fez nos enganar. Muitas mentiras, promessas antes da campanha. E o que foi que ele fez para nós? Nada. Só virou as costas para os caminhoneiros. Como vocês podem acreditar num homem desses?”, afirma em vídeo o caminhoneiro identificado como Genivaldo, de Itabaiana (BA), indagando antigas lideranças que teriam sido cooptadas pelo governo Jair Bolsonaro.

“Todas as lideranças estavam a favor da paralisação. Alguma coisa aconteceu que todo mundo se calou, como o Chorão e o Júnior de Ourinhos. Não sei se está bom para eles. Mas para nós não está”, afirma.

Em outro depoimento Sergio Bucar lembra os 11 aumentos consecutivos de gasolina, óleo diesel e gás de cozinha e também pede o apoio da população. “Convoco a população brasileira. Vamos parar o Brasil. Queremos que na segunda-feira dia 16 às 6 horas da manhã já esteja tudo parado “, diz o caminhoneiro.

Continue lendo na Revista Fórum.

TSE aprova criação do partido de esquerda Unidade Popular

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, nesta terça-feira (10), a criação do partido Unidade Popular (UP). A legenda será a 33ª com registro na Justiça Eleitoral. Em manifesto publicado em uma rede social, o partido se define como socialista e defende a justiça social

Brasil 247, 10/12/2019, 22:14 h Atualizado em 10/12/2019, 22:29

Agência Brasil - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, nesta terça-feira (10), a criação do partido Unidade Popular (UP). A legenda será a 33ª com registro na Justiça Eleitoral.

De acordo com o TSE, o novo partido cumpriu os requisitos exigidos pela lei, como apresentação de 497 mil assinaturas de apoiadores que não são filiados a nenhum partido.

De acordo com a página da UP na internet, o partido é ligado a movimentos que atuam em defesa da moradia popular e propõe a nacionalização do sistema bancário, o controle social dos meios de produção e o fim do monopólio privado da terra. No campo da educação, os integrantes da UP defendem a educação pública gratuita em todos os níveis e o fim do vestibular e de qualquer processo seletivo.

Com a aprovação, a Unidade Popular poderá participar das eleições municipais de 2020.
Desbancando Eduardo Bolsonaro, PSL oficializa indicação de Joice para a liderança da Câmara

Oficialmente, a Secretaria-Geral da Câmara precisa reconhecer a suspensão dos 14 parlamentares, incluindo o deputado Eduardo Bolsoanro (SP), para que Joice assuma a liderança da bancada.

‘Moro de saias’ é cassada por caixa dois e abuso de poder econômico

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou hoje (10) a favor da cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) por abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições do ano passado

Brasil 247, 10/12/2019, 23:22 h Atualizado em 10/12/2019, 23:35
 (Foto: Geraldo Magela)

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou hoje (10) a favor da cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) por abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições do ano passado.

Até o momento, cinco dos sete ministros que compõem o plenário votaram pela cassação da senadora e dois suplentes que formaram a chapa. Faltam dois votos. A Corte ainda deve decidir nesta noite se novas eleições serão convocadas pela Justiça Eleitoral do Mato Grosso.

Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Mato Grosso cassou o mandato da senadora pela suposta omissão de R$ 1,2 milhão na prestação de contas da campanha do ano passado. Porém, Selma Arruda e seus suplentes puderam recorrer ao TSE.

Durante o julgamento, o advogado Gustavo Bonini Guedes, representante da senadora, afirmou que a parlamentar não praticou caixa dois e abuso de poder econômico. 

"A senador Selma Arruda foi eleita com base nas plataformas de combate à corrupção, que sempre defendeu como juíza no Mato Grosso, determinado a prisão de presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador", disse a defesa.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Desigualdade derruba Brasil em Índice de Desenvolvimento da ONU

País tem a segunda maior concentração de renda do mundo!

Conversa Afiada,  09/12/2019
São Paulo: em primeiro plano, o bairro de Paraisópolis. Ao fundo, o Morumbi, um dos bairros mais caros da cidade (Créditos: Vilar Rodrigo/Wikimedia Commons)

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou na manhã desta segunda-feira 9/XII a nova edição de seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O ranking, calculado anualmente pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), leva em consideração fatores como emprego, saúde e acesso à educação e distribui, para cada país, uma pontuação de 0 a 1 - quanto mais alto, mais desenvolvido.

Neste ano, o Brasil alcançou um IDH de 0,761. Trata-se de um aumento ínfimo de 0,001 em relação ao ano passado - para além disso, o país caiu uma posição no ranking: da 78a colocação para a 79a, em um total de 189 nações.

Assim, o Brasil fica próximo de outros países de altíssimo nível de desenvolvimento - superpotências como a Bósnia e Herzegovina (0,769), Granada (0,763) e a Macedônia do Norte (0,759).

De acordo com o relatório da ONU, o IDH brasileiro cresceu, em média, 0,78% ao ano nos últimos 18 anos.

O PNUD também calculou um IDH "ajustado às desigualdades" - um segundo índice que mede a distribuição desigual dos recursos do desenvolvimento humano.

É aí que o Brasil se destaca de verdade!

Como o amigo navegante do Conversa Afiada sabe, a desigualdade cresceu no Brasil após o Golpe dos canalhas e canalhas em 2016.


Nesse "IDH da má distribuição", o Brasil acumula 0,574 pontos e ocupa a 102a posição!

Quase 33% de todas as riquezas produzidas no Brasil estão acumuladas nas mãos do 1% mais rico da população - é a segunda maior concentração de renda do mundo, atrás apenas do Catar!

Enquanto os mega-ricos vivem como os sheiks de um petro-emirado, a maior parte da população vive entre a Zâmbia e o Lesoto...

E, se depender do Bolsonaro, isso ainda vai piorar...

Em tempo: os países no topo do ranking da ONU são a Noruega (0,954), Suíça (0,946) e a Irlanda (0,942).

Marcos Coimbra: em um ano, Bolsonaro definhou!

Presidente termina 2019 tão Bolsonaro quanto antes...

Conversa Afiada, 09/12/2019
(Créditos: Divulgação/ABr)

O Conversa Afiada reproduz, da Carta Capital, artigo de Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi:

Entramos no décimo segundo mês do governo (?) do ex-capitão Jair Bolsonaro. Daqui a alguns dias, seu primeiro ano estará concluído. Sem foguete, sem retrato e sem bilhete.

Não houve surpresas na política em 2019. O que se podia esperar de ruim aconteceu. Nada de bom fez com que reconsiderássemos as expectativas sombrias do início do ano. Talvez haja nisso exagero. No lado da ruindade houve, sim, imprevistos. Quem conseguiria imaginar que o péssimo ministério do início pudesse piorar? Foi o que aconteceu. Todos os ministros que saíram cederam lugar a gente ainda mais desqualificada. Afundou a abissal qualidade.

No fim de seu primeiro ano, Bolsonaro está tão Bolsonaro quanto antes. A mesma grosseria, a mesma mesquinhez, a mesma incapacidade de qualquer gesto de grandeza, a mesma falta de inteligência e educação. Sua equipe é constituída por gente tosca e despreparada. O nível é tão baixo que há quem suponha que eles se entretêm com um jogo perverso: descobrir até onde podem descer, até que ponto podem chegar na afronta aos sentimentos e valores da maioria.

De acordo com as pesquisas, passado um ano, o ex-capitão lidera o ranking dos piores presidentes que o Brasil conheceu. Sozinha, a proporção daqueles que o avaliam desta forma equivale à soma do segundo e terceiro colocados, Fernando Collor e Dilma Rousseff. A situação de um cidadão em início de mandato que tem uma rejeição igual à soma de dois presidentes que foram depostos não pode ser boa.

O tamanho do núcleo que o apoia na sociedade diminuiu mês a mês. Bolsonaro não foi apenas incapaz de atrair novos simpatizantes, mas de preservar o patrimônio que uma vitória eleitoral costuma assegurar. Perante a opinião pública, chefiar o governo não somente não o fortaleceu, mas o enfraqueceu.

Resta-lhe a avaliação efetivamente positiva de algo perto de 15% da população. É essa a parcela que gosta dele e aprova suas políticas mais importantes, para a saúde, a educação, a valorização do salário mínimo, a geração de empregos, o meio ambiente. É a mesma proporção daqueles que consideram que o governo cuida e projeta uma boa imagem internacional do País.

No fundo, existir um em cada dez cidadãos que aplaude o governo é extraordinário. Que cabeça é essa de quem aceita os despropósitos cometidos na educação, no meio ambiente e na cultura? O que pensa quem não se envergonha dos fiascos e das declarações estapafúrdias do ex-capitão?

Ao terminar o ano, o que sustenta Bolsonaro é apenas o tempo. A maioria da população, indiferente à política e mal informada, acha que é cedo para decretar que ele não presta. Se o tempo de governo não fosse ainda pequeno, as cobranças seriam maiores e menor a paciência. A incompetência não seria desculpada como fruto da inexperiência ou da “novidade”.

O problema com esse tipo de capital é que ele decai a cada dia e é impossível renová-lo. O tempo passa e nunca dão certo as tentativas de ganhar mais algum.

Logo depois da eleição de 2018, o Datafolha fez uma pesquisa e constatou que a maioria dos brasileiros, mesmo quem não havia votado em Bolsonaro, esperava melhoras em dois aspectos: na economia, com a retomada do desenvolvimento, e na segurança, com a redução da criminalidade. Até agora, nada disso aconteceu.

A melhora na economia não é algo que precisa ser explicado. Ou é uma constatação que decorre da experiência concreta das famílias, de seus bons empregos, dinheiro no bolso, casa própria e comida na geladeira ou é conversa fiada. Com a política econômica do governo, a chance de que uma melhora verdadeira aconteça nos três próximos anos é perto de zero. Os crédulos, entre os quais se perfila a mídia, que esperem o improvável futuro no qual o modelo dará certo, enquanto engolem os sapos que o ex-capitão despeja.

Coisa semelhante vale na segurança pública. Bolsonaro e sua turma engrossam a voz e fazem arminha, mas não têm a menor capacidade ou vontade de enfrentar a criminalidade. Só o que podem exibir são fotos de pistolas na cintura e a imagem desbotada de um ex-juiz que alguns acham respeitável.

Tudo considerado, que Bolsonaro e seus amigos comemorem 2019, pois os anos que vêm pela frente lhes serão mais desfavoráveis. A menos, é claro, que o Exército resolva dar um golpe e entronize o ex-capitão. É ridículo, mas não impossível.

O significado do pedido de desculpas

Quem aprova Bolsonaro? Os brancos e ricos!

Datafolha: mulheres, jovens e negros avaliam governo como ruim ou péssimo!

Conversa Afiada, 09/12/2019
Manifestantes pró-Bolsonaro em Brasília, 27/05/2019 (Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Datafolha divulgou neste domingo 8/XII sua pesquisa sobre a aprovação da população ao governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com o levantamento, 30% acreditam que o governo Bolsonaro é ótimo ou bom. 32% consideram o governo regular, e 36% ruim ou péssimo.

Quando indagados qual nota de zero a dez dariam ao trabalho de Bolsonaro, a média concedida pelos entrevistados foi de 5,1 pontos.

À beira da reprovação, portanto.

Mas... Quem aprova Bolsonaro?

Quem acredita em suas promessas, seu programa de governo?

Segundo o Datafolha, a aprovação do presidente entre os mais pobres é apenas metade da observada entre os mais ricos: entre os entrevistados que ganham até dois salários mínimos por mês, 22% dizem que o governo Bolsonaro tem desempenho ótimo ou bom. Entretanto, entre os mais ricos - renda superior a cinco salários mínimos por mês - esse índice salta para 44%.

Já a desaprovação é de 43% entre os entrevistados de baixa renda e 28% entre aqueles que ganham acima de dez salários mínimos mensais.

Entre os que avaliam o governo de Jair Bolsonaro como ótimo ou bom estão 35% dos homens, 35% das pessoas com ensino superior, 37% dos brasileiros brancos, 39% dos evangélicos neopentecostais, 40% dos moradores do Sul e 58% dos que se declaram "empresários".

Bolsonaro, afinal, faz um governo para os ricos: perdoa as dívidas dos bilionários, fala fino com os bancos, diz que é difícil ser patrão no Brasil, promove uma política neoliberal que perpetua a desigualdade...

E os segmentos que avaliam o governo como ruim ou péssimo?

São 41% das mulheres, 41% dos brasileiros mais jovens (16 a 24 anos), 46% dos pretos e pardos, 48% dos desempregados, 50% dos indígenas, 50% dos moradores do Nordeste e 55% dos seguidores de religiões de matriz africana.


Reprodução: Folha de São Paulo

Em tempo: o Datafolha também questionou os entrevistados a respeito da confiança em Jair Bolsonaro. Apenas 19% dos brasileiros confiam no que o presidente diz. 37% confiam às vezes e 43% nunca confiam.

Leia também:
registrado em:

Aprovação de Moro despenca em um ano!

Datafolha: avaliação positiva de ministro caiu 10% em oito meses

Conversa Afiada, 09/12/2019
(Créditos: Valter Campanato/Ag. Brasil.)

O Conversa Afiada mostrou neste domingo 8/12 que, segundo o Instituto Datafolha, 30% dos brasileiros aprovam e 36% desaprovam o governo Bolsonaro.

A nota média concedida ao governo do Jair Messias, de zero a dez, é de apenas 5,1 pontos - se fosse uma sala de aula, Bolsonaro estaria à beira da reprovação!

Bolsonaro governa para os brancos e para os bancos: segundo o Datafolha, a aprovação ao governo concentra-se entre os homens brancos, moradores do Sul, com renda superior a cinco salários mínimos.

O presidente virou um animador de sua própria plateia, como definiu Leonardo Sakamoto em seu blog.

O Datafolha também divulgou os índices de aprovação dos ministros do governo Bolsonaro.

O ministro da Justissa Sérgio Moro, o ex-Judge Murrow, por exemplo, foi avaliado como ótimo ou bom por 53% dos entrevistados. Outros 23% o consideram regular e 21% o avaliam como ruim ou péssimo.

Ele é mais popular que o próprio presidente Bolsonaro, portanto.

A avaliação positiva de Moro, entretanto, está em queda livre desde a primeira pesquisa do Datafolha sobre o tema, no início deste ano.

Em abril de 2019, o Datafolha revelou que 63% dos brasileiros avaliavam Sérgio Moro de forma positiva.

Em julho, o mesmo instituto revelou um total de 55% de ótimo ou bom - uma queda que pode ser explicada pelo início da divulgação das reportagens da Vaza Jato do Intercept Brasil, que escancararam os bastidores da Operação Lava Jato.

Em setembro, a aprovação de Moro teve nova queda e chegou a 54%.

A avaliação atual - 53% - corresponde, assim, a uma queda de 10% em oito meses!

Ou seja: não adiantou em nada espalhar aqueles outdoors pró-Moro pelo Brasil!

Os que aprovam o trabalho de Sérgio Moro são 88% dos que avaliam o governo Bolsonaro positivamente, 73% dos que têm renda familiar superior a dez salários mínimos, 64% dos moradores do Sul, 59% dos homens, 58% dos maiores de 60 anos e 61% dos brancos e brancas.

O Datafolha entrevistou 2.948 pessoas em 176 municípios de todo o país, entre os dias 5/XII e 6/12.

Em tempo: segundo o Datafolha, Moro possui a melhor avaliação entre os ministros de Bolsonaro. Em seguida, vem a ministra Damares (43%), Paulo Guedes (39%) e Abraham Weintraub (34%). Ricardo Salles, do Meio Ambiente, possui apenas 27%.

Conteúdo relacionado:

Estudo mostra que Bolsonaro e Moro usam máquinas de manipulação de redes sociais

Moro volta a atacar o STF por libertação de Lula: "parece que a Justiça não existe"

Defesa de Lula rebate PGR e cobra que STF julgue suspeição de Moro

2022: Lula no páreo contra Bolsonaro ou Moro