sábado, 15 de abril de 2017

PGR vai pra cima do Temer

E os R$ 10 milhões, Michel Temer?

Conversa Afiada, 15/04/2017

Da Fel-lha:

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm a primeira etapa de investigação traçada para tentar comprovar os relatos de delatores da Odebrecht de que houve pagamentos de caixa dois e propina em dinheiro vivo a políticos. 

(...) A PF vai solicitar, por exemplo, o registro de controle de entrada no dia 28 de maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, onde vive o hoje presidente Michel Temer.

O pedido faz parte de diligências sugeridas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, na investigação sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de receber propina.

Naquele data de maio de 2014, ocorreu jantar em que Temer e Padilha teriam discutido com Marcelo Odebrecht doação ao PMDB em 2014 –o valor entregue teria sido de R$ 10 milhões, em espécie.

A polícia vai ainda atrás de informações sobre possíveis encontros do ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares com Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia, outro apontado como destinatário de propina em dinheiro vivo. A PF vai pedir registros dos acessos ao ministério e ao Senado.

Também receberam recursos desta maneira, por meio de intermediários, segundo os delatores, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), entre outros. 

(...) O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer e personagem do episódio dos R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, será chamado a depor.

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