247 – A defesa do publicitário João Santana e de sua mulher e sócia, Mônica Moura, apresentou ao juiz Sérgio Moro, que comanda os processos da Lava Jato em primeira instância, dez motivos que justificariam a soltura do casal.
Entre as razões, os advogados Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalvez Perez, que assinam a petição, argumentam que os dois marqueteiros, que trabalharam nas duas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, de Lula, em 2006, e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), "foge completamente ao perfil de investigados" na operação.
"Não são nem nunca foram funcionários públicos, não têm nem nunca tiveram contratos com o poder público, não são nem nunca foram operadores de propina ou lobistas", sustenta a defesa no documento encaminhado ao juiz.
"São empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional, e, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada", argumentam ainda.
Os dois foram presos na quarta-feira 24, no âmbito da 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. Na última sexta-feira 26, Sérgio Moro revogou a prisão temporária dos dois por mais cinco dias. O prazo vence nesta quinta-feira 3. Confira aqui a íntegra do documento apresentado pela defesa de João Santana e Mônica Moura, divulgado pelo blog de Fausto Macedo.
Os advogados do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, enviaram hoje (2) um novo pedido pela liberdade do casal ao juiz federal Sérgio Moro. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz na semana passada, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.
Após a detenção, o casal prestou depoimento em Curitiba, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná. A defesa já havia pedido a revogação das prisões logo após os depoimentos prestados na semana passada.
Na sexta-feira (26), o juiz Moro prorrogou a prisão de Santana e de Mônica por cinco dias, atendendo a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Segundo a PF, há indícios de que o publicitário João Santana recebeu R$ 4 milhões da empreiteira Odebrecht no Brasil e os documentos apreendidos contradizem a versão apresentada pelo casal nos depoimentos. A suspeita é que o dinheiro tenha origem no esquema de desvios na Petrobras.
Na decisão, Moro disse que João Santana e Mônica Moura não explicaram, nos depoimentos na Polícia Federal, os motivos pelos quais a Odebrecht teria feito pagamentos a eles pela participação em campanhas eleitorais na Venezuela e em Angola.
Em defesa do casal, os advogados argumentam ainda que Santana e Mônica “são empresários de renome do marketing político brasileiro e internacional e que, se cometeram algum pecado, foi o de receber recursos lícitos, fruto de trabalho honesto, em conta não declarada no exterior, crime que, nem mesmo neste egrégio Juízo, costuma sujeitar o réu ao cumprimento de prisão antecipada”.
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