Depois da aprovação da Lei da Ficha Limpa imaginei que haveria uma mudança significativa com relação a compra de votos, mas não foi isso que aconteceu nas eleições de 2012.
Houve candidaturas, Brasil afora, que alcançaram cerca de 10% a mais de votos, pura e simplesmente com a compra de votos, do sábado para o domingo, com a utilização vergonhosa de cestas básicas e através do dinheiro em espécie.
Fiquei sabendo que algumas pessoas não tiveram o mínimo de remorso ou medo de oferecer lotes de votos, como outra mercadoria qualquer. E o pior, de forma pública.
Antes, acusávamos o candidato de compra de votos. Agora, é o próprio eleitor, que vende seu voto. Tive a informação de que numa mesma casa, com apenas três eleitores aptos a votar, o faturamento chegou a mil e seiscentos reais. A explicação dada é que os mesmos votos foram vendidos para vários candidatos. É comum os candidatos enganarem os eleitores, mas o contrário é novidade!
A meu ver, em casos comprovados, o eleitor também comete crime eleitoral e merece ser punido!
Por falar nisso, não consigo entender por que um candidato, gasta numa campanha mais do que ele faturará nos quatro anos, na hipótese de ser eleito.
Do jeito que a coisa vai, a eleição virou um "negócio" e que, salvo alguns nomes, massificados e realmente comprometidos com os interesses da maioria da sociedade, só serão eleitos os que tiverem dinheiro para investir altas somas na campanha.
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