23/5/2012 12:42,
Por Redação, com Portal Vermelho – de Brasília
O contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlos Cachoeira,
se valeu na terça-feira, do direito constitucional de não produzir
provas contra si mesmo. Ele permaneceu calado durante a sessão da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações
obscuras que ele mantinha com agentes públicos e privados. O relator da
comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que o silêncio de Cachoeira não vai “calar” ou “impedir” os trabalhos da CPMI.
- Quem cala, consente. Quando ele vem aqui e não fala, aumenta a tensão e as informações sobre ele acabam sendo verdadeiras. O silêncio do contraventor não vai calar a comissão. A estratégia de defesa não inviabiliza os trabalhos da CPMI. Nós temos determinação clara, instrumentos variados para garantir que a investigação prossiga – avaliou Odair Cunha.
O relator disse que a comissão vai analisar uma nova convocação para ouvir o contraventor, mas, segundo Odair,
não há garantia que Cachoeira fale na próxima oitiva. Ele argumentou
que não se pode esperar “que um chefe de quadrilha, um bandido bem
informado, bem orientado pelos seus advogados, fale em um depoimento que
o incrimina”. Odair Cunha declarou que muitos questionamentos não foram
feitos “para não dar o ouro ao bandido”.
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