sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

As razões da partidarização da mídia

O que explica tamanha radicalização da mídia na sua partidarização direitista? Afinal, os governos Lula e Dilma não promoveram transformações estruturais no Brasil, não afetaram os interesses econômicos das elites dominantes. No máximo, eles realizaram um “reformismo brando”, com alguns avanços sociais e a ampliação da democracia. Apesar da neurose dos “midiotas”, o país não tem nada de “bolivariano” e, muito menos, de socialista. Os ricos seguem ganhando muito dinheiro – que o digam os três filhos de Roberto Marinho, que figuram no topo do ranking da revista Forbes como os maiores bilionários brasileiros. Eles também mantêm seus privilégios, suas contas secretas em paraísos fiscais e a sua sonegação criminosa de imposto – inclusive os barões da mídia.

O ódio visceral dos barões da mídia têm razões políticas e econômicas. Ele já se manifestou em outros momentos da história do Brasil – como na cruzada que levou ao suicídio do “trabalhista” Getúlio Vargas, na campanha contra o “desenvolvimentista” Juscelino Kubitschek ou no golpe militar que derrubou João Goulart em 1964. A chamada “grande imprensa” nunca aceitou governos comprometidos com os anseios populares e com o projeto de desenvolvimento da nação – mesmo os oriundos de dissidências na burguesia. Ela sempre se comportou como um instrumento partidário da oligarquia mais reacionária, egoísta e entreguista. Daí sua histórica defesa do receituário ultraliberal, sua satanização dos movimentos sociais e seu doentio complexo de vira-lata diante dos EUA.

No caso do ex-presidente Lula, a este fator político é preciso acrescentar uma razão de classe. Os barões da mídia nunca toleraram a chegada ao Palácio do Planalto de um retirante nordestino, peão e líder grevista. Na sua mentalidade escravocrata, o trabalhador é para trabalhar. Não é para pensar e muito menos para governar um país da dimensão do Brasil. Para eles, é natural – quase sagrado – que FHC frequente a mansão de um “amigo” em Paris e seja proprietário de um apartamento de luxo em Higienópolis; é justo que Aécio Neves use um jatinho oficial para dar carona para celebridades globais e que até construa um aeroporto na fazenda do seu tio-avô no interior mineiro. Já o peão não pode ter um apartamento na praia e nem um pedalinho ou canoa de metal. Já no caso da presidenta Dilma Rousseff, é preciso acrescentar a questão do machismo – tão presente na sociedade brasileira deformada pela mídia.

O fator político, porém, não é o único motivo da imprensa para a sua radicalização partidária. Os barões da mídia não dão ponto sem nó. Eles seguem com as suas fortunas, alienando os brasileiros e explorando a mão de obra barata de seus jornalistas – inclusive daqueles que chamam o patrão de companheiro. Mas eles percebem que seu modelo de negócios está em declínio, em decorrência da explosão da internet e da própria perda de credibilidade dos seus veículos. Muitos jornais já faliram ou tiveram quedas vertiginosas de tiragem. A Folha de S.Paulo, o maior diário do Brasil, despencou de um milhão para menos de 200 mil exemplares. As revistas estão em decadência, inclusive a asquerosa “Veja”. As audiências da tevê derretem a cada dia. No ano passado, por exemplo, a TV Globo perdeu 7% do seu faturamento em publicidade. Diante deste cenário dramático, a eleição de um "governo-amigo" seria vital para reerguer o setor!

“Sangrar” Dilma e “matar” Lula

Essa cavalgada golpista, porém, não conseguiu depor o governo democraticamente eleito pela maioria dos brasileiros. No final do ano, a oposição midiática e partidária sofreu duros revezes. O herói dos fascistas mirins, o correntista suíço Eduardo Cunha, foi desmascarado na sua manobra diversionista para escapar da cassação e da prisão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) finalmente pediu seu afastamento da presidência da Câmara Federal. Já o Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a uma solicitação da bancada do PCdoB, abortou a sua “comissão especial do impeachment”. Para fechar o ano goleando a mídia e os “midiotas”, os movimentos sociais demonstraram maturidade e unidade e organizaram gigantescos atos contra o golpismo e em defesa da democracia.

Mas, como já foi dito, a mídia monopolista chegou a um ponto de não-retorno. Com o desgaste temporário da tese do impeachment, ela adota uma nova tática, que consiste em “sangrar” Dilma e “matar” Lula. Atuando como um partido coeso e centralizado, que lembra a rígida disciplina militar, ela agora pauta a sua linha editorial no esforço para desgastar diuturnamente o governo, inclusive jogando no pessimismo e na paralisação econômica do país, e para evitar o risco do retorno do carismático líder petista nas eleições presidenciais de 2018. Nesta cruzada insana, a imprensa nativa bate recordes mundiais de cretinice e imundices. Vale tudo: o tríplex que não é de Lula, a sítio do amigo, os pedalinhos, o “iate” de latão comprado por R$ 4 mil pela ex-primeira-dama.

Eduardo Cunha, o correntista suíço, é poupado pela mídia falsamente moralista e segue com suas tramoias para evitar a cassação e a prisão. Aécio Neves, o “chato” que recebeu “um terço” do esquema de propina de Furnas, é tratado como santo. Geraldo Alckmin, o governador paulista que espanca estudantes e frauda merendas escolares, desaparece das páginas dos jornais e das telinhas da televisão. A forte blindagem aos tucanos confirma uma piada que circula pelas redes sociais: basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado, condenado e, muito menos, preso! Mas o contexto de adversidades não permite brincadeiras. A tática midiática de “sangrar” Dilma e “matar” Lula tem impacto no imaginário popular e terá reflexos das próximas contentas eleitorais.

Como enfrentar a mídia golpista?

Por Altamiro Borges

Não foi só Aécio Neves, o cambaleante tucano, que até hoje não engoliu a surra nas urnas em outubro de 2014 - a quarta consecutiva da oposição neoliberal no país. A mídia monopolista, controlada por sete famílias feudais, também não se conforma com a derrota. Ela fez de tudo para desgastar o governo Dilma e para blindar o senador mineiro-carioca, mesmo desconfiando do seu estilo playboy. A capa criminosa da “Veja”, a revista do esgoto, na véspera do segundo turno, foi o ápice desta cruzada para evitar a reeleição da petista, servindo de panfleto aos cabos eleitorais do presidenciável do PSDB. O nível das baixarias da campanha eleitoral já indicava que a guerra midiática era um caminho sem volta, que a partidarização da mídia chegara a um ponto de não-retorno.

A expressão de desalento de Willian Bonner ao confirmar a derrota de Aécio Neves na telinha da TV Globo foi a senha do que viria na sequência. Desde a sua posse para o segundo mandato, em janeiro de 2015, Dilma Rousseff não teve um segundo de paz e tranquilidade. A mídia partidarizada pautou as siglas da oposição, que se transformaram em meros apêndices – sem vida própria, sem rumo e sem projeto para o Brasil. O show pirotécnico da Operação Lava-Jato, com suas prisões arbitrárias, suas “delações premiadas e premeditadas” e seus vazamentos seletivos, virou o aríete dos moralistas sem moral. Não é para menos que o juiz-carrasco Sergio Moro ganhou as capas das revistonas e foi premiado como “o brasileiro do ano” pela imaculada famiglia Marinho.

A mídia ressuscitou o moribundo Tribunal de Contas da União (TCU), que nunca teve espaço em seus veículos, com o intento de fustigar o governo reeleito. Ela também deu guarita aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar as contas da campanha vitoriosa. Além de utilizar os aparatos de hegemonia do Estado, ela instigou os recalcados com os avanços sociais a rosnarem pelo impeachment de Dilma e pela volta dos militares ao poder. Jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão convocaram escancaradamente as quatro marchas golpistas do ano passado. Após chocar o ovo da serpente durante vários anos, a mídia conseguiu tirar os fascistas do armário e lotar as ruas numa cruzada conservadora e de ódio sem precedentes na história recente do país.

Ministro da Justiça diz que Lula se comporta com "absoluta lisura"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Moro autoriza PF a abrir inquérito sobre Lula

No término do processo, três fatos saltarão aos olhos: não serão encontradas irregularidades, o dinheiro da sociedade foi jogado fora e fez-se mas um ataque a Lula

Juiz federal Sérgio Moro autorizou a Polícia Federal a instaurar um inquérito separado para investigar as reformas do sítio de Atibaia, frequentado pelo ex-presidente Lula e sua família; investigação será sigilosa; "Este Juízo não tem óbices à efetivação do desmembramento requerido pela PF", afirmou Moro ao autorizar a nova investigação.

Novo inquérito foi assinado por Moro no último dia 4, mas foi registrado no sistema da Justiça Federal do Paraná nesta terça-feira, 9.

O Instituto Lula afirmou que o ex-presidente nunca escondeu que frequenta o sítio em dias de descanso, que não há nada ilegal nestes fatos, e que não servem para vincular o ex-presidente a qualquer espécie de suspeita ou investigação.

O PiG é o mosquito do Brasil

Americanos virão, sim, para as Olimpíadas do Rio !
(Imagem: de Belinha, no twitter)


De Fernando Brito, no Tijolaço:
Durante várias horas, ontem, os grandes sites reproduziram uma nota da Reuters de que o Comitê Olímpico dos EUA teria “liberado” os atletas daquele país para não comparecerem aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. por conta do vírus zika.

Foi preciso que o próprio o porta-voz da entidade, Patrick Sandursky fosse aos jornais negar “com veemência” a falsa informação, horas depois.

Não é possível que, a quatro meses das Olimpíadas no Rio, as redações não tenham o e-mail ou o telefone do Comitê Olímpico dos EUA. Ontem, carnaval aqui, é dia normal nos Estados Unidos. Simples checar a informação,que seria gravíssima, pelo simples fato de serem os norte-americanos a principal força esportiva dos Jogos.

Seria como o Corinthians, o Flamengo ou o Atlético Mineiro anunciarem que não disputariam o Brasileirão.

Mas, para quê?

É contra o Brasil e é contra o Rio (o que ainda é mais “saboroso” para quem detesta “esta bagunça” daqui…). E a turma do vira-latismo sai a latir sua zica ao país. Zica, com “c”, a antiga: do azar, infortúnio crônico e repetitivo.

Ninguém nega a preocupação e a necessidade de se combater um surto que acontece no Brasil e em mais 30 países, tanto que o pedido de US$ 2 bilhões pedidos por Barack Obama ao congresso para ações contra a doença são 80% destinados à prevenção interna e a pesquisas e apenas 20% para ações no exterior – e não se duvide que a Colômbia (amiga preferencial), o Caribe e o México (vizinho incômodo) serão os principais destinos de seu apoio financeiro, porque são os que mais ameaçam o território continental norte-americano.

Como em qualquer caso de saúde pública, mais ainda porque envolve a sanidade de fetos, todos devem colaborar, mantendo a serenidade e esclarecendo a população.

Mas não existe o clima de terror que se transmite nos jornais brasileiros.

Tanto é que o Carnaval no Rio “bombou” de turistas: até o sábado, a ocupação hoteleira estava, na média geral, em 82,2%, um aumento de 35% no comparativo com o mesmo período do ano passado. A expectativa é que esse número chegue a 85%, segundo a associação dos hoteleiros.

É 35% maior que no ano passado e nem se use o dólar para explicar, porque 70% dos hóspedes é do Brasil. É claro que os estrangeiros aproveitaram o câmbio favorável e o porto do Rio – ninguém me contou, vi pessoalmente – no domingo não tinha mais lugar para atracar, de tantos transatlânticos. Contei dez, da Ponte Rio-Niterói, mas a Secretaria de Turismo diz que eram 11. O número de desembarques no Carnaval é 85% maior que no ano passado: 130 mil passageiros, contra 70 mil em 2014.

A mídia brasileira virou um Aedes Egypti: suga e nutre-se das belezas do país e do trabalho e alegria de seu povo, mas inocula-lhe uma microcefalia que só faz ver aqui o fim do mundo, a mais desgraçada das terras, de onde o mundo inteiro foge, embora todos venham para cá: pessoas e capitais e voltem, sorrindo e felizes.

PS. Antes que os “contaminados” o digam: não se quer exterminar a mídia, até porque, pelos números da circulação dos jornais, parece que ela está fazendo isso sozinha.

Fonte: Conversa Afiada, 09/02/2016

Inserção de 2012 permanece atual


Advogado de Lula diz que o jornal Estado de S Paulo publica "novas mentiras" sobre seu cliente

Até quando essa mídia nojenta vai continuar se comportando assim?

247 – O advogado Roberto Teixeira, que defende o ex-presidente Lula, divulgou uma nota nesta segunda-feira 8 para rebater reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo intitulada "Topógrafo diz que fez alterações na área de propriedade", sobre o sítio em Atibaia usado por Lula e sua família.

O jornal, que já foi "cabalmente desmentido em relação ao que foi publicado no dia 04/02/2016 ('Compra de sítio em Atibaia foi lavrada em escritório de compadre de Lula'), segundo a defesa de Lula, volta a publicar "novas mentiras", desta vez "manipulando as palavras do topógrafo Claudio Benatti e misturando assuntos estritamente jurídicos com 'obras realizadas na propriedade'".

Leia abaixo a íntegra da nota:

Nota

Depois de ser cabalmente desmentido em relação ao que foi publicado no dia 04/02/2016 ("Compra de sítio em Atibaia foi lavrada em escritório de compadre de Lula"), o jornal O Estado de S.Paulo, que é dirigido por um conselho de credores, passou a atacar a minha atuação como advogado, buscando, claramente, fragilizar a defesa de meus clientes.

O jornal já tentou na mesma reportagem em que foi desmentido, qualificar-me como "empresário", atividade que jamais tive, pois nos últimos 46 anos me dediquei de forma ininterrupta à advocacia, tendo sido, inclusive, eleito pelos meus pares em duas oportunidades para exercer a presidência da Subsecional da OAB de São Bernardo do Campo (SP), além de ter sido presidente de banca do Exame de Ordem do Estado de São Paulo.

O jornal também mentiu ao afirmar que a compra do sítio "Santa Barbara" teria envolvido transação em dinheiro vivo no meu escritório. Demonstrei, através de documentos incontestáveis, que o preço foi pago integralmente por meio de cheques administrativos, sendo mendaz também essa versão do diário.

Na data de hoje (08/02/2016), o jornal publicou nova reportagem ("Topógrafo diz que fez alterações na área da propriedade") por meio da qual está, à toda evidência, manipulando as palavras do topógrafo Claudio Benatti e misturando assuntos estritamente jurídicos com "obras realizadas na propriedade". Como já disse anteriormente, já fiz a indicação do referido profissional a diversos clientes para dar suporte a trabalhos jurídicos envolvendo a conferência das dimensões de um imóvel ou a delimitação da propriedade. No caso concreto, o Sr. Benatti foi indicado exatamente para fazer o levantamento da área que estava sendo adquirida pelos meus clientes Fernando Bittar e Jonas Suassuna, no ano de 2010, quando prestei assessoria jurídica no processo de aquisição. Posteriormente, no ano de 2015, o mesmo profissional foi indicado apenas para subsidiar um estudo jurídico tendente à melhor divisão da propriedade. Ou seja, não houve qualquer atividade do profissional na propriedade no ano mencionado, como sugere a reportagem.

É mentirosa a afirmação de que o "topógrafo fez alterações na propriedade", uma vez que o trabalho por ele realizado teve por objetivo apenas dar suporte a providências jurídicas que estavam sob a minha responsabilidade como advogado. E este trabalho jurídico se restringiu à elaboração de documentos, como o contrato particular de compra e venda, a lavratura da escritura de compra e venda e um estudo jurídico visando a uma nova divisão da propriedade.

É lamentável a conduta do jornal, que se prestou a conceder suas páginas para a publicação de novas mentiras, como forma de tentar fragilizar a defesa jurídica dos meus clientes e retribuir o vazamento seletivo de documentos e informações, promovido de forma regular por autoridades descomprometidas com o Estado Democrático de Direito.

Roberto Teixeira

Fonte: Brasil 247, 08/02/2016

Os inimigos de Lula e os milhões de Silvas

A mentira, mesmo repetida todos os dias, não vencerá a verdade
*Jaime Amparo Alves

"Lula não é adversário, é inimigo. Ao adversário se estende a mão, reconhece-se a sua dignidade humana e se respeita as regras do jogo. Lula nunca foi aceito", analisa o antropólogo e professor Jaime Amparo Alves, em artigo para o 247.

"A Folha de S. Paulo investigou uma tal propensão genética da família Silva ao álcool, a Revista Veja já celebrou o 'câncer do presidente' e o Globo já apresentou Lula como presidiário em suas charges. Tudo isso sem falar na violência sanitarizada dos telejornais da Globo com seus apresentadores cinicamente consternados com a corrupção no país, enquanto a empresa segue mergulhada em fraudes fiscais", observa.

para o colunista, "Lula não é atacado porque fez menos do que o Brasil precisa, mas sim porque ousou arranhar a centenária estrutura hierárquica do país trazendo os pobres para o debate nacional". 

Leia a íntegra, acessando: Os inimigos de Lula e os milhões de Silvas

*Doutor em Antropologia Social pela Universidade do Texas em Austin e professor de sociologia e antropologia da City University of New York (CUNY/CSI)

Fonte: Brasil 247, 09/02/2016

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

BC quer recuperar R$ 7 bilhões de grandes devedores


Banco Central espera recuperar R$ 6,97 bilhões de grandes devedores da instituição até setembro deste ano. Na lista de devedores estão corretoras de câmbio, empresas de importação e exportação, times de futebol e pessoas físicas.

"Mas há também dívidas de maior valor provenientes de contratos celebrados no âmbito do Proer", informou o procurador-geral do BC, Isaac Ferreira. Criado em 1995 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional investiu cerca de 2,5% do PIB em bancos falidos, que nunca foram restituídos ao Tesouro.

Ações europeias caem a menor nível em mais de 2 anos


Ações europeias fecharam no menor nível em mais de dois anos nesta segunda-feira, 8, com investidores preocupados com a saúde dos bancos da região, além de temores sobre a desaceleração econômica global; índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 fechou com queda de 3,4%.

"Investidores estão começando a pensar que os bancos não são tão sólidos como antes de imaginava", disse o gestor de fundos da Anthilia Capital, Giuseppe Sersale, na Itália.

Furnas: Por que “não cola” a explicação de Aécio


Jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, relembra que Aécio Neves "fez aliança com o PT durante o primeiro mandato lulista e criou uma relação de absoluta proximidade", o que derruba o argumento do senador tucano de que não teria influência para indicar Dimas Toledo para a diretoria de Furnas, onde é acusado de ter comandado um esquema de propina.

Presidente do PT diz que "sem provas, querem converter Lula em vilão"

Eles já sabem que Lula concorrendo, não tem pra ninguém

Presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez duras críticas nesta segunda-feira, 8, ao que chamou de "tentativa de linchamento político e moral" contra o ex-presidente Lula.

"Nunca antes neste País um ex-presidente da República foi tão caluniado, difamado, injuriado e atacado como o companheiro Lula", afirmou.

"Inconformado com sua aprovação inédita ao deixar o governo, o consórcio entre a oposição reacionária, a mídia monopolizada e setores do aparelho de Estado capturados pela direita quer convertê-lo em vilão", disse Rui.

Para ele, escalada de denúncias contra Lula objetiva apenas inviabilizar sua candidatura em 2018.

O nobel que a grande mídia escondeu

Só porque ele se recusou a entrar no debate sobre impeachment

"Mobilizada por sua pauta única - alimentar o impeachment de Dilma Rousseff -, a maioria dos veículos de comunicação do País perdeu o interesse pela visita do Prêmio Nobel da Paz Kailasch Satyarti depois que, diplomaticamente, ele se recusou a entrar no debate sobre a saída da presidente", destaca Paulo Moreira Leite, editor do 247 em Brasília.

"Estudando os programas sociais brasileiros há mais de duas décadas, Kailasch é um especialista em trabalho infantil que não se cansa de elogiar os progressos do Brasil nesta área", acrescenta o jornalista.

Delírio do peguem o Lula é insano!

Que absurdo: Lula queria bibliotecas!


O Conversa Afiada reproduz serenas observações do Fernando Brito:

O delírio do “peguem o Lula” perdeu qualquer restinho de sanidade.

A Folha, no clima de “vale tudo, hoje é Carnaval”, lança hoje mais uma surpresa, destas que nos tempos da minha avó a gente poderia atribuir aos efeitos dos lança-perfume.

“Uma lei assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2010 estimulou uma nova linha de negócios de um dos donos do sítio frequentado pelo petista em Atibaia (SP)”

Aí você descobre que a tal lei (o jornal não especifica, mas a gente faz isso aqui: é a Lei 12.244/10), que obrigava, num prazo de dez anos, todas as escolas públicas a terem – vejam que absurdo! – uma bi-bli-o-te-ca!

A lei, formalmente proposta em 2003, pelo deputado tucano Lobbe Neto, teria um “gato” para beneficiar Jonas Leite Suassuna Filho, que tem negócios com um dos filhos de Lula: a inclusão da expressão ” “em qualquer suporte” para a contagem, ao lado de livros e vídeos, do número de títulos por aluno, que deveria o índice “estratosférico” de um por aluno matriculado!

A suposta “novidade” seria para beneficiar Jonas, que publica livros físicos e também em plataformas virtuais. E, aliás, é um dos principais fornecedores da Fundação Roberto Marinho, das Organizações Globo! E não consta que outros editores não estejam entrando ou não possam entrar num tipo de atividade que até o Cego Aderaldo vê que vai crescer.

Bem, isso não vem ao caso.

Voltemos, portanto, ao específico, para ver que o texto da Folha é um amontoado de sandices.

O relator do projeto no Senado, última etapa de sua aprovação, é quem acata ou rejeita emendas e era ninguém menos que Cristóvam Buarque, que até as pedras sabem ser ferrenho opositor de Lula, desde que foi demitido do Ministério da Educação.

E Cristóvam reclamou apenas de duas coisas no projeto: da demora em ser aprovado e do prazo de dez anos para o cumprimento da exigência.

A matéria é um delírio.

Basta uma consulta ao projeto original do deputado tucano para ver que lá já se previa como integrantes das bibliotecas, “coleção de livros, materiais videográficos e documentos congêneres destinados a estudo, consulta ou leitura recreativa”. Livro virtual é documento congênere, pois não? Aliás, se não houvesse a expressão “qualquer suporte”, não valeriam os livros infantis em CD ou DVD, preferidos pela criançada e muito mais adequados para as atividades coletivas de leitura e interpretação, por desobrigar de ter um exemplar para cada aluno.

E as enciclopédias teriam de ser em papel, como as minhas pobres Delta-Larrousse e Barsa, que preservo naquelas altíssimas prateleiras do guarda-roupas, porque me falta estante para a casa e casa para as estantes….

Aliás, bastaria o uso do bom-senso para lembrar que, em 2003, o acesso e o uso da internet não era 10% do que já se fazia em 2010 e muitos de nós ainda ouvíamos aquele barulhinho esquisito da conexão sendo estabelecida por linha discada, recordam? A Folha deve ter esquecido do “detalhe”.

Pior ainda: a possibilidade de negócios editoriais aberta pela lei não foi ampliada pelas modificações do projeto, mas reduzida. É que o projeto original tucano previa quatro títulos por aluno e não apenas um, como ficou no texto final. Pouco, porque na justificação, Lobbe Neto argumenta que a “proporção proposta pela Associação Americana de Bibliotecas (USA), é de dez livros por aluno”.

Por fim, a malícia de dizer que a lei foi “assinada” por Lula. O que deveria fazer o então presidente, vetá-la depois de aprovada pelo Congresso?

O furor acusatório contra Lula chegou às raias da loucura: canoa, pedalinho e, agora, bibliotecas escolares.

O que essa Lava Jato lavou mesmo, parece, foram as cabeças: lavagem cerebral coletiva, em escala nacional.

Fonte: Conversa Afiada, 07/02/2016

Eles não têm e nem terão provas do envolvimento de Dilma na corrupção


Antônio Roberto Espinosa, professor de Relações Internacionais da Unifesp e Dilma Rousseff, presidente da República

Poucas pessoas conheceram tão bem e tão de perto Dilma Vana Rousseff quanto Antônio Roberto Espinosa. Além de ser seu chefe na VAR-Palmares, organização a que ela aderiu ao fundir-se com a COLINA (Comando de Libertação Nacional), em 1968, ele era o melhor amigo de seu namorado e também dirigente nacional da organização clandestina, Carlos Araújo, conhecido por Max.

Em entrevista exclusiva ao 247, o hoje Professor do Curso de Relações Internacionais de Teoria do Pensamento Político da Escola Paulista de Política e Negócios da Unifesp conta que a imagem que a mídia tenta fazer da presidente, de que seria burra, não condiz com a realidade, já que na VAR ela era considerada intelectual demais, inclusive por Lamarca que se referia a ela como "teoricista".

Ele também conta que Dilma sempre foi correta com dinheiro, o que constatou quando tanto ela, quanto ele trocaram por moeda brasileira o montante de 1,5 milhões de dólares arrecadados com o roubo do cofre do Adhemar.

Espinosa afirma que o golpe, do qual a maioria do STF desembarcou, não deu certo porque seria necessário encontrar alguma culpa direta da presidente que até agora não foi e não será encontrada "porque ela não é néscia para entrar em esquemas e não precisa disso". Nem Max nem Dilma almejam, disse ele, passar um fim de semana de luxo e sim "entrar para a história".

Para ele uma parte da Procuradoria, Polícia Federal, do setor do Judiciário, de setores empresariais preteridos em concorrências públicas da mídia e alguns ministros do Supremo fazem parte de um grupo que querem tirar o mandato de Dilma. Parte do PSDB, do DEM, do PSB e também do PMDB está envolvida nisso. Eles têm dificuldade de concretizar o impeachment porque não conseguiram provas de envolvimento Lula e nem da Dilma. 

Ele também vê a Dilma como uma estranha no PT, diz que ela foi uma candidata circunstancial na falta de um nome. Um pouco antes ela assumira a Casa Civil e não foi néscia, burra, de continuar na linha que estava fazendo água. Nem ao Lula interessava que a Casa Civil fosse envolvida nisso. Ela não participou de esquemas. Estranha no ninho no universo eleitoral. Estranha no ninho no PT, na política também porque é mulher. 

Portanto, os golpista, eles não têm e não terão provas de envolvimento da Dilma em atos de corrupção.

Brasileiro da OMS diz que dengue é mais grave que chikungunya e zika juntos


Integrante do comitê de especialistas da OMS (Organização Mundial de Saúde), o virologista brasileiro Pedro Vasconcelos diz que "todos os países hoje sendo anunciados com zika também têm dengue e chikungunya. Há perda global da espécie humana para a espécie Aedes aegypti”.

Segundo ele, a principal questão deveria ser a crise da dengue: "A OMS estima a ocorrência de 300 milhões de infecções por dengue por ano, das quais 100 milhões com sintomas. Aproximadamente 50 mil doentes morrem por ano. A dengue é negligenciada. Parece banalizada no mundo todo. Mas é mais grave que chikungunya e zika juntos".

Siglas contestam lei que pode tirar Russomanno e Crivella das eleições

Porque querem os partidos livres para negociações, muitas vezes espúrias

Dirigentes de ao menos 33 partidos vão ao Supremo Tribunal Federal, logo após o Carnaval, contra resolução da Justiça Eleitoral que proíbe as agremiações de lançarem candidatos a prefeito e a participarem de alianças em cidades onde não haja diretório municipal registrado, segundo a colunista Natuza Nery.

Em São Paulo, o PRB de Celso Russomanno, líder nas pesquisas para a prefeitura, está cadastrado na Justiça Eleitoral com uma comissão provisória, o que inviabilizaria a candidatura; o mesmo acontece com o PRB no Rio, onde o partido trabalha para lançar o senador Marcelo Crivella à sucessão do peemedebista Eduardo Paes.

Detalhe, os partidos deveriam ser o que diz diz a lei, espaços de organização, discussão e formação política, mas os dirigentes nacionais e estaduais preferem nomear, ao sabor dos ventos, na maioria dos casos, as chamadas comissões provisórias, para ter sempre "o partido na mão" e, ainda usá-los para negociações espúrias.

Portanto, a medida tomada pelo Supremo pode ajudar na moralização política do País.  

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Constatação

PF suspeita que D. Marisa comprava presunto em vez de mortadela na padaria em Atibaia

Totonho

Para ombudsman, Folha protege Aécio na Lava Jato


Jornalista Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou neste domingo, 7, a falta de destaque do jornal à declaração do lobista Fernando Moura, de que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, recebia um terço do esquema de propinas montado em Furnas.

"A citação ao tucano apareceu com maior ou menor destaque na capa dos grandes diários, mas não deu as caras na "Primeira Página" da Folha", criticou.

Vera lembra que o senador tucano é o maior líder da oposição, "e nessa condição tem sido crítico contundente do governo petista a cada revelação trazida pelas investigações" e recomenda ao jornal dirigido por Otávio Frias Filho que "leve em conta as mudanças no país"

Quanto custa a caçada a Lula?


247 – O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, cobra transparência da Operação Lava Jato sobre os custos da investigação, que vêm sendo pagos pelo contribuinte. "Essa cobrança é ainda mais urgente quando se vê como está sendo gasto o dinheiro público", escreve ele em um texto publicado neste sábado 6.

"Quanto está custando a investigação em torno do já anedótico Sítio do Lula? Quantos agentes estão dedicados a essa tarefa? Quantos burocratas estão envolvidos? E então você vê uma canoa de 4 000 reais virar notícia. Ou seja: um ou mais policiais foram vasculhar lojas em busca de coisas ridículas como esta. Quanto custou isso?", questiona.

Ele pergunta ainda "quanto foi gasto na investigação sobre o apartamento" no Guarujá, que o Ministério Público Federal aponta ser de Lula, mas que o ex-presidente já negou. "Como tudo na vida, uma operação da Polícia Federal deve ter tempo para começar e tempo para terminar. Não pode prolongar-se até sabe-se lá quando. E deve obedecer também a orçamentos", defende Nogueira.

NY Times: zica chegou a NY antes do Brazil!

Tem a zica e a zica da Mara Gabrilli

Do New York Times:

Antes de chegar ao Brazil, o virus da zika chegou a Nova York. Trata-se de um misterio medico a explicar: 

Even before it reached Brazil, the Zika virus arrived in New York City. A global medical mystery explained.



A zika é uma tragédia mundial, que surgiu na Indonésia, aportou em Nova York antes do Brazil (é assim mesmo, amigo revisor - obrigado) e aqui faz milhares de vítimas, especialmente - não se sabe por que - em Pernambuco.

O Governo brasileiro tem feito esforços sobre-humanos para enfrentar a crise, com a mobilização da Presidenta Dilma, de forma incansável.

Os centros médicos de pesquisa do Brasil estão em contato com o eficiente NIH, o Oswaldo Cruz americano, para encontrar a vacina o mais rápido possível.

Essa é a zika.

Mas, tem a zika tucana, do PiG.

É a zika inoculada pela Dilma.

Como o impitim não deu certo, como os ataques furiosos ao Lula se transformaram numa ridicularia, como PiG vai fechar ... o jeito foi transformar a zica numa epidemia devastadora, que vai arruinar a Dilma e o lulopetismo do FHC.

Essa cruzada auto-destrutiva, desleal, politicamente desonesta se manifestou de forma solarmente clara na intervenção deseducada da cerrista Mara Gabrillino discurso da Presidenta Dilma, na abertura do ano legislativo: a culpa é da Dilma !

Os tucanos - de São Paulo - sobretudo - não sabem para onde correr.

Não sabem mais o que usar para destruir o lulopetismo.

Acabarão afogados num balde cheio de mosquitos.

Paulo Henrique Amorim, 07/02/2016

GILBERTO GIL: ‘NINGUÉM PODE NEGAR A DIMENSÃO DE LULA’


Durante o carnaval em Salvador, o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil afirmou que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff morreu e que a política precisa se reeducar. Já sobre Lula, disse que tem esperanças de que o ex-presidente possa "se livrar dessas investigações".

“Que ele possa ter saídas, que não comprometam definitivamente sua estatura, sua presença, sua história, sua dimensão de homem público, defensor dos setores menos protegidos da sociedade brasileira”.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

SP pode fazer blitz ambiental no ‘Sítio de Lula’

Imagens de satélite do sítio frequentado pelo ex-presidente Lula e sua família, divulgadas pela imprensa, agora lançam a suspeita de que o espelho d'água do lago tenha sido aumentado sem permissão de órgãos ambientais. A autorização seria obrigatória pelo fato de a propriedade se localizar em Área de Preservação Permanente (APP).

Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee), ambos subordinados ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), já disseram que não receberam pedido de autorização para intervenções no uso da água do sítio. Daee anunciou inclusive que nos próximos dias deverá fazer uma fiscalização no local

MPF: Para Odebrecht, Lava Jato é “Feira de Chicanas”

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato defendem junto ao juiz Sérgio Moro a rejeição, "por inúmeras razões", do pedido da empreiteira para anular as provas enviadas pelo Ministério Público suíço envolvendo o dono da empresa, Marcelo Odebrecht, um dos poucos empresários ainda presos no âmbito da investigação.

A defesa da Odebrecht sustenta que, se o envio das provas por meio de cooperação internacional foi considerado irregular pela Justiça da Suíça, os documentos não podem servir de base para a condenação dos réus ligados à companhia.

O MPF afirma que a defesa da empreiteira aposta em "teorias da conspiração" e argumentam que anular as provas seria "ser mais realista do que o rei"; advogados buscam fazer da Lava Jato “feira de chicanas ou fábrica de nulidades”, dizem ainda.

Por que Janot senta em cima de Furnas

Ele não investiga Aecím porque não quer


O Conversa Afiada lembra da missão de Rogério Correia e parlamentares de Minas queestiveram com Janot por uma hora e lhe entregaram TUDO sobre Aecím em Furnas.

Se faltasse algo, aí vai, direto do DCM:

por Joaquim de Carvalho

Trinta dias depois de iniciada a apuração sobre o escândalo da Lista de Furnas, elaboramos uma lista das principais questões sobre o caso.

1. O que é a Lista de Furnas?

É uma relação com o nome de 156 políticos e os respectivos valores recebidos na campanha eleitoral de 2002 do caixa 2 de empresas que prestaram serviços para a estatal.

2. Quais os principais nomes da lista?

Estão lá os principais políticos da base de apoio do governo de Fernando Henrique Cardoso, como José Serra, então candidato a presidente, Geraldo Alckmin, candidato a governador de São Paulo, Aécio Neves, candidato a governador de Minas Gerais, e Sérgio Cabral, candidato a senador pelo Rio de Janeiro, além de candidatos a deputado, como, Alberto Goldman, Walter Feldman e Gilberto Kassab por São Paulo; Eduardo Paes, Francisco Dornelles e Eduardo Cunha pelo Rio de Janeiro; Dimas Fabiano, Danilo de Castro e Anderson Adauto por Minas Gerais.

3. Por que Aécio Neves se tornou o principal nome da lista?

Além de receber diretamente para sua campanha R$ 5,5 milhões (13,1 milhões em valores corrigidos pelo IGP-M), o terceiro maior valor entre os 156 políticos beneficiados, seu nome é mencionado mais duas vezes – uma como autor da “autorização” para o repasse de R$ 350 mil (R$ 837 mil, em valores atualizados) para o candidato a senador Zezé Perrella e outro de R$ 695 mil (corrigido pelo IGP-M, R$ 1,6 milhão) como “valor avulso repassado para Andréa Neves, irmã de Aécio Neves, para os comitês e prefeitos do interior do Estado.”

4. O que mais vincula Aécio ao protagonismo em Furnas?

O pai dele, Aécio Cunha, pertenceu durante muito tempo ao Conselho de Administração da estatal, inclusive no governo do PT.

5. Há outras vinculações?

Sim. O doleiro Alberto Youssef, no termo de delação premiada número 21, disse que uma parte do dinheiro desviado de Furnas através de contrato superfaturado com a empresa de prestação Bauruense, de Bauru, interior de São Paulo, era entregue ao grupo de Aécio Neves. Youssef chega a citar uma irmã de Aécio que ia à empresa retirar dinheiro vivo.

6. Como o doleiro Youssef sabia disso?

Ele gerenciava o caixa 2 do então deputado José Janene, do PP do Paraná, e perguntou ao deputado sobre parte de propina que não tinha sido entregue pela Bauruense. Janene lhe teria respondido que essa parte era de Aécio Neves.

7. Por que dar crédito a Youssef?

Youssef era tão importante no esquema que, depois da morte de Janene, passou a gerenciar o caixa 2 sozinho, recebendo e distribuindo a propina de Furnas que cabia ao PP. Youssef tinha reuniões pessoas e exclusivas com o dono da Bauruense, Airton Daré?

8. Como ter certeza de que Aécio dava as cartas em Furnas?

Investigando, e indícios não faltam. Em 2005, na CPI dos Correios, o deputado Roberto Jefferson disse que não conseguia substituir um diretor de Furnas por pressão de Aécio Neves. Curioso é que, quando Jefferson denunciou o PT, naquela mesma época, a imprensa toda foi atrás. Quando ele citou Aécio, houve silêncio.

9. Aécio tinha influência em Furnas mesmo no governo do PT?

Não podemos esquecer do Lulécio, o voto inventado em Minas Gerais em 2006. Era Lula para presidente, Aécio para governador. Havia inclusive comitês no interior do Estado que pediam votos para Aécio. Também tem que se ter em mente que Aécio foi o primeiro político a defender a governabilidade no âmbito federal, quando estourou o escândalo do mensalão. Depois, costurou a aliança para que o PT e o PSDB tivessem candidato único para prefeito de Belo Horizonte.

10. E o que isso tem a ver com a Lista de Furnas?

A Lista de Furnas é um documento assinado em 2002 pelo então diretor de Planejamento, Engenharia e Construção de Furnas, Dimas Toledo, para que fosse entregue a Aécio Neves e este pressionasse o governo federal para que ele fosse mantido no cargo. Ele foi mantido e a pressão de Aécio existiu, como relatou Roberto Jefferson. Aécio, mesmo sendo do PSDB, por sua divergência com José Serra e Geraldo Alckmin, tinha um pé no governo Lula, para conveniência dele e também do PT.

11. Mas a Lista de Furnas não é falsa?

Não. Quem divulgou que ela poderia ser falsa foi o PSDB de Minas Gerais, com base em pareces de peritos contratos e num laudo da Polícia Federal feitos em cima de uma das cópias divulgadas por Nilton Monteiro, o homem que confessou atuar em Furnas como operador do caixa 2. Quando a tese da falsidade prosperava, Nílton Monteiro entregou à Polícia Federal o documento original foi periciada. A conclusão foi que se tratava de um documento autêntico, assinado por Dimas Toledo e sem indício de montagem.

12. Além disso, há outras evidências da veracidade da lista?

Sim. Dois dos nomes citados confirmam que receberam exatamente os valores relacionados na lista. Trata-se do deputado Roberto Jefferson e do ex-deputado estadual de Minas, hoje prefeito de Pará de Minas, Antônio Júnior.

13. Com base nesses indícios, houve investigação do caixa 2 de Furnas?

Houve. Por determinação da Procuradoria Geral da República, em Brasília, uma procuradora da república no Rio de Janeiro, sede de Furnas, denunciou 11 pessoas pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Quando a denúncia foi entregue à Justiça Federal, a procuradora Andrea Bayão foi afastada do caso, através de uma promoção a procuradora regional, para trabalhar em Brasília. O juiz federal que recebeu a denúncia entendeu que se tratava de um caso para a Justiça estadual e remeteu toda a investigação para lá. Isso foi em 2012, e o inquérito está parado na Delegacia Fazendária do Rio até hoje.

14. E os políticos foram investigados?

Só Roberto Jefferson foi investigado, mas ele já havia sido cassado. Os demais, que tinham ou têm foro especial por prerrogativa de função, nunca foram incomodados.

15. Nem com a denúncia recente de Alberto Youssef?

Nem com a denúncia de Youssef. O procurador Rodrigo Janot disse que seria difícil investigar Aécio Neves porque tanto o deputado Janene quanto o dono da Bauruense, Airton Daré, já morreram. Na verdade, é possível investigar, sim, pois a Bauruense tem outros proprietários e o caminho da propina de Furnas pode ser traçado por quem confessou entregar mala de dinheiro para o grupo de Aécio Neves, inclusive para sua irmã, Andrea. É Nílton Monteiro. Ele me deu essa declaração em entrevista gravada. Roberto Jefferson também pode falar sobre a pressão de Aécio para manter na direção de Furnas um homem que acabaria denunciado por corrupção ativa e corrupção ativa, Dimas Monteiro, que hoje vive dias tranquilos, entre seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio, e sua fazenda, no interior de Minas. O filho é deputado. Eu procurei Dimas no Rio, mas ele não se recusa a dar entrevista. A Procuradoria poderia também procurar as empresas citadas na Lista de Furnas. Muitas delas são as mesmas que integram o escândalo do Metrô em São Paulo, outras estão vinculadas ao escândalo da Petrobras. Enfim, opção de investigação há. O que parece faltar é vontade da Procuradoria Geral da República de buscar a verdade.

Fonte: Conversa Afiada, 21/10/2015

O que Moro não vai perguntar à Andrade

O Aecím foi tão bonzin ...

A Andrade empreita páginas policiais desde a Lista do PC Farias

O republicano dr Paulo Lacerda realizou na Polícia Federal a primeira investigacão republicana de um crime do colarinho branco e pegou a Andrade com a mão na botija, no topo da lista do PC Farias (a quem o Eduardo Cunha serviu pioneiramente, no Rio...).

Outro episódio de notoria participação da Andrade foi a Privataria Tucana, quando, na companhia do mega-empresário Carlos Jererissati - veja na aba "Nao me calarão" como os dois, Andrade e Jereissati, não se cansam de apanhar do ansioso blogueiro - arrematou a Telemar, sem botar um tusta do próprio bolso.

Um jenio!

Privataria que só o FHC e o Cerra, juntos, sob a batuta do Luiz Carlos Mendonça de Burros, do Andre Haras Resende e do conspicuo Ricardo Sergio de Oliveira, autor daquela frase tucana memoravel, se isso der m , só eles, juntos, seriam capazes de abençoar.

(Leia artigo do Mino sobre o ridiculo em curso, em que lembra do papel do FHC nesse edificante episódio de Privataria: seria o "bomba atômica" !)

Nao bastasse tanta desfaçatez - para ser gentil ... - a Andrade co--patrocinou a patranha da BrOi: ou seja, fundiu a Brasil Telecom - sob a jestao admirável do Daniel Dantas - com a Oi e, na saída, permitiu que o inclito banqueiro recebesse um cala-a-boca de US$ 1 bilhão!

Essa é a folha corrida da Andrade, que vai fazer uma delação selecionadissíma com o Dr Moro: vai fuzilar a Dilma e o Lula!



Como é generalizada a esculhambação, só para animar o Carnaval do Dr Moro decidimos republicar instrutivo post sobre a Andrade e o Aecím, obtido com a generosidade do deputado Rogério Correia, da bancada do PT, na Assembleia Legislativa de Minas.

(O Rogério já entregou pessoalmente ao Dr Janot a autenticada Lista de Furnas e ... nada! Dr Janot nao falha!)

É para o Dr Moro não correr o risco de fazer perguntas referentes a essa desprezivel matéria: a relação do Aecim com a Andrade, no ambito do Governo de Minas.

(E o Bessinha, hein ? Esse Bessinha ...)

Fonte: Conversa Afiada, 06/02/2016