Antônio Roberto Espinosa, professor de Relações Internacionais da Unifesp e Dilma Rousseff, presidente da República
Poucas pessoas conheceram tão bem e tão de perto Dilma Vana Rousseff quanto Antônio Roberto Espinosa. Além de ser seu chefe na VAR-Palmares, organização a que ela aderiu ao fundir-se com a COLINA (Comando de Libertação Nacional), em 1968, ele era o melhor amigo de seu namorado e também dirigente nacional da organização clandestina, Carlos Araújo, conhecido por Max.
Em entrevista exclusiva ao 247, o hoje Professor do Curso de Relações Internacionais de Teoria do Pensamento Político da Escola Paulista de Política e Negócios da Unifesp conta que a imagem que a mídia tenta fazer da presidente, de que seria burra, não condiz com a realidade, já que na VAR ela era considerada intelectual demais, inclusive por Lamarca que se referia a ela como "teoricista".
Ele também conta que Dilma sempre foi correta com dinheiro, o que constatou quando tanto ela, quanto ele trocaram por moeda brasileira o montante de 1,5 milhões de dólares arrecadados com o roubo do cofre do Adhemar.
Espinosa afirma que o golpe, do qual a maioria do STF desembarcou, não deu certo porque seria necessário encontrar alguma culpa direta da presidente que até agora não foi e não será encontrada "porque ela não é néscia para entrar em esquemas e não precisa disso". Nem Max nem Dilma almejam, disse ele, passar um fim de semana de luxo e sim "entrar para a história".
Para ele uma parte da Procuradoria, Polícia Federal, do setor do Judiciário, de setores empresariais preteridos em concorrências públicas da mídia e alguns ministros do Supremo fazem parte de um grupo que querem tirar o mandato de Dilma. Parte do PSDB, do DEM, do PSB e também do PMDB está envolvida nisso. Eles têm dificuldade de concretizar o impeachment porque não conseguiram provas de envolvimento Lula e nem da Dilma.
Ele também vê a Dilma como uma estranha no PT, diz que ela foi uma candidata circunstancial na falta de um nome. Um pouco antes ela assumira a Casa Civil e não foi néscia, burra, de continuar na linha que estava fazendo água. Nem ao Lula interessava que a Casa Civil fosse envolvida nisso. Ela não participou de esquemas. Estranha no ninho no universo eleitoral. Estranha no ninho no PT, na política também porque é mulher.
Portanto, os golpista, eles não têm e não terão provas de envolvimento da Dilma em atos de corrupção.
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