sábado, 12 de setembro de 2015

Delegado da PF do zé foi exonerado!



O Conversa Afiada publica informação de Stanley Burburinho

Delegado da PF que pediu para Lula depor na Lava Jato foi exonerado de cargo de chefia em 08/2013, pelo atual diretor-geral da PF

O delegado da Polícia Federal, Joselio Azevedo de Sousa, que pediu ao STF que autorize Lula depor na Lava Jato, mesmo sem ter provas contra ele, conforme diz o próprio delegado no seu pedido, foi exonerado de cargo de chefia em 08/2013, pelo atual Diretor-Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Veja na imagem abaixo o treco do Diário Oficial da União falando sobre a exoneração. Para conferir, coloquei o link:



/Dica @clfranco
Antes, o Conversa Afiada já havia publicado artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Recomenda-se aos professores de Direito e aos instrutores das academias de polícia que copiem o texto publicado agora há pouco no Valor sobre o pedido do delegado federal Josélio Azevedo de Souza.

É pra mostrar como NÃO se faz um interrogatório policial.

“Em seu relatório, o delegado reconhece que não há provas do envolvimento direto de Lula, porém considera que a investigação “não pode se furtar à luz da apuração dos fatos” se o ex-­presidente foi ou não beneficiado “pelo esquema em curso na Petrobras”.

Vejam que maravilha ditar para o escrivão: “Inquirido sobre se foi beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, o depoente disse que não”.

Depois: “ao citar eventuais indícios sobre o papel de Lula no esquema da Petrobras, o delegado reconheceu que o doleiro Alberto Youssef e o ex­-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apenas “presumem que o ex-­presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção”.

E lá vai o delegado ditando: “sobre as suposições dos indiciados Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef de que presumiam que teria conhecimento do esquema de corrupção, o inquirido disse não tem a menor ideia de onde tiraram a suposição e sugeriu que se vá perguntar a eles”…

No final, mas um esclarecimento sobre tudo o que (não) tem o delegado contra Lula, informando ao STF que “os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente Lula nos fatos”.

Então, depois do “aos costumes disse nada; testemunha sem contradita” o Dr. Josélio manda lavrar, no termo de declarações: “indagado se, como os denunciantes não têm qualquer prova de seu envolvimento, o inquirido poderia daur uma mãozinha e fornecer alguma, declarou perante esta autoridade policial que não, ao que agregou um ‘muito obrigado’ e mais não disse nem lhe foi perguntado”.

Que beleza! Digno de um Sherlock Holmes!

Não sei porque a semelhança do nome me fez lembrar do personagem “Joselito Sem-Noção”, simpático personagem interpretado por Adriano Pereira, lá pelo ano 2000, na MTV.

É obvio que o pedido de interrogatório será – se houver um mínimo de bom-senso da Procuradoria Geral da República – recusado por absoluta falta de indício que o justifique.

Porque não faz sentido interrogar alguém senão para colher provas ou explicar fatos concretos que lhe forem imputados, jamais para responder ao que outros “acham” e “não dispõem de elementos concretos”.

Como não faz sentido que um delegado da Polícia Federal, ao qual certamente não faltam experiência e a noção do significado dos seus atos, convoque alguém a depois apenas para “ouvir o que ele vai dizer”.

A menos que o sentido já nem seja assim tão “sem noção”, mas o de produzir dano político e eleitoral, transformando a atividade policial em gazua de interesses partidários.

A propósito, o Dr. Joselito pediu para interrogar Aécio Neves, de quem Yousseff não disse “achar”, mas ter certeza que recebia dinheiro de uma diretoria de Furnas, que dividiria com o falecido deputado José Janene, do PP?

Não? Sem-noção!

Fonte: Conversa Afiada, 12/09/2015

É a Globo que dá ao Brasil uma nota de mau pagador

Entre todas as patifarias ideológicas vomitadas pela Velha Mídia, sobretudo pela TV Globo, relativamente às decisões das chamadas agências de risco, a mais sórdida é a que define a nota emitida por elas como um atestado de bom ou mau pagador. Ora, como se pode dar atestado de mau pagador antes que se saiba que a empresa ou país pagaram suas obrigações? Seria um atestado de não pagamento futuro? Se é assim, é melhor para o país que não pague agora; assim, ficará com algum dinheiro em caixa para eventualidades!
*José Carlos de Assis

É claro que isso tudo é um absoluto nonsense. Não há a mais remota possibilidade de o Brasil suspender o pagamento de suas dívidas em função do que dizem as agências de risco. Temos reservas internacionais de quase 400 bilhões de dólares. É verdade que, sobretudo por erros acumulados na política cambial do passado, e sobretudo por causa da estúpida taxa de juros, temos também muitas dívidas externas de curto prazo. Contudo, o balanço nos é ainda favorável. E não precisamos, para isso, de nota de bom pagador de agências de risco.

O fato extraordinário de que não é a agência, em si, que usa essa terminologia – ela libera apenas uma nota -, mas a forma como a TV Globo, por sua conta e risco, "explica" a nota. São os jornalistas da Globo, como Bonner, que dizem que a nota é um "atestado de mau pagador". Como consequência, caindo a nota, perdemos o status de bom pagador mesmo que nada nos tenha sido cobrado e a economia funcione como antes.

A embromação não para aí. A nota das agências é um expediente tremendamente arbitrário. Se tivesse um mínimo de cientificidade não teria havido o desastre de 2008, no qual todas as agências de risco – rigorosamente, todas – haviam dado nota de "bom pagador" AAA a empresas, bancos e títulos que, por suas fraudes, quase destruíram o sistema financeiro mundial. Sob aperto do Congresso para explicar o que, afinal, havia acontecido, todas combinaram a mesma resposta: O que fizemos foi dar nossa opinião, mais nada.

Então qual é a razão para a Grade Imprensa dar tanta atenção às agências? Simplesmente porque elas funcionam como a vanguarda dos interesses financeiros, e são os interesses financeiros que dão suporte à Velha Imprensa. No caso atual, a agência está dando um sinal para que o Governo brasileiro mantenha taxas de juros básicas extorsivas e estrangule o orçamento público para tapar o déficit primário, irrisório em relação ao orçamento como um todo, o qual, caso mantido, não traria qualquer consequência negativa para a economia real.

*Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

Fonte: Brasil 247, 12/09/2015

Cerveró cita propina para campanha de Lula em 2006, segundo revista

Sem apresentar provas, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse ter negociado uma propina de R$ 4 milhões que seria paga pela Odebrecht para a campanha de reeleição do então presidente, Lula (PT), em 2006.
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras

A informação, revelada pela revista "Época" deste fim de semana, faz parte das negociações de Cerveró para firmar um acordo de delação premiada, depois de ter sido condenado a 17 anos de prisão. Seus advogados já fizeram quatro reuniões com procuradores, mas o acordo não foi fechado porque o ex-diretor não tem provas.

Segundo Cerveró, a propina estaria ligada a um contrato para modernizar a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), que seria firmado entre a Petrobras e a Odebrecht, mas que não foi adiante.

O acordo, conforme relato de Cerveró, foi fechado a poucos meses da campanha presidencial de 2006 entre os ex-executivos da Odebrecht e ex-diretores da estatal em um almoço no Rio de Janeiro.

O ex-diretor também descreveu um encontro com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), em 2007. Ele afirmou que estava sendo achacado por peemedebistas que exigiam US$ 700 mil mensais para mantê-lo na diretoria Internacional. Por isso recorreu ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, para o colocar em contato com Temer. O político confirmou a reunião, mas negou intervenção.

Cerveró, sempre segundo a revista, disse ter pago US$ 6 milhões para os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e o presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) com dinheiro de contratos para a construção de navios-sonda.

O ex-diretor também contou que, em 2009, o então presidente Lula "agraciou" o senador Fernando Collor (PTB-AL) com cargos na BR Distribuidora. Cerveró relatou ainda que ajudou o alagoano a fechar uma rede de postos que lhe rendeu propina.

A Odebrecht disse que não atuou na modernização de Pasadena. Os demais citados negam ter participado de qualquer irregularidade.

Fonte: Folha de S Paulo, 12/09/2015

Janot resistirá a pressão?


"Três semanas depois de ter sido reconduzido ao cargo de procurador-geral da República, Rodrigo Janot foi colocado diante de uma ótima oportunidade para mostrar a que veio depois que o delegado Josélio de Souza, da PF, decidiu pedir que Lula seja ouvido sobre denúncias de corrupção na Petrobras", afirma Paulo Moreira Leite, em novo artigo.

Trata-se, segundo o jornalista, de "mais um pedido para gerar manchetes que pretendem alimentar o ambiente de criminalização do PT, sempre útil para dar credibilidade aos pedidos de impeachment".

Para PML, o pedido do delegado Josélio de Sousa "só não é inteiramente inútil porque, ao admitir que não há 'elementos concretos', questiona oficialmente a manchete 'Eles sabiam', usada pela VEJA para tentar, na última hora, reverter a eleição de 2014".

Polícia Federal investigará ódio contra Dilma nas redes sociais


A Secretaria-Geral da Presidência da República pediu, neste sábado, à Polícia Federal para investigar a empresa que prestaria serviços de buffet no evento Dialoga Brasil, em Teresina, durante visita da presidente Dilma Rousseff.

Uma funcionária do buffet La Trufel, contratado pela Presidência da República, postou uma ameaça no Facebook: “hoje, a nossa presidente Dilma está em Teresina, e vou ter o 'prazer' de fazer o evento para ela e toda equipe. Queria saber dos meus colegas se alguém tem algum pedido especial, afinal é uma oportunidade única”.

A publicação foi respondida por internautas com mensagens de ódio, inclusive com sugestões de envenenamento. A Advocacia-Geral da União vai avaliar as medidas cabíveis para eventual responsabilização penal e civil dos envolvidos.

Se opor politicamente é uma coisa, desrespeitar é outra.

MST amplia a pressão sobre o governo Dilma


Além das pressões do mercado financeiro por mais cortes, após o rebaixamento da nota do Brasil, os movimentos sociais reforçam reivindicações e pedem "mudanças na política econômica" da presidente Dilma Rousseff. 

"Reconhecemos a existência de uma crise econômica mundial, mas não admitimos que as trabalhadoras e os trabalhadores paguem essa conta. Somos contra o ajuste fiscal e consideramos que o governo Dilma está implementando medidas de ajuste neoliberal, que ferem direitos dos trabalhadores e cortam investimentos sociais", diz trecho de resolução política divulgada pela direção nacional do MST, coordenado por João Pedro Stédile.

A organização diz que se junta à Frente Brasil Popular, lançada recentemente em Belo Horizonte, "e a todas as iniciativas de lutas da classe trabalhadora brasileira, em defesa de seus direitos e das causas nacionais".

Delação de Cerveró também atinge o vice Michel Temer


Mais um complicador na crise política: a delação premiada que vem sendo negociada por Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, menciona o vice-presidente da República, Michel Temer.

Cerveró alega ter sido achacado por 50 deputados do PMDB, que cobraram pagamentos de US$ 700 mil mensais para mantê-lo no cargo. Depois disso, com a ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai, Cerveró foi a Temer para se manter na Petrobras. O vice-presidente confirmou o encontro, mas disse nada ter feito para preservar Cerveró. 

Em sua delação, o ex-diretor também afirma que um contrato da Odebrecht em Pasadena teria rendido uma doação de US$ 4 milhões à campanha do ex-presidente Lula.

Pedido da Polícia Federal para ouvir Lula pressiona o Ministro da Justiça

que continua sem comandar a PF, vinculada ao seu Ministério
  

O PT se irritou ainda mais com o ministro da Justiça, a quem a Polícia Federal é subordinada, depois que um delegado da corporação pediu ao STF, mesmo sem ter provas, para ouvir o ex-presidente Lula e apurar se ele foi beneficiado no esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato.

Dirigentes petistas avaliam o relatório como "arbitrário", uma vez que não menciona suspeitas específicas. José Eduardo Cardozo é criticado pelo partido, pela falta de "gestão" sobre a PF desde o primeiro governo da presidente Dilma Rousseff. 

A pressão se intensificou este ano com as operações Lava Jato e Acrônimo, contra o governador Fernando Pimentel, consideradas abusivas.

Fonte: Brasil 247, 12/09/2015

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O gosto de ÉPOCA por espumas venenosas continua

O delegado da PF "está procurando chifre na cabeça de cavalo"!

"Se colocados num espremedor de fatos o despacho do delegado federal Josélio Sousa e a matéria do repórter Filipe Coutinho, da revista Época, não se obterá uma xícara de xarope da verdade", escreve Tereza Cruvinel, em artigo sobre o pedido ao STF para que a PF possa ouvir Lula.

Segundo ela, as palavras do delegado, no despacho, "não produzem uma gota de indícios que amparem a afirmação de que existem 'suspeitas'" contra o ex-presidente. "No direito, suspeita é uma figura jurídica concreta, para além da mera desconfiança ou presunção", lembra a jornalista.

"O que busca então o delegado? Apenas empurrar Lula para dentro da Lava Jato, e já preparando o caminho para a aplicação da teoria do domínio do fato", constata.

A lei da mordaça foi aprovada no Congresso Nacional

Marcelo Freixo, do PSOL/Rio de Janeiro e Edmilson Rodrigues, PSOL/Belém

Ela retira o PSOL dos debates eleitorais de TV na tentativa de eliminação da divergência política. Com isso, candidatos com chances concretas de vitória como Marcelo Freixo e Edmilson Rodrigues não participarão dos debates de TV nas eleições para as prefeituras do Rio de Janeiro e de Belém. Com essa lei a democracia perde um lado.

A população que não se vê representada pela política pediu uma reforma política e o congresso fez justamente o contrário: está tornando constitucional o mesmo financiamento empresarial de campanha que hoje escandaliza o país com a corrupção inerente a esse sistema e agora elimina do debate quem tem críticas substantivas ao atual modo de se fazer política.

Agora a lei vai para a sanção ou veto da presidenta Dilma Rousseff. Espero sinceramente que quem já lutou contra uma ditadura sangrenta, não se curve ao autoritarismo de um congresso privatizado.

Fonte: Facebook.com

Esclarecimentos sobre a retirada do grau de investimento

Dilma pede repúdio à turma do "quanto pior, melhor"



Em Teresina, durante lançamento do evento Dialoga Brasil, presidente criticou os que "querem sempre um desastre" e pediu repúdio aos que defendem o "quanto pior, melhor".

"Nós vivemos hoje um momento que muita gente considera que quanto pior, melhor. Quanto pior, melhor para uma minoria. Quanto pior, pior para o conjunto da população brasileira. Nós devemos repudiar esses que querem sempre o desastre, sempre a catástrofe", afirmou Dilma Rousseff.

A presidente reconheceu que o Brasil "passa por dificuldades", mas defendeu a democracia e disse que somos "um país que respeita as diferenças".

Lula sobre o pedido da Folícia Federal: "Não me comunicaram"

A imprensa sabe primeiro que o envolvido

Questionado por jornalistas sobre o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal pelo delegado Josélio Azevedo de Sousa, da Polícia Federal, para ouvi-lo no âmbito da Lava Jato, mesmo sem ter provas, o ex-presidente afirmou, de Buenos Aires: "eu não sei como comunicaram a você e não me comunicaram. É uma pena".

A assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o ex-presidente não teve acesso ao documento, que foi divulgado nesta sexta-feira pela imprensa, e lembrou que o pedido é "de um delegado da PF", e não da corporação. O STF confirmou o pedido para ouvir Lula e disse que ele foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, a quem caberá decidir sobre os próximos passos.

Maior entrave ao ajuste é o quanto pior, melhor

Boa parte dessa turma torce contra o Brasil e por isso está feliz!

Em tese, o rebaixamento da classificação de risco do País pela Standard & Poors, que também atingiu diversos bancos e empresas, deveria unir as principais lideranças nacionais em torno de uma agenda de consenso, que visasse equilibrar as contas públicas.

No entanto, tanto o PMDB, de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, como o PSDB, de FHC, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, podem preferir esticar a corda ao máximo para asfixiar o governo e promover uma ruptura política.

Nos próximos dias, os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa devem apresentar uma série de cortes, mas até mesmo o ex-presidente Lula tem manifestado resistência ao ajuste fiscal. 

Sob pressão máxima, a presidente Dilma Rousseff será testada ao extremo.

Fonte: Brasil 247, 11/09/2015

Querem tirar a Dilma para roubar mais, disse o escrito Gregório Divivier


O humorista e escritor Gregório Duvivier concedeu uma entrevista ao canal 24, em Portugal, em que detonou o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Será que só agora descobriram a corrupção? É tudo uma grande mentira. Querem tirá-la para roubar mais. Quem quer a Dilma fora é Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Aécio Neves, que são comprovadamente corruptos", disse ele.

Gregório afirmou ainda que essa mudança seria equivalente a "limpar o chão com bosta"; em outro trecho da entrevista, o ator afirmou que Dilma corre o risco de cair justamente por ser a presidente menos conivente com a corrupção que o Brasil já conheceu.

Fonte: Brasil 247, 11/09/2015

Governo Federal anuncia cortes nesta de despesas nesta sexta-feira

BRASÍLIA - O governo começa a anunciar nesta sexta-feira cortes em despesas administrativas, como em contratos de serviços de terceiros, passagens aéreas e diárias. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), se reuniu com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, onde esse cronograma foi acertado. Delcídio disse que serão adotadas medidas de caráter administrativo. Levy quer encerrar até a semana que vem todos os anúncios. As medidas de maior impacto, sobre carga tributária e nova estrutura de ministérios, ocorrerão na próxima semana. O governo tem apenas R$ 115,1 bilhões livres dentro do Orçamento da União para realmente mexer. São as chamadas despesas discricionárias contingenciáveis (que podem ser cortadas).

Dilma fará cortes de despesas nesta sexta-feira
O governo precisa reverter rombo de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento da União de 2016 enviado ao Congresso. As áreas que devem ser alvo das medidas desta sexta-feira tem uma verba apontada na proposta orçamentária de cerca de R$ 40 bilhões. O governo deverá anunciar uma redução dentro desse valor.

Segundo técnicos em Orçamento, somente os contratos com terceiros somam R$ 36,6 bilhões. São contratos com empresas de limpeza, segurança, prestadores de serviço, inclusive de água e luz. Mas esta verba é apenas um indicativo, que pode ser cumprido ou não pelo governo.

— O governo está fazendo um pente-fino de medidas de caráter administrativo, uma revisão de contratos em transporte, por exemplo. Os cortes nos ministérios virão numa segunda etapa. Mas as medidas não passam da semana que vem — disse Delcídio, depois de se reunir com Levy.

Delcídio disse que a redução de ministérios e de cargos de confiança têm pouco impacto financeiro, mas disse que isso é importante como gesto político. Segundo dados da Comissão Mista de Orçamento (CMO), a folha de todos os 23 mil DASs - os maiores cargos em comissão do governo - soma R$ 1 bilhão, porque a maioria já é servidores e prefere receber o salário de carreira e não o do cargo de confiança. Uma redução de mil cargos em confiança daria uma economia de cerca de R$ 200 milhões.

Delcídio confirmou ainda que dentro da área econômica há defensores da proposta de reter parte dos recursos destinados ao chamado Sistema S (de serviços e formação para trabalhadores da indústria e de outros setores da economia). Como O GLOBO revelou na última sexta-feira, técnicos da área econômica e do Congresso acreditam que a contribuição prevista na Constituição para financiar o Sistema S é uma carga tributária, mas admitem que seria necessário mudar a Constituição para poder ter acesso ao recurso hoje recolhido pela Receita Federal e repassado integralmente ao sistema. A arrecadação anual para o Sistema S é de cerca de R$ 30 bilhões.

A proposta dos técnicos é reter pelo menos 30% do valor total, o que corresponde a uma quantia entre R$ 7,5 bilhões e R$ 9 bilhões. O princípio seria o mesmo adotado na nova DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que permite ao governo mexer livremente em receitas carimbadas.

Dentro do governo, há ainda defensores da suspensão das contratações de novos servidores, cuja verba prevista é de R$ 3,6 bilhões. No caso dos reajustes, que têm uma verba de R$ 15,9 bilhões, a ideia seria atrasar o pagamento para o final de 2016. Como os projetos dos reajustes ainda não foram aprovados, a forma de concedê-los pode mudar até lá.

Que o Congresso assuma responsabilidade pela perda do grau de investimento

Curiosamente, dramaticamente, assustadoramente, umas tantas horas após a publicação do artigo Cobrar imposto de quem tem mais ganharia apoio da sociedade, este Blog assistiu, decepcionado, à confirmação do seguinte trecho do texto que publicara:

"O desequilíbrio fiscal pode afundar a economia. Trocando em miúdos, se o país continuar a gastar mais do que arrecada em breve o investidor começará a tirar dinheiro daqui e aplicar em outros países que não corram risco de, em algum lugar no futuro, quebrar, pois quem gasta mais do que ganha pode até pagar as contas enquanto tiver reservas, mas, em algum momento, essa pessoa, empresa ou país deixará de cumprir seus compromissos (...)"

Por volta das 13 horas do day after ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's – nota que, agora, nos coloca no "grau especulativo" –, o Banco Central do Brasil já havia posto à venda 1,5 bilhão de dólares de nossas reservas cambiais.

O intento foi o de pôr fim ao início de um ataque especulativo que o país não sofria há mais de uma década, desde o ocaso do governo Fernando Henrique Cardoso.

Conforme previu o parágrafo do post anterior (acima reproduzido), a perda do grau de investimento – ou desconfiança do mercado na solidez econômica do Brasil – fez investidores do mercado financeiro começarem a tirar seus dólares daqui, no que, se nada for feito, serão seguidos pelos investidores do setor produtivo tão certo é quanto o alvorecer de cada dia.

Ainda que seja inútil essa discussão, em vez de haver comunhão emergencial para o país evitar um ataque especulativo que lhe ceifou quase meio ponto percentual de suas reservas em cerca de duas horas de funcionamento do mercado financeiro, começou a discussão sobre de quem é a culpa pelo que aconteceu.

Nesse contexto, os presidentes da Câmara e do Senado vestiram a carapuça, segundo o UOL:

"O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmera [nota do editor: o português do UOL], Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmaram nesta quinta-feira (10) que o Congresso não tem culpa pela perda do grau de investimento do Brasil, retirado nesta quarta (9) pela agência de classificação de risco Standard & Poor's"

Bingo. A culpa é deles mesmos. O governo propôs o ajuste fiscal. O Congresso rejeitou. Não importa que agentes políticos externos atuaram para interferir na decisão do Congresso de não aprovar o ajuste fiscal com a celeridade necessária, o que importa é que quem tem voto e poderia ter aprovado medida que a própria S&P atribuiu à falta do ajuste, é o Congresso.

Sem caixa, Dilma manda para o Congresso um Orçamento para 2016 com previsão de déficit de 30 bilhões. O Congresso que não quis aprovar medidas para equilibrar o Orçamento diz que não aponta soluções, apenas faz críticas e se recusa a dizer de onde esse dinheiro será tirado.

Falam em cortar gastos do governo, mas sempre de forma genérica.

"Reduzam ministérios", dizem uns; "demitam funcionários públicos", dizem outros; "criem imposto sobre fortunas", "criem CPMF", dizem aqueles que sabem que para criar impostos é preciso que o Congresso aprove.

O Congresso se recusou a aprovar todas as tentativas que o governo fez de adotar o ajuste fiscal, em meio a "pautas-bomba" que CRIAVAM GASTOS em vez de economia em um momento em que o país tem que economizar para não sofrer fuga de capitais que pode afundá-lo em recessão e desemprego.

Não importa o que dizem os formadores de opinião da grande ou da pequena mídia, o que dizem os empresários, o que dizem os sindicatos e movimentos sociais. Quem tem a caneta na mão é o Congresso. Não fizemos o ajuste porque o Congresso não deixou.

Fonte: Brasil 247, 10/09/2015

Rebaixamento é ruim, mas não é a tragédia pintada


"É ruim o Brasil ter tido o grau de investimento rebaixado? Claro que é. É a tragédia que estão pintando? Claro que não", escreve Hélio Doyle, em novo artigo.

O jornalista diz que "o fato se tornou tragédia" porque é, para a oposição de direita liderada por Aécio Neves, "que quer derrubar a presidente Dilma Rousseff, um ingrediente a mais para atingir seu objetivo". 

A S&P, diz ele, "está dando sua contribuição ao golpe brando contra o governo, e isso está sendo muito bem aproveitado pela oposição. É ingenuidade achar que a agência trabalha sem nenhum componente político em suas avaliações".

Para Doyle, "o governo, agora, precisa reagir, e com competência"; caso contrário, "dará ainda mais munição à oposição".

Fonte: Brasil 247, 10/09/2015

Supremo abre janela para a presidente Dilma vetar doação de empresas


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, disse nesta quinta (10) que o STF deve aguardar decisão da presidente Dilma Rousseff sobre a validade do financiamento privado de campanhas políticas para encerrar o julgamento. 

Na quarta (9), a Câmara retomou a doação de empresas a partidos, numa posição divergente da votação do Senado. O projeto seguiu então para sanção ou veto da presidente. Na próxima semana, o Supremo retomará o julgamento. 

Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes interrompeu o julgamento por um ano e cinco meses, quando o placar era de seis votos a um pelo fim de doações de empresas a candidatos e partidos políticos. A presidente Dilma já se manifestou contra o financiamento empresarial. 

No início da semana, o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, pediu que a presidente vete o PL.

Fonte: Brasil 247, 11/09/2015

Cunha conseguiu ! Câmara derruba a proibição de financiamento privado nas campanhas eleitorais


A Câmara dos Deputados derrubou agora pouco a decisão do Senado que acabava com o financiamento privado das campanhas políticas.

Com isso, as empresas continuarão doando recursos para os partidos políticos.

Tanto a Câmara quanto o Senado analisam nos últimos meses propostas de reforma política e eleitoral, com modificações na Constituição e nas leis ordinárias.

Após a conclusão, o projeto segue para a sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff.

Além da manutenção do financiamento privado nas campanhas, o projeto reduz o atual tempo de campanha de 90 para 45 dias.

A Câmara também rejeitou outras propostas do Senado nesta quarta, entre elas a proibição do uso de cabos eleitorais e de carros de som nas campanhas.

Fonte: Brasil 247, 08/09/2015

Agência que rebaixou o Brasil levou multa bilionária nos Estados Unidos

Standard & Poor's concordou em pagar US$ 1,4 bilhão ao governo americano em caso que reacendeu questionamentos sobre atuação de empresas de classificação de risco

A decisão da agência Standard & Poor's de rebaixar o Brasil em sua avaliação sobre os riscos do país não apenas poderá custar bilhões à economia do país pela fuga de investimentos como promete acirrar ainda mais a crise política envolvendo a presidente Dilma Rousseff.

Há alguns meses, no entanto, quem se via sob fogo cerrado era a própria instituição: a S&P foi ré em um processo movido pelo Departamento de Justiça dos EUA, que acusou a agência de ter mascarado o grau de risco de investimentos nos chamados papéis subprime, os vilões da crise financeira desencadeada em 2008.

Segundo as acusações, a empresa teria propositalmente ocultado chances de prejuízos.

Em um acordo extrajudicial anunciado em 3 de fevereiro, a S&P concordou em pagar ao Tesouro americano o equivalente a quase US$ 1,4 bilhão (R$ 5,4 bilhões na cotação atual). O episódio reacendeu o debate sobre a credibilidade das agências de classificação de risco e os possíveis conflitos de interesse envolvendo suas atividades.

Basicamente, a S&P e outras agências semelhantes como Moody's e Fitch são empresas que avaliam, entre outras questões, a capacidade que uma empresa ou país tem de pagar suas dívidas.

No caso do Brasil, a agência baixou a nota do país de BBB- para BB+, tirando seu grau de investimento (espécie de selo de bom pagador). Em seu comunicado, a S&P diz que "os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuaram a aumentar", tendo reflexos sobre "a capacidade e a vontade do governo" em submeter um Orçamento para 2016 "coerente com a significativa sinalização de correção" da política econômica no segundo governo Dilma Rousseff.

'Vereditos'

Os "vereditos" das agências servem de orientação para investidores em busca de oportunidades para aplicar seu dinheiro. Alguns fundos só podem, segundo as normas de seu estatuto, aplicar seus recursos em países que tenham grau de investimento.

Nos últimos anos, sua atuação gerou polêmica. Em 2011, quando a mesma S&P reduziu a nota dos Estados Unidos de AAA para AA+ pela primeira vez na história - citando "desafios fiscais e econômicos" ante o "enfraquecimento" das instituições políticas americanas -, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman escreveu em artigo que a agência tem pouca "credibilidade" e é "a pior instituição à qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país (EUA)".

"O grande deficit orçamentário dos Estados Unidos é, afinal de contas, basicamente o resultado da queda econômica que se seguiu à crise financeira de 2008. E, a Standard & Poor’s, juntamente com as outras agências de classificação de riscos, desempenhou um papel importante no que se refere a provocar aquela crise, ao conceder classificações AAA a papéis lastreados em hipotecas que acabaram se transformando em lixo tóxico", escreveu Krugman.

E em 2012, o órgão fiscalizador da União Europeia para a indústria de serviços financeiros, a Esma, publicou uma danosa avaliação do trabalho das três agências, apontando problemas de transparência em suas avaliações.
No final de 2014, quando publicou seu mais recente relatório anual, a entidade manteve as críticas.

"Encontramos problemas no controle da qualidade de informação e em metodologias, por exemplo, que poderiam afetar a qualidade das avaliações de risco", disse na ocasião o presidente do órgão, Steven Maijoor.

Concentração

Uma crítica específica girou justamente em torno da crise desencadeada na Europa no início da década. Além de rebaixar países em dificuldades, como Grécia, Irlanda e Portugal, as agências também revisaram para baixo o grau de investimento de países como França e Áustria.

Para algumas autoridades da União Europeia, isso ajudou a intensificar os problemas no bloco e desencadeou pedidos para a criação de uma agência independente europeia de classificação de crédito (as três empresas têm sede nos EUA).
S&P, Fitch e Moody's controlam uma parcela de mais de três quartos do mercado global de avaliações de risco, o que desperta críticas sobre conflitos de interesse em seus serviços, já que acabam sendo pagas pelos mesmos clientes que deveriam estar examinando - um ponto que se tornou ainda mais polêmico no caso da Moody's, que em 2000 lançou ações na bolsa.

Um estudo conjunto de universidades americanas, divulgado em julho do ano passado, e coordenado pelo acadêmico Shivaram Rajgopal, alega que a Moody's teria sido mais generosa que a concorrência na avaliação de títulos emitidos por empresas ligadas a seus principais acionistas.

"É uma situação em que uma indústria de oligopólio ganhou enorme poder, então tal problema é inevitável", disse Rajgopal.

Questionada pela BBC Brasil a respeito da crise de credibilidade das agências de risco após as críticas relativas à crise de 2008, a analista Alessandra Ribeiro, da Tendências, diz que essa "crise não foi totalmente superada, mas a questão é que até hoje não foi criada nenhuma alternativa a essas agências, e os investidores precisam dessas informações para saber onde colocar seus recursos".

No início do ano, ao anunciar o acordo e multa sobre a S&P, o então secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, afirmou que a agência admitiu que "executivos da empresa se queixaram de que a empresa resistiu a rebaixar ativos de baixa performance temendo que isso prejudicasse os seus negócios".

Mas, na mesma ocasião, a McGraw Hill - conglomerado que inclui a S&P - afirmou que o acordo "não traz nenhuma descoberta de violação da lei".

Fonte: Blog do Jota Parente, 10/09/2015

Em matéria de risco, PSDB não pode cantar de cantar de galo


Embora o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), tenha decretado o "fim do governo Dilma", o grau de investimento foi uma conquista do ex-presidente Lula, e não de FHC, como mostra tabela da própria Standard & Poor's. Nos governos tucanos, o Brasil teve de recorrer três vezes ao FMI e sempre esteve próximo ao risco especulativo. Só com Lula e sua política de acumulação de reservas internacionais o País conquistou o selo de bom pagador, perdido nesta quarta no caso de uma das agências, e que, segundo os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa, pode ser reconquistado.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A presidente Dilma que não renuncia, que não deve nada


Questionada se, em algum momento, se a renúncia já lhe passou pela cabeça, a presidente Dilma respondeu "não" em entrevista ao jornal Valor Econômico e justificou:"Eu não saio daqui, não faço essa renúncia. Não devo nada, não fiz nada errado. E mais. Acho que a popularidade da gente é função de um processo. De fato, a minha está bem baixa hoje", acrescentou.

Dilma Rousseff admitiu que os cerca de 7% de aprovação de seu governo a incomodam; "Ninguém, em sã consciência, não se incomoda", disse; mas afirmou, otimista, que acredita "no futuro deste país. Acredito que vamos sair dessa dificuldade".

Barbosa cobra que Dilma vete financiamento empresarial


Ex-presidente do STF criticou decisão da Câmara que reverteu votação do Senado e revalidou o financiamento privado de campanhas. "Agora está tudo muito claro, né? Vc já sabe: o que a maioria dos políticos (não todos, claro) quer é: dinheiro, dinheiro, dinheiro!!!", postou no Twitter. "Um presidente com lucidez política e clara visão do Estado e da sociedade não hesitaria em exercer o poder de veto", acrescentou.

Em outras palavras, Joaquim Barbosa sugere a presidente Dilma que vete o financiamento empresarial de campanha, origem da maiores dos males do processo politico brasileiro.

Requião: rebaixamento do Brasil é chantagem da S&P


Senador Roberto Requião (PMDB-PR) qualificou como "chantagem" o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's; "Apesar da aparente chantagem da Standard, a chinesa Dagong dá nota A+ para o Brasil", postou em sua conta no Twitter.

O parlamentar também disse que não compraria um carro usado do ministro da Economia, Joaquim Levy, “não por acreditar que receberia em mau estado, mas por acreditar que ele não tem veículo para entregar”.

Baiano assina delação premiada na Lava Jato

E deixa o PMDB na corda bamba

Lobista acusado de ser um dos principais operadores de propina do PMDB, na Petrobras e descrito pela PGR como o “sócio oculto” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), Fernando Soares, o "Baiano", assinou o acordo de delação coma força-tarefa da Lava Jato. Ele promete contar o que sabe sobre os ilícitos envolvimento parlamentares e caciques da legenda no Rio e em Brasília.

Preço de passagem aérea cai 25%, e conta de luz custa menos

UOL, 10/09/2015

Getty Images

A queda de 24,9% no preço das passagens aéreas em agosto puxou a desaceleração da inflação no mês, e a conta de luz caiu pela primeira vez desde março de 2014.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,22% no mês, o que representa queda em relação a julho (0,62%) e a agosto do ano passado (0,25%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (10).

O preço menor das passagens ajudou a derrubar a inflação do grupo transportes, que caiu 0,27%.

Considerando o período de 12 meses, os bilhetes aéreos ficaram 14,64% mais baratos.

Em agosto, o preço da energia elétrica caiu (-0,42%), o que não acontecia desde março de 2014. A explicação para a queda, segundo o IBGE, foi a redução no PIS/Cofins, um tributo federal, na maioria das regiões pesquisadas.

Batata, tomate e cebola ficam mais baratos

O outro grupo de produtos que puxou a desaceleração da inflação em agosto foi o de alimentação e bebidas, cujos preços ficaram quase estáveis, com queda de 0,01%,

A batata-inglesa foi o alimento que barateou mais, com queda de 14,75% nos preços, seguida pelo tomate (-12,88%) e pela cebola (-8,28%). Já a farinha de mandioca (+4,4%) e o alho (+2,74%) tiveram as maiores altas nos preços.

O grupo educação apresentou a maior inflação em agosto, com alta de 0,82% nos preços. O item despesas pessoais, que inclui bancos, salões de beleza e empregados domésticos, também subiu no mês (0,75%).

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Dilma acena com menos gastos e mais impostos


Em entrevista ao Valor Pro, serviço de informação em tempo real do jornal Valor, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu nesta quarta (9) com a meta de 0,7% do PIB em 2016. Para atingir essa meta, a presidente disse que irá enviar nas próximas semanas propostas de aumento de receitas fiscais e de corte de despesas obrigatórias.

Ela admitiu que a nova meta fiscal só pode ser atingida com aumento de impostos. Segundo a presidente, só há três maneiras de estabilizar a relação dívida/PIB: crescimento, menos juros e superavit. A entrevista da presidente ocorreu no momento em que o País era rebaixado pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's, que retirou o selo de bom pagador do Brasil.

Agência de classificação de risco retira grau de investimento do Brasil

No mês passado, a perspectiva de rating do país foi de estável para negativo

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou o rating do Brasil de BBB- para BB+ e manteve a perspectiva negativa da nota, indicando a possibilidade de novo rebaixamento. Com o rebaixamento, o país passa a ser grau especulativo pela agência e perde o selo de bom pagador.

"Os desafios políticos do Brasil continuam a aumentar, pesando sobre a capacidade e a vontade do governo em apresentar um orçamento para 2016 ao Congresso coerente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", diz a agência.

O rebaixamento da nota do Brasil pela S&P ocorre pouco mais de um mês depois de a agência ter revisado a perspectiva do rating do país de estável para negativo.

Fonte: Correio Braziliense, 09/09/2015

Interdição da rodovia BR-163, em Itaituba, entra no segundo dia

Filas quilométricas de carros e caminhões se formam na BR 163 Foto: Junior Ribeiro

Cerca de 500 pessoas, dentre elas, moradores do distrito de Campo Verde, interditam totalmente a via nesta quarta. O protesto iniciou na madrugada da última terça-feira (8), no quilômetro 674 da BR-163, nas proximidades do entroncamento com a BR-230, a rodovia Transamazônica, e reivindica melhor infraestrutura para a área, como asfaltamento de vias, construção de pontes de concreto, instalação de posto dos Correios, telefonia móvel, construção de escolas, entre outras obras.

Segundo a PRF, muitos caminhoneiros que precisam trafegar pela área reclamam que estão perdendo o prazo de entrega das cargas e que podem perder parte do material transportado, já que se trata de carga perecível.

Fonte: Blog do Gilson Vasconcelos, 09/09/2015

Moro critica "sistema de recursos sem fim" no Brasil


O juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, criticou nesta quarta-feira 9 o 'sistema de recursos sem fim' da Justiça brasileira, o que, segundo ele, favorece a impunidade, e a morosidade da Justiça. Ele participa de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para debater o PLS 402/2015.

O projeto prevê a prisão do réu que cometeu crimes graves após a decisão em segunda instância, e não apenas após o trânsito em julgado, como prevê a legislação atual. Ao falar com jornalistas ao chegar no Senado, o juiz se disse confiante de que o Senado será "sensível à necessidade de alteração do sistema".

Em declaração à TV Senado, antes do início da audiência, ele ressaltou que a prisão de autores de crimes graves não prejudica a defesa nem viola o princípio da presunção de inocência, crítica de advogados e juristas que são resistentes à proposta. A proposta é apoiada pelo presidente da Ajufe (juízes federais), que também participa da audiência.

"O condenado vai poder continuar recorrendo, desde que haja um tribunal superior e se entender que o recurso é plausível, pode conceder um efeito suspensivo e ele responder em liberdade até o final", disse Moro. "O problema do nosso sistema atual", acrescentou o juiz, "é que muitas vezes uma pessoa que é culpada, que é condenada, acaba vencendo por inércia. Porque recorre, mesmo sem ter razão, e até que o tribunal superior possa afirmar isso, transcorrem-se anos".

Em exposição aos senadores, Moro declarou: "A prisão preventiva tem que ser excepcional, isso o projeto não mexe". "Mas, a partir do momento em que há um acórdão condenatório pelo menos para crimes graves é preciso que possa ser estabelecida como uma regra a prisão, e não como uma exceção. O projeto não fere a presunção de inocência", acrescentou.

A proposta trata de réus que cometeram crimes hediondos, como de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, além de tráfico de entorpecentes e homicídio.

Fonte: Brasil247, 09/09/2015

Fábio Jr. fala mal do Brasil graças à democracia que não ajudou a construir

Fábio Júnior indignado em Nova York? Onde andava o cantor na ditadura, quando era proibido protestar?
Não me lembro de uma palavra, um gesto, um dedinho levantado do cantor Fabio Júnior contra a ditadura. Agora, graças à democracia que ele não ajudou a construir, enrola-se na bandeira do Brasil para falar mal do país no exterior. Na festa do Brazilian Day em Nova York.

Vá lá que a festa, mesmo em território estrangeiro, era para brasileiros, poderia dizer o cantor para justificar sua malhação do Brasil, que ele reduziu a uma terra de "roubalheira". Vá lá que só agora o coroa Fabio Junior tenha sentido as indignações cívicas que não sentiu na juventude, quando cantava canções melosas sem prestar atenção ao som político em seu redor. Geralmente ocorre o contrário, jovens têm exaltações políticas que se exaltam com o passar da idade. Mas vá lá que ela não tenha se contido de tão indignado. Com todas as indulgências, entretanto, não se lhe é possível perdoar a grosseria, a canastrice, a chulice, enfim, de seu discurso. Depois de uma torrente de asneiras, depois de conseguir despertar os instintos mais primitivos da platéia, que inicialmente não se deu por achada, ele saiu-se com esta, segundo a Folha Online.

"Vocês sabem onde tá aquele dedinho que o Lula perdeu, né? Onde é que ele enfiou, né? No nosso!".

É muita baixaria. Muito feio para um suposto artista nacional. E o chiste estúpido nem é novo, nem foi criado por ele.

Ao se enrolar numa bandeira do Brasil, Fabio Júnior tenta repetir, mas consegue ser apenas uma farsa tosca, a apresentação de Cazuza na abertura do primeiro Rock"n Rio, em 1985, que coincidiu com a eleição de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais ditadores. Enrolado na bandeira o então líder do Barão Vermelho saudou o fim da ditadura e a democracia que nascia cantando "Para a manhã nascer feliz". 

Fonte: Brasil247, 09/09/2015

Recado claro aos Parlamentares do Congresso Nacional